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quarta-feira, setembro 10, 2014

Sempre digo: nem sempre somos brilhantes

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Em 2012, fui convidado por uma amiga para falar sobre o lance de ser blogueiro. Uma palestra ou algo parecido. Expliquei a ela que minhas atribuições e horários não permitiriam que eu aceitasse seu convite, mas adorei. Afinal, é um reconhecimento. 

Logo lembrei que, há tempos, disse a uma jornalista: “nem sempre conseguimos ser brilhantes”. Acredito mesmo nisso. Como falar em público de uma atividade que não sei se domino bem? Como ensinar sem saber? 

Conheço muita gente que escreve bem pra caramba. Inclusive pessoas que não são jornalistas, blogueiros, professores, advogados, ou seja lá qual a área de atuação que exija (no mínimo) uma redação marrômeno. Aliás, sou fã dos textos de várias figuras amapaenses, como o meu amigo escritor e compositor Fernando Canto, colegas de profissão, entre outros. Eles usam o hemisfério esquerdo do cérebro e conseguem redigir as coisas de forma diferente e inteligente. 

Voltando ao convite, como falar das minhas opiniõezinhas próprias, meus achismos, minhas conclusões (às vezes errôneas e precipitadas) e minhas imposições, sobretudo musicais? Esse negócio é sério. Muito sério. Pois são as minhas verdades e pontos de vista. 

No “De Rocha”, falo de coisas sérias, divulgo cultura, publico poesias, músicas, fotografias, ajudo na cena artística, entre outras paideguices. Mas se der na telha, escrevo ou publico doidices e até coloco palavrões nos escritos. “Os palavrões não nasceram por acaso. São recursos extremamente válidos e criativos para prover nosso vocabulário de expressões que traduzem com a maior fidelidade nossos mais fortes e genuínos sentimentos”, dizia o saudoso Millor Fernandes. 

Sou fã dos blogs e sites que possuem conteúdos jornalísticos. Existem páginas com muita qualidade. Mas detesto aqueles que são meramente repetidores de textos de terceiros. Se você se propõe a ter uma página na internet, escreva! 

Ser blogueiro é ter sacada, emitir opinião, dar a cara à tapa, ter responsabilidade para não difamar e jamais se achar o dono da verdade. Adoro o fato de este blog ter caído nas graças de muitos leitores. 

Escrevo, quase sempre de improviso, mas tabé por períodos de entre safra das ideias e fico sem inspiração diante do computador. São os e-mails com releases culturais ou informativos, além dos meus colaboradores, que salvam-me. Quem dera fosse só querer e baixasse o espírito de Rui Barbosa e eu começasse a redigir como um gênio. Seria firmeza!

Ah, preciso dizer isso: por conta de alguns textos já postados neste blog, muitos me tomam como arrogante e boçal, mas quem me conhece sabe que sou legal. E disso eu posso gabar-me. Para minha alegria e a frustração de uma meia dúzia, tenho uma porrada de amigos. 

Trocando em miúdos, aqui discutimos o sexo dos anjos, falamos de coisas sérias, de jornalismo, diversão e arte. Mas também perdemos tempo com bobagens. Por que não? 

Sei que tem muita gente preparada para falar sobre blogs, jornalismo e o mundo midiático. Eu não. Acredito que é preciso humildade para assumir quando não se está preparado. Portando, seja você blogueiro, jornalista ou o “El Caralhon” de alguma coisa, pense nisso: nem sempre somos brilhantes. É isso. 

*Texto republicado pelo seguinte motivo: uma amiga disse que sou sempre bom o trampo e nesse papo de blogar. discordei e disse que mostraria este texto como explicação. 

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