Junior "Ramone", Kookimoto e "Caitinha" na banda
Hoje saíra, pelas ruas de Macapá, A Banda, maior bloco de sujos do Brasil. A Banda, nome inspirado pela música homônima de Chico Buarque de Holanda, foi fundada no carnaval de 1965, pelos foliões Nonato Leal, professor Savino, Jarbas Gato, tenente Pessoa, Amour Jací Alencar e José Maria Frota.
O evento acontece desde 1965. O improviso e a desorganização são marcas registradas dos foliões. Alguns satirizam a política nacional com faixas e cartazes, sempre em tom de ironia, deboche e bom humor.
A população de Macapá sai às ruas na terça-feira gorda, para “ver a banda passar” e participar da festa. Homens vestidos de mulher, pessoas fantasiadas, bonecos, carros de som e trios elétricos.
A novidade deste ano, péssima para alguns, é que a “Farmácia”, carroça que distribuía gratuitamente a “morte lenta”, batida de cachaça, aos foliões, só oferecerá camisinhas aos brincantes. É mermão, fure encapado (risos).
A Banda é uma tradição do Carnaval amapaense, é uma manifestação popular incrível, um verdadeiro show de irreverência e humor. Estarei entre os milhares de foliões. Desejo uma ótima brincadeira á todos.
A Banda - Composição: Chico Buarque
Estava à toa na vida
O meu amor me chamou
Pra ver a banda passar
Cantando coisas de amor
A minha gente sofrida
Despediu-se da dor
Pra ver a banda passar
Cantando coisas de amor
O homem sério que contava dinheiro parou
O faroleiro que contava vantagem parou
A namorada que contava as estrelas parou
Para ver, ouvir e dar passagem
A moça triste que vivia calada sorriu
A rosa triste que vivia fechada se abriu
E a meninada toda se assanhou
Pra ver a banda passar
Cantando coisas de amor
Estava à toa na vida
O meu amor me chamou
Pra ver a banda passar
Cantando coisas de amor
A minha gente sofrida
Despediu-se da dor
Pra ver a banda passar
Cantando coisas de amor
O velho fraco se esqueceu do cansaço e pensou
Que ainda era moço pra sair no terraço e dançou
A moça feia debruçou na janela
Pensando que a banda tocava pra ela
A marcha alegre se espalhou na avenida e insistiu
A lua cheia que vivia escondida surgiu
Minha cidade toda se enfeitou
Pra ver a banda passar cantando coisas de amor
Mas para meu desencanto
O que era doce acabou
Tudo tomou seu lugar
Depois que a banda passou
E cada qual no seu canto
Em cada canto uma dor
Depois da banda passar
Cantando coisas de amor
Depois da banda passar
Cantando coisas de amor...
Nenhum comentário:
Postar um comentário