A magia do Mosaico

                                                                                Por Elton Tavares

Bar Mosaico - Foto: Elton Tavares

É incrível como o Bar Mosaico parece ter vida própria, uma espécie de magia do rock. Não sei ao certo quem organizou o Rock Fest, realizado ontem (16), mas dei graças ao fato dele ter sido transferido da Aerc para o Mosaico. O Rock Fest contou com as bandas Vila Vintém, Fax Modem, Godzilla, Carpe Diem, Sistema Feudal e Oh! My Dog. A sonzeira foi muito legal e deu para rever velhos amigos.

O velho “point” do rock macapaense é um local apropriado para este tipo de evento. Com exceção dos festivais locais, lugares pequenos e refrigerados são sempre legais, dá aquele ar de inferninho que adoro.

Os músicos mesclaram canções autorais e covers, com muita qualidade. Uma fórmula que venho defendendo em papos nos bares locais, afinal, é importante alavancar a cena autoral, mas um pouquinho de cover também é muito firme. O evento foi prestigiado por um grande número de pessoas, e o melhor de tudo, em um local apropriado (coisa cada vez mais rara em Macapá City).

Sempre uso o padrão do Coletivo Palafita como parâmetro para eventos de rock na capital amapaense (por serem, na maioria, muito bons), no caso do Rock Fest, foi tão bom quanto os do grupo cultural, não sei foi pelo som (que estava muito bom), pelas bandas (com repertórios empolgantes) ou pelas pessoas (que botaram para quebrar). Só tenho uma certeza, a magia do Mosaico foi fundamental para a o sucesso do evento.

Eu gostaria que o bar, que passou um longo tempo destinado á outro público, voltasse a ser um rock bar e não somente um “quebra-galho”, uma segunda opção ou algo assim.

Mosaico

O Mosaico surgiu nos anos 90, uma casa muito bem estruturada, com uma proposta pura e simples, o rock. Lá tocavam Primos do Brau (Braulino), Little Big, Drop’s Heroína e outras bandas clássicas de Macapá.

Eu era frequentador assíduo, pois o Mosaico era um espaço democrático, para quem quisesse tocar, embalando as sextas feiras do público chegado. Um espaço alternativo, onde banda e platéia interagiam em uma relação calorosa, peculiar e única. Exatamente como aconteceu ontem.