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sábado, abril 23, 2011

Que ... nos proteja!

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                                                                        Por Bianca Andrade

Eu adoro sair, mas quando fico sem som algum em meu quarto, com meus livros ou escritos, ouço o caos fora de casa... Sirene dos carros de bombeiro, polícia, barulho de rachas, gritos de assalto... Então, nesse momento, penso: Medo das ruas!

Por hora, me sinto desprotegida, apenas acompanhada de certa angústia. Mas vem a realidade pouco pensada, que posso sofrer algum risco imediato, oriundo de qualquer descuido meu ou de alguém, nisso, estando quieta em minha própria casa.

Macapá chegou ao ponto de quase toda semana acompanharmos noticiários sobre algum ato violento em nossas ruas. Tudo está elevado ao quadrado. Os assaltos já são com reféns, as vítimas sofrem maiores torturas, são atiradas, estupradas, outras vezes assassinadas... E para quem é daqui, é inevitável não se surpreender, visto que já se viveu tempos muito bons, com menos atrocidades.

Há até algumas dicas para quem vai para as ruas, de não passar pelos mesmos caminhos; não fazer alarde de pagamentos de venda de imóveis, carros... Indenizações que receberão, já que aqui tem muitos funcionários públicos com causas trabalhistas ganhas, até mesmo de empresas privadas; não tomar bebidas de quem não se conhece, afinal, um “Boa Noite Cinderela” está em qualquer lugar, em ambientes “bem freqüentados” ou não, em São Paulo ou aqui, assim como as Hepatites e a Aids. Entre vários outros nãos.

A administração do zelo tem que está nas ruas e em casa. Até porque as grades que são colocadas como certa forma de proteção, não bastam mais, talvez nunca tivessem bastado. Mas, às vezes, a ilusão é o que nos acolhe, então soa suave saber que quem tranca as portas, fecha adequadamente as janelas, mastiga bem os alimentos, está mais seguro ou com um peso menor de vir a passar dessa para melhor antecipadamente.

A realidade é o tal salve-se quem e como puder à violência praticada ou falada!

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