A Biblioteca Pública Elcy Lacerda homenageia Raul Seixas, nesta quarta-feira, 21, com a programação Raul em Som, Imagem e Letra. Às 19h, será aberta a exposição de letras e fotos, destacando as imagens mais singulares e as letras mais criativas da carreira do roqueiro mais constestador da história da música brasileira. Às 19h30 será exibido o documentário Raul: o início, o fim e o meio, e às 21h, Sílvio Neto, fã incondicional de Raul e excelente intérprete de suas canções, faz apresentação musical em voz e violão na área externa da Biblioteca.
Quem nasceu a tempo de ver Raul vivo, terá o prazer de relembrar preciosidades como Ouro de Tolo, Metamorfose Ambulante, Gita, Tente Outra Vez, O Dia em que a Terra Parou, entre outras. Quem nasceu depois da morte, vai ter a oportunidade de ver como Raul Viveu (como mostra o documentário), e ainda ver e ouvir o riquíssimo legado que Raul deixou para a literatura e para a música brasileira.
O motivo da homenagem é que, amanhã, 21 de agosto, completarão 24 anos que Raul Seixas, pai do rock brasileiro, maluco beleza por excelência, presidente vitalício da Sociedade Alternativa e – contrariamente à sua vontade – considerado o profeta do apocalipse, desencarnou.
Sim, para os que acreditam na vida espiritual, Raul saiu da carne, mas continua sendo visto por aí, de espírito presente, nas mais ruidosas e duvidosas festas rock’n roll. Vinte e quatro anos após sua morte, sua energia musical continua ganhando admiradores e inspirando novos roqueiros. Seus discos continuam sendo muito vendidos, fazendo dele um dos artistas mais cultuados no Brasil nos últimos 40 anos.
Lulih Rojanski
9182-9120 e 8116-1889
Meu comentário: Nos últimos três anos, nunca vi alguém interpretar Raul Seixas como meu amigo Silvio Neto. Acho que vi umas quatro apresentações do cara e recomendo. Meu amigo Pedro e a sociedade alternativa amapaense precisa ver este show. (Elton Tavares - Foto: Aog Rocha)
Raul Seixas
Um dos pioneiros do rock no Brasil, Raul Seixas nasceu em Salvador em 28 de junho de 1948. Em 26 anos de carreira ele lançou 21 discos, e seu primeiro disco data do período em que integrava o grupo Os Panteras. Em 1973 saiu o primeiro álbum como artista solo, ‘Krig-ha, Bandolo’, no qual continha os hits ‘Metamorfose Ambulante’, ‘Ouro de Tolo’, ‘Al Capone’ e ‘Mosca na Sopa’.
No restante dos anos 70, a popularidade de Raul só fez aumentar. Já em 1987 surge a canção ‘Muita Estrela, Pouca Constelação’, a primeira música em parceria entre Marcelo Nova e Raulzito. Um ano depois, já em carreira solo, Marcelo convidou Raul para participar de um show que faria na Concha Acústica do Teatro Castro Alves, em Salvador. O que seria uma participação virou uma turnê de 50 shows por todo o Brasil, e terminou no lançamento de um dos discos mais importantes do rock nacional, ‘A Panela do Diabo’. O disco vendeu 150 mil cópias e rendeu a Raul um disco de ouro póstumo.
"Rock'n Roll não se aprende nem se ensina." - Raul Seixas
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