
Quando tínhamos grana pra cerveja, enchíamos a cara no velho Xodó, bar Brasileirinho, Praça da Bandeira ou velho Trapiche Eliezer Levy, naquele tempo, um pier velho de madeira, cheio de buracos. Uma boemia irresponsável, mas inocente.
Para quando a noite caía, boites como Freedom, Keop’s, domingueiras no Star Night Clube e piseiros em quadras de colégios (rock, muito rock). Bebíamos o que tinha e o goró era de todo tipo: cachaça Pitú, rum Montilla, whisky barato como Chanceller, vodckas que mais pareciam acetona (Babalayka, Natasha e Roskoff).

Era um tempo de riscos, aventuras, farras, brigas de rua, situações hilárias, poucas tristezas, babaquices, muito perrengue, charme marginal e diversão. Enfim, vida intensa!
Fiz grandes amigos naqueles dias de loucura pós-adolescente, muitos irmãos de coração com os quais tenho pouco contato hoje em dia. Por conta da vida, muitos se perderam no tempo e viraram boas lembranças.
Li em algum lugar que, se sentimos saudades, é porque valeu a pena. Vida que segue. E graças a Deus, segue feliz, mesmo com minhas saudades. É isso!
Elton Tavares
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