terça-feira, fevereiro 16, 2010

A Banda

Junior "Ramone", Kookimoto e "Caitinha" na banda


Hoje saíra, pelas ruas de Macapá, A Banda, maior bloco de sujos do Brasil. A Banda, nome inspirado pela música homônima de Chico Buarque de Holanda, foi fundada no carnaval de 1965, pelos foliões Nonato Leal, professor Savino, Jarbas Gato, tenente Pessoa, Amour Jací Alencar e José Maria Frota.

O evento acontece desde 1965. O improviso e a desorganização são marcas registradas dos foliões. Alguns satirizam a política nacional com faixas e cartazes, sempre em tom de ironia, deboche e bom humor.

A população de Macapá sai às ruas na terça-feira gorda, para “ver a banda passar” e participar da festa. Homens vestidos de mulher, pessoas fantasiadas, bonecos, carros de som e trios elétricos.

A novidade deste ano, péssima para alguns, é que a “Farmácia”, carroça que distribuía gratuitamente a “morte lenta”, batida de cachaça, aos foliões, só oferecerá camisinhas aos brincantes. É mermão, fure encapado (risos).

A Banda é uma tradição do Carnaval amapaense, é uma manifestação popular incrível, um verdadeiro show de irreverência e humor. Estarei entre os milhares de foliões. Desejo uma ótima brincadeira á todos.


A Banda - Composição: Chico Buarque


Estava à toa na vida

O meu amor me chamou

Pra ver a banda passar

Cantando coisas de amor



A minha gente sofrida

Despediu-se da dor

Pra ver a banda passar

Cantando coisas de amor



O homem sério que contava dinheiro parou

O faroleiro que contava vantagem parou

A namorada que contava as estrelas parou

Para ver, ouvir e dar passagem



A moça triste que vivia calada sorriu

A rosa triste que vivia fechada se abriu

E a meninada toda se assanhou

Pra ver a banda passar

Cantando coisas de amor



Estava à toa na vida

O meu amor me chamou

Pra ver a banda passar

Cantando coisas de amor

A minha gente sofrida

Despediu-se da dor

Pra ver a banda passar

Cantando coisas de amor



O velho fraco se esqueceu do cansaço e pensou

Que ainda era moço pra sair no terraço e dançou

A moça feia debruçou na janela

Pensando que a banda tocava pra ela



A marcha alegre se espalhou na avenida e insistiu

A lua cheia que vivia escondida surgiu

Minha cidade toda se enfeitou

Pra ver a banda passar cantando coisas de amor



Mas para meu desencanto

O que era doce acabou

Tudo tomou seu lugar

Depois que a banda passou



E cada qual no seu canto

Em cada canto uma dor

Depois da banda passar

Cantando coisas de amor

Depois da banda passar

Cantando coisas de amor...



Nenhum comentário:

Postar um comentário