Por Bianca Andrade
Poderia falar sobre a crise que ocorreu nos Anos 30, onde a economia declinou e os comerciantes europeus e brasileiros entraram em decadência. Mas o que relatarei será sobre outra crise dos 30... Aquele período onde a pessoa está na fronteira de construir algo a mais, cair a ficha de que nada colheu ou desfrutar do que já plantou. E essa crise é como qualquer outra: vem quando menos se espera.
Um dia você fica reflexivo: 30 anos... Fase gostosa e ao mesmo desconfortante, pois parece que muito fez e ao mesmo tempo nada realizou. Aí começam as viagens psicológicas. É como se fosse o Natal, passagem de ano... Onde a maioria pede desculpas para àqueles que um dia desejou que morressem, fica pensando nas boas e más ações... Revendo o que já concretizou, deixou de fazer ou irá executar.
Nesse levantamento dos anos de sua existência, pensa: – Caramba! Estudei bastante, trabalhei muito, viajei que nem um (a) condenado (a), curti muitas festas, freqüentei diversos bares, conheci gente de tantos credos, várias identidades... Ou... Pqp! Pouco namorei, não sai como deveria, me isolei, mal fui à esquina... Tudo ao extremo! Neste momento, você eleva os números ou os diminui... Às vezes, os reconhece.
Sua cabeça vai dando voltas, você vai ficando nostálgico: Lembra com quem namorou, perde as contas de quantas bocas beijou, de quantas pessoas ficou, desprezou, se encantou, pediu perdão, conquistou, perdeu. Postura elegante... Fútil? Necessário (a) ou um (a) zero à esquerda? Será que foi um bom ou mau ser? Enfim! Pensa por uma questão de querer se encontrar, melhorar, renovar... Ou vai pensando aleatoriamente, em vão.
Mas há momento pior! Quando você começa a se trajar e agir como um (a) adolescente... Acha que com isso vai recuperar os anos perdidos ou ganhos... Essa parte é hilária! Ou entra em crise total e se cobre como uma múmia! Se acha velho (a) demais para recomeçar e não enxerga que até os nossos idosos estão mais jovens que qualquer garotinho e garotinha que se tranca no quarto na frente de um PC e não sai pra ver o sol se pôr.
Não sei se muitos de vocês passaram por isso, passam ou vão passar, mas toda crise gera desespero para depois se transformar em ironia. Caso você ainda não teve um (a) filho (a), é ou não conseguiu ser um bom paí ou uma boa mãe, não comprou uma casa nova, um carro, um iate, deixou de ser dependente de seus pais, relaxe! Poderia ser bem pior ou não. No final, o que vai valer para sua saúde mental e física é a interminável busca pelo equilibro, um dos maiores desafios do ser humano.
#totalmenteemcrise ..rs
ResponderExcluirRosinha