A gente se desilude com a profissão, com o amor, com o time do coração, com o governo, com a vida. Desilusão é algo inerente ao ser humano, assim como a vontade de falar mal do Big Brother. A desilusão machuca, porque é atrito entre os nossos sonhos mais lindos com o mundo mais perfeito e a realidade dura.
Antes, eu botava a culpa em Deus. Custava ter criado um mundo perfeito? É o que dá fazer tudo nas coxas, em seis dias. Meta de produtividade e deadline são coisas do capeta. Deus poderia ter levado, sei lá, uns dois ou três meses, com direito a descansar sábados, domingos e, com sorte, algum feriado prolongado.
Não, a culpa não é d’O Apressadinho. A graça da vida e do mundo é justamente a imperfeição. A desilusão, assim como a perda e a dor, suas primas de primeiro grau, pode significar um recomeço, a chance de uma reconciliação.

A partir de hoje, começarei a escrever também sobre outras pedras em outros caminhos. Sobre outras desilusões risíveis, de gente variada, inclusive jornalistas. E, claro, seguirei escrevendo sobre o Jornalismo, com quem tenho uma ligação quase sexual.
Se Deus tivesse buscado a perfeição, ainda que na correria dos seis dias, não haveria as merdas do mundo e sem as merdas do mundo não haveria o riso. E tudo seria muito chato.
"A desilusão machuca, porque é atrito entre os nossos sonhos mais lindos com o mundo mais perfeito e a realidade dura". É exatamente isso, Elton! E texto demais!
ResponderExcluirBy: Andreza Gil