Nunca se leu tanto. Lê-se muita merda, é verdade, mas se lê. E isso é ótimo. O número de leitores mais qualificados também aumenta, exigindo do jornalismo uma constante evolução.
O jornalismo é como marido: tem muito por aí que não presta mesmo, que desaprendeu a seduzir, mas existem os que ainda conseguem encantar.
Vejo vários jovens jornalistas desiludidos com a profissão, mas vejo também muitos outros com um puta tesão de resgatar os bons valores e ideais do jornalismo. Sim, há esperança.
Já temos alternativas à velha grande mídia. Com a tecnologia, surgem canais de informação mais plurais e democráticos. Tá tudo aí. Só nos resta construir outras formas de fazer jornalismo.
A mídia é muito mais fiscalizada hoje. A transparência que tanto se deseja para o País inclui também as empresas de comunicação. Com mais vigilância, fica mais difícil manipular e mentir.
Com fé, em pouco tempo o Galvão Bueno se aposenta. Isso também já vai ajudar muito.
O jornalismo está em crise há algum tempo, tadinho, mas dá para ele fazer uma terapia e ficar praticamente bom. Ele pode contar com o seu apoio?
Por mais que o jornal impresso esteja quase ganhando uma hashtag RIP nas mídias sociais, as boas histórias não morrem. E com boas histórias para se contar, o jornalismo mantém-se vivo.
Há tanta violência contra os jornalistas, tanta exploração e desaforo, mas muitos jornalistas resistem com coragem. Esse povo merece um voto de confiança, não?
A gente acredita em tanta coisa nesse mundo, duende, cartomante, diagnóstico médico. Porra, custa acreditar também no jornalismo?
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