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sábado, janeiro 30, 2010

Rock para a galera

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Meus amigos da stereovitrola no Liverpool

Cantam por aí que: “todo mundo espera alguma coisa de um sábado á noite”. Para os que curtem um rock, tem Liverpool Rock Bar, a partir das 23h, com shows das bandas Domínio Elétrico, stereovitrola e Fax Modem. A entrada custará R$ 5 e rezemos para a cerva (latinha R$2,50) estar gelada.

Será?

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Li no blog Repiquete no Meio do Mundo, da jornalista Alcilene Cavalcante:

"O papo ontem nas esferas políticas e governamentais era quê:Semana que vem será anunciado, o maior, o mais espetacular, o tudodebompontocompontobr, acordo harmônico já visto acima e abaixo do nosso equador, para as eleições 2010.O vice-governador Pedro Paulo iria para o TCE.(Mas ainda estão com medo de recaída do PP) Waldez Góes para o senado Jorge Amanajás assume o governo, é candidato a reeleição e apóia Waldez Góes em 2014, 2018, e por aí afora. Alberto Góes seria o candidato a vice na chapa de Jorge Amanajás.A ordem é trabalhar duramente para isolar a oposição.Não sei se combinaram com os russos.Waldez foi curto e grosso com JA e PP ao dar um ultimato aos nobres parceiros: ou apagam a fogueira das vaidades e buscam um entendimento, ou WG fica no governo e detona os projetos paralelos de poder."

Será????


Fonte: http://www.alcilenecavalcante.com.br/

Samba do Piratão

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Bandeira do Piratão, o maior vencedor do carnaval amapaense

A Liga das Escolas de Samba do Amapá (Liesa) promoverá, hoje (30) no Sambódromo de Macapá, ás 19h,  o Festival de Samba Enredo. O concurso escolherá o melhor samba, entre as escolas que desfilarão, no grupo de acesso e especial, no Carnaval 2010. Desejo sorte ao Piratas da Batucada, minha agremiação de coração. Aí vai o samba do Piratão:

Vencendo a amarola, no mercado da vida e na Avenida a competência deita e rola.
(composição de Robson do cavaco, Ademar Carneiro e Benezinho – interpretação: Ademar Carneiro)


O luar clareia
Clareia a linha do mar            - Refrão 1
Eu sou o Rei do carnaval
Aventureiro a navegar

Nas caravelas do tempo viajei Nas asas da fantasiaA história do comércio desvendeiFoi com o homem das cavernaNo troca-troca a primeira transação
Do oriente ao ocidente
Reluz o sol da expansão Capitalista é o novo mundo       - Bis
Dignidade a crise veio te assombrar
O Tio Sam abalou-se
Fez o Brasil balançar (bem ou mal)
No perde e ganha
Do vil capital

Muita água vai rolar
É marolinha, vai passar                       - Refrão 2
Bicho papão dá um tempo
Tô me benzendo, sai pra lá! (Sai pra lá! ... sai pra lá!)    
  
No horizonte um “sorriso” equatorial
É a morena macapaba
E os heróis comerciantes do local
Gente de “coração gigante
Fascinante “monte” de tradição
Guerreiros de “Santa Lúcia
Surfamos na marola da emoão
Fé, acompanha nossa luta
Nossa Senhora da Conceição.

Piratão chegou, chegou

Dourado num mar azul
Na caravela que balança                       - Refrão 3
O coração da zona sul

Nova diretoria

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Sede da CEA, em Macapá - Foto: Elton Tavares

Em eleição, realizada ontem (29), foi eleita a nova presidência do Sindicato dos Urbanitários. A chapa II, intitulada “Fortalecimento Urbanitário” venceu, por 407 a 308 votos, a Chapa I, denominada “Renovação”. Conforme a imprensa local, os vencedores são liderados pelo engenheiro eletricista da Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA), Audry Cardoso.

Os derrotados seriam apoiados pela deputada Federal Dalva Figueiredo (PT), deputados estaduais Joel Banha (PT) e Eider Pena (PDT), além da diretoria da CEA. A nova diretoria defenderá a federalização do órgão, que possui graves problemas financeiros.

Fonte: Blog da Alcinéa Cavalcante: http://www.alcinea.com/

sexta-feira, janeiro 29, 2010

Eu por mim mesmo

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Muitos "eus" (risos)

Recebi um pedido anônimo para postar este texto, que escrevi para o perfil do meu antigo Orkut, intitulado “Eu por mim mesmo”. Gostei da sugestão! Ressalto aqui que sempre dou a cara para bater, quem quiser mandar uma mensagem, seja crítica ou elogio, se identifique. A resposta ao anônimo é EU SOU FELIZ, mesmo sem algumas “conquistas”, tão importantes para o fulano ou (provavelmente) fulana (risos). Aí vai o texto:

Sou um cara odiado por muitos e amado pela maioria, parece que estou contando vantagem, mas é a verdade. Atualmente tentando ser um bom jornalista. Eu amo muito meu irmão, mãe, avós, algumas tias, alguns primos e um grande número de amigos. Adoro a diversidade de pessoas que conheço e convivo, os corretos e incorretos.

Não gosto de regras. Posso mudar de humor de uma hora para outra. Minha educação sempre depende da sua, tento ser quase sempre legal, mas às vezes sou agressivo, nunca aprendi a absorver hostilidade e ficar quieto, acreditem, não pisem nos meus calos e nem façam mal a pessoas que amo, isso pode desencadear acessos de raiva.

Sou um falso “porra-louca”, na maioria das vezes mantenho o controle sobre meus excessos. Faço grandes amigos e dou bons conselhos (só não consigo usá-los em benefício próprio). Sou generoso, rancoroso, leal, inteligente, argumentativo e franco, muito franco, às vezes nervoso e tenso.

Muito teimoso, vingativo, responsável, irresponsável, justo, criativo e enérgico. Odeio estar só, porém, em alguns momentos sou um tanto “anti-social”. Ciumento, possessivo, trabalhador, severo, seletivo, prático e muito exigente. Costumo ser severo, prático e muito exigente, freqüentemente tímido, divertido e EXTREMAMENTE impaciente.As vezes egoísta, pavio curto, apesar disso, muito querido.

Eu adoro ser eu, sou AUTÊNTICO, feito de sentimentos, emoções, pensamentos e críticas, não tem cópia, dono de uma personalidade forte. As pessoas falam que sou legal, gente boa, interessante e eu prefiro acreditar nelas. Sinto saudades dos que “partiram no rabo do cometa” (papai,Ita,Vô e alguns amigos).

Amo rock and roll, samba e MPB, detesto pagode, brega e todos esses outros estilos “POPULARES” medíocres e execráveis, não que eu tenha preconceito musical, (risos), eu tenho é conceito mesmo (quem lê este texto, imagina logo: “Que cara chato!” A verdade é esta mesmo, não ligo para o que pensam a meu respeito já faz uns anos).

Sei que esse papo de música é complicado, tem muita gente legal que adora porcarias por não ter tido acesso aos filmes, lugares, livros e experiências, afinal, o meio forja o indivíduo. Sempre sou eu mesmo, sem máscaras, sem aquele papo de mudar na presença da família ou rodas distintas de amigos. Uma pessoa com manias e brincadeiras, alegrias e com eventuais tristezas, erros e acertos, boêmio, biriteiro, farrista, arrogante e astuto.

Alguns me acham esquentado em demasia, mas podem apostar, não entro em discussões sem alguma razão plausível. Odeio hipocrisia, aquele papo de fazer capa, dar uma de foda e, no final das contas, serem apenas mais alguns patetas, com o velho papo furado. Idiotas bancando pessoas safas e descoladas.

Enfim, eu sou cheio de defeitos, mencionei alguns aqui para não dizerem que não avisei. Já expulsei pessoas que amava de minha vida, já me arrependi por isso, entretanto, chamei pessoas próximas de "amigo" e descobri que não eram. Bani um bando de filhos da puta do meu convívio, até mesmo parentes.

Perdoar os erros dos outros não é tão difícil, o problema é quando elas continuam insistindo em erros idiotas e coisa fica insuportável. Não procuro confusão, mas não corro dela, nunca. Agradeço meus amigos por gostarem da minha pessoa com as imperfeições e luas que me são peculiares.





quarta-feira, janeiro 27, 2010

A História do rock amapaense – 3ª capítulo

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                                                                                                        Por Elton Tavares


Liverpool, o bar de rock com maior longevidade em Macapá - Foto: Elton Tavares

Chega o novo milênio e a esperança de a cena rock local expandir-se era mínima. É inaugurado o bar Cana café, a banda que tocava no local era a Baron Blue, muito boa, mas cover. Nós íamos, com poucas opções em Macapá, curtíamos o que tinha. No mesmo período, meados de 2001, um programa inovador surgiu na rádio amapaense, o Rock n’ Night do Darlan Costa na Rádio Antena 1. A programação, de 20h à meia-noite, tocava de tudo, até rock amapaense.

O programa, que durou até 2008, foi o responsável da única gravação das músicas autorais de Little Big (da qual falei no capítulo anterior), em 2002, pouco antes do fim da banda. Por lá também passaram as bandas locais Death Not, B-612, Amatribo, Charlotte e Gás 11.

Na primeira metade dos anos 2000, surgiram ótimas bandas covers como The Malk (minha preferida), com uma proposta anos 80. A Malk tocava no bar Botecno Café, no bairro do Trem, um lugarzinho muito legal. Lá também tocava a Mazikin, que revezava com a Malk. Nesta época surgiu a Madame Buttefly, do baterista Beah (figura folclórica do underground local) estilo Glam Rock, mas cadê a tal cena? Aquela iniciada com a Little Big?

O Mosaico reabre, mas não é mais o mesmo, pois está elitizado, diferente do antigo bar de grande representação do movimento na cidade. A banda Casa Nova grava, mas era uma coisa de resgate dos anos 70 e não o que queríamos ouvir e ver e, na mesma linha “pop-atual-mpa-disco”.

A coisa começou com força mesmo em 2004. Não estávamos a fim de curtir a micareta das férias de julho daquele ano. Eu, Lorena, Gabriela, Guga e Arley (batera da The Malk) e Rebecca (na época vocal da Yellon Box) inventamos, na Praça Floriano Peixoto, o Lago do Rock. Lá formou-se um point rock, iniciou com as bandas como The Malk, Pierrot e Yellon Box. O espaço era aberto, democrático para quem quisesse tocar.

Foi quando uma, então banda nova, após tocar ótimos covers, tocou uma música de sua autoria, que foi muito bem aceita. Tratava-se da stereovitrola, aí começa a trajetória da, para alguns (como eu), melhor banda do rock nativo.

stereovitrola

A formação original da stereo era Almir (AJ) no vocal e guitarra, Patrick (ex Little Big) na guitarra e composições, Marinho no baixo e Rubens na bateria. Depois entro o Matrix no Samplers, Loops e efeitos, apelidados carinhosamente de “ligas sonoras”. O AJ saiu (depois conto essa história) e entrou o Anderson na guitarra e o Patrick assumiu os vocais. Anderson saiu e entrou o tecladista Otto. No ano passado (2009), o Anderson retornou, formando o sexteto atual. Os caras são simplesmente fantásticos!

A banda lançou, em 2006, o seu primeiro CD, com cinco faixas próprias e intitulado “Cada molécula de um ser”. No mesmo ano, o disco foi eleito o 6° melhor single independente do Brasil pela Revista Senhor F, de Brasília (DF), e 6º colocado na categoria independente pela Revista Dynamite. A stereo, influenciada pelas bandas Pink Floyd, Mutantes, Interpol, Joy Division, Belle and e Sebastian e Júpter Maçã, lançou ano passado o CD “No Espaço Líquido”, com 10 músicas próprias, que caíram no gosto popular.

A banda conseguiu sintetizar talento, força de vontade, ótimos músicos, déias criativas e um toque de eletrônico. Conquistou o público Amapaense com composições intimistas, um trabalho espetacular devido às condições da realidade local. Já fizeram alguns shows em Belém (PA). Me atrevo a dizer que a única coisa que falta para a stereo é viajar mais, quando eles estiverem prontos para conquistar o país, bastará o Brasil parar para ouvi-los.

Conforme o vocalista e compositor da stereovitrola, Patrick Oliveira, a banda surgiu como resposta ao marasmo musical de Macapá e tem como característica rock alternativo, independente e experimental. Possui composições próprias, com letras que valorizam o cotidiano e comportamentos individuais e coletivos.

Voltando a 2004, bem no finalzinho, Inaugura o Liverpool Rock Bar, um dos celeiros do underground amapaense. O Liver, como o chamo, é o bar de rock mais duradouro da história de Macapá. Todas as grandes bandas tocaram neste lugar: The Malk, Stereovitrola, Pierrot, Tio Zé, Templários, Slot, etc... Um lugar alternativo, freqüentado por amigos, amantes de música, um verdadeiro reduto.

Existiram lugares importantes ao longo dos anos do Rock Tucujú: Mosaico, Bar Lokau (meu e do Edmar, onde a Little tocou algumas vezes), Bar Woodstock, Bar da Praça Floriano, Botechno Café, Galpão 213, mas nenhum tão duradouro quanto o Liverpool, que fechou várias vezes, mas sempre volta com força total.Só o fato de existir um lugar destes, em uma terra tomada pelo brega, já é um fato heróico.

Entre estas, destaco cinco bandas, Mini-Box Lunar, a banda mais ativa do Coletivo Palafita (grupo cultural, de quem falarei no próximo capítulo). A Mini Box já participou de alguns festivais dentro e fora do Amapá, é a mais experiente no quesito “estrada”. A Sangria, que infelizmente acabou, era uma referência do punk tucujú, faziam um som sujo, mas de muita qualidade. Eles faziam shows viscerais de punk politizado e com conteúdo.

Após o lançamento do CD autoral da stereo, várias bandas produziram material próprio no Estado, como Sangria, Sps12, Samsaramaya, Marttyrium, Templários, Bauzabouth, 12 Wolts, Arma de Fogo, Palheta Perdida (de longe, a pior de todas), Amatribo, Corleones, Amaurose, Godzilla,Dezoito/21,Novos e Usados, Mini-Box Lunar, Inadimplentes, Fax modem, AlterEgo e Nova Ordem. Algumas destas possuem muito mais atitude do que talento, porém, só o tempo dirá se esta atitude é o que nos faltou no passado.

Não gosto muito de Metal e Hardcore, mas as bandas Sps12, de HC, e Amaurose, de metal, tem o meu respeito. Já critiquei muito, mas aprendi que eles são muito bons no que propõem a fazer. A caçula das que se destacam é a Godzilla, uma banda visceral, com um público fiel, talvez a segunda em popularidade no Estado. A Godzilla é muito foda, em minha opinião, ela e stereovitrola são as melhores daqui.

Godzilla

A Godzilla foi formada em 2007, tem como integrantes Raoni Holanda vocal e composições, Wendril Araújo na guitarra, Sandra Borges no contrabaixo e Magrão na bateria. São influenciados por The Pixies, The Doors, David Bowie, Nirvana, R.E.M, The Beatles, PJ Harvey, Rolling Stones, Nick Cave, Donnie Darko, White Stripes, The Stooges, Black Sabbath, Los Hermanos, Nine Inch Nails, The Liars, The Strokes, Shellac, stereovitrola, Mick Ronson, Sepultura, The Libertines, Sonic Youth, Queens Of The Stone Age.

A banda é diferente de todas as outras do cenário independente da cidade de Macapá. As performances do vocalista e Raoní são, no mínimo, criativas. Os Godzillas lançaram, no ano passado, um single com cinco músicas. As canções fazem sucesso, a platéia canta junto com a banda, o que é muito firme!

Continua......










terça-feira, janeiro 26, 2010

Será abdução?

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                                                                           Por Raoni Holanda e Elton Tavares


 "Nave do Som" (risos)


Relatos de acontecimentos estranhos têm sido observados por moradores de Macapá. Alguns cidadãos afirmam ter avistado Objetos Voadores Não-Identificados (Óvnis). Segundo eles, as aparições ocorrem com freqüências em boites e clubes da capital amapense. De acordo com estes relatos, a visita dos supostos extraterrestres (ETs) estaria diretamente relacionada ao popular estilo musical local, conhecido como TecnoBrega – Pé-de-pato-bangalô-três-vezes!

Além das aparições, fontes garantem que diversas pessoas ficaram parcialmente loucas, remexendo o corpo de forma ridícula e repetindo mantras de outro mundo como “Faz o T” ou dizendo nomes de pedras preciosas, como o “Rubí”. Seria algum tipo de abdução?

Conforme as vítimas, as naves possuem forma de “aparelhagem”, cruzes! Tal termo  denomina uma engenhoca com muitos, muitos alto-falantes juntos, que emitem uma espécie de tortura sonora para ouvidos mais apurados. Estas Naus seriam pilotadas por seres de calcinha preta, do planeta Calpso.

Alguns, mais religiosos, afirmam que as pessoas que viram o fenômeno foram vítimas de possessão demoníaca e encaminharam as vítimas para o pastor mais próximo. Aconselhamos aos abduzidos que escutem boa música, rock, samba (samba NÃO é pagode) ou MPB, a fim de minimizar os efeitos do ocorrido. Se possível, um pouco de leitura ou viagens, para os efeitos não retornarem jamais.

Apesar de um grande número de pessoas confirmarem a aparição dos Óvnis em Macapá, até o momento não existe nenhuma sustentação da realidade nos depoimentos colhidos, nem através de vídeos, fotografias ou semelhantes. Nenhuma autoridade local pronunciou-se sobre o ocorrido.

Alertamos que, as vítimas que não seguirem as instruções para a desintoxicação das abduções, sofrerão conseqüências catastróficas e irreparáveis, pois nunca conseguirão curar-se. Elas tentarão reproduzir as naves em seus automóveis, a fim de engrossar as fileiras do fatídico destino, tornar-se um apreciador da sonoridade. Fooooda-se!






segunda-feira, janeiro 25, 2010

Projeto Teia Cultural abre inscrições para oficinas de audiovisual

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                                                                                                     Por Alexandre Brito


Local das inscrições, no centro de Macapá - Foto: Elton Tavares.

O Projeto Teia Cultural abre, a partir de hoje (26), inscrições para três cursos ligados a área do audiovisual: Roteiro, Direção e Iluminação. Todos os cursos terão carga horária de 80h/a, comprovadas com a emissão de certificados pela Secretaria de Estado de Cultura aos alunos que atingirem a carga horária mínima exigida pela coordenação pedagógica dos cursos. Os interessados poderão se inscrever, gratuitamente, na recepção do Teatro das Bacabeiras, de 8h às 12h e de 14h às 18h, no período de 26 de janeiro a 5 de fevereiro de 2009.

O Museu da Imagem e do Som (SECULT/MIS) têm programadas, ainda para fevereiro, mais duas oficinas que terão como temática Produção e Fotografia para cinema e vídeo. Com isso, o MIS pretende cobrir áreas estratégicas da produção audiovisual do estado do Amapá, qualificando aproximadamente 100 alunos para atuarem nas diversas etapas que compõem as produções de cinema ou vídeo.

Abaixo, informações mais detalhadas sobre as três primeiras oficinas:

1) Oficina de Roteiro: apresentar aos participantes noções básicas para compreensão dos diversos tipos de formatos e estruturas de roteiros audiovisuais, vídeo e TV, seus elementos comuns e suas especificidades, produzir diversos tipos de documentos relativos ao processo de criação, confecção e produção de um roteiro audiovisual, introdução às teorias de dramaturgia e seus protagonistas, apresentação do ofício e técnicas de criação e produção de roteiros de cinema e vídeo.

Ministrante: Ivan Carlo (professor de ensino superior e roteirista), no período de08 de fevereiro à 16 de abril deste ano (somente 2ª, 4ª e 6ª feiras);Horário: das 9 às 12h, com vagas para 25 alunos.

2) Oficina de Direção: apresentar aos alunos conceitos sobre a função do diretor de cinema e vídeo além conceitos fundamentais de direção, análise de roteiro, planejamento de produção, procedimentos de gravação, processo de finalização, o papel do diretor da leitura do roteiro até a finalização da obra e aulas expositivas, com análise de material audiovisual (vídeo).

Ministrante: Manoel do Vale (publicitário e produtor independente), no período de 08 de fevereiro à 17 de março (de 2ª a 6ª); Horário: das 18 às 21h, com vagas para 25 alunos.

3) Oficina de iluminação: proporcionar aos alunos conceitos básicos de iluminação, cores da luz e a temperatura da cor, mistura aditiva e subtrativa, white balance, lâmpadas, refletores e acessórios, filtros para câmera e filtros e gelatinas para correção e efeitos, iluminação interna e externa e como obter efeitos.

Ministrante: Regi Cavaleiro (Jornalista e produtor independente), no período de 15 de fevereiro à 24 de março de 2009(de 2ª a 6ª); Horário: de das 9 às 12h, com vagas para 25 alunos.


domingo, janeiro 24, 2010

Piratas da Batucada

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                                                                                                    Por Elton Tavares


Piratas da Batucada, a maior campeã do Carnaval Amaense

Hoje falarei um pouco da Escola de Samba Piratas da Batucada. Assim como o Flamengo, uma grande paixão. Muitos acham uma grande contradição um cara que, o ano todo, houve rock ou MPB, cair na folia em fevereiro. Para estes, basta dizer que o Carnaval é a maior festa popular do Brasil e eu adoro o nosso. Saio no “Piratão” desde 1991, na época os desfiles eram realizados na Avenida Fab, no centro de Macapá.

Nossos maiores rivais são o Boêmios do Laguinho e a Maracatú da Favela, agremiações que respeito muito, pela história que possuem. O problema é quando vencemos e temos que ouvir o tradicional “chorôrô” dos outros, que insistem em dizer que o carnaval é fraudado (risos), como assim? Quase todo ano? Nunca foi provado.

Como bom morador do bairro do Trem, sou Piratão e Emissários da Cegonha (escola de pouca expressão no carnaval local), torço pelo Ypiranga Clube e simpatizo com o Trem Desportivo Clube. Ao longo dos anos, desfilar na escola se tornou uma adorável necessidade.

A agremiação é a maior campeã do Carnaval Amapaense, venceu 15 vezes, a última, no ano passado. Os anos dos títulos foram: 1987, 1988, 1989, 1990, 1991, 1993, 1994, 1997, 1998, 2000, 2001, 2002, 2004, 2006 e 2009.

O nome da escola foi criado, em 1962, pelo saudoso poeta amapaense Jeconias Alves de Araújo. O batismo teria sido uma alusão ao rótulo da garrafa do Run Montilla, na época, muito apreciada pelo mesmo.

Conheci Jeconias ainda moleque, na casa dos meus avós, João Espíndola Tavares e Perolina Tavares, ele era amigo de minha família. Por volta de 1973 a criação da Escola foi concretizada, Jecó, como era chamado, compôs os primeiros sambas do Piratão. Outros fundadores foram Walber Damasceno Duarte, Antonio Pinheiro e o artista plástico Raimundo Braga de Almeida, o “R.Peixe”.

Quase todos os anos, desfilamos ao amanhecer do dia, é uma sensação única. Quando o puxador grita, aos portões de entrada da Avenida do Samba, “Alô Zona Sul, chegou a hora!”, é uma sensação sem igual.

O Carnaval 2010 vem aí, vencendo ou ganhando, o que pouco importa. Com o enredo "Vencendo a Marola, no Mercado da Vida e na Avenida, a Competência Deita e Rola", estarei entre os numerosos piratas, como um fiel folião a esta agremiação.












sexta-feira, janeiro 22, 2010

Eu adoro futebol

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                                                                                                         Por Elton Tavares


Mengão campeão, muita emoção, alegria e birita - Bar do Francês/2009

Eu adoro futebol, uma paixão sem igual. Quem não gosta, nunca entenderá. Respeito os caras que torcem por outros times (os vascaínos e são paulinos são chatos), mas quem não é, nunca saberá o prazer de “Ser Flamengo”. É engraçado, em Macapá, a cidade para quando o Mengão decide um título, se ganha então, é carnaval.

Nosso futebol profissional ainda é fraco, eu sou Ypiranga, mas também torço pelo Paysandú e Flamengo. Afinal, torcer para muitos times é coisa de amapaense. Já faz um tempo que não vou ao Estádio Glicério Marques, como fazia nos anos 80 e 90, na companhia do meu saudoso pai, mas acompanho como posso.

Como todos sabem, o Campeonato Brasileiro foi ótimo, o melhor que já vi no sistema de pontos corridos. Nós nos divertimos, sofremos, rimos e choramos, foi paidégua! Acho que bebemos demais, sempre no Bar do Francês, o boteco mais rubro-negro de Macapá. Tomara que 2010 seja, pelo menos 50%, do que foi o ano passado para nós, flamenguistas. Aí vai o texto de Artur da Távola:

Ser Flamengo

“Ser Flamengo é ser humano e ser inteiro e forte na capacidade de querer. É ter certezas, vontade, garra e disposição. É paixão com alegria, alma com fome de gol e vontade com definição.É ser forte como o que é rubro e negro como o que é total. Forte e total, crescer em luta, peleja, ânimo, e decisão.

Ser Flamengo é deixar a tristeza para depois da batalha e nela entrar por inteiro, alma de herói, cabeça de gênio militar e coração incendiado de guerreiro. É pronunciar com emoção as palavras flama, gana, garra, sou mais eu, ardor, vou, vida, sangue, seiva, agora, encarar, no peito, fé, vontade. Insolação.Ser Flamengo é morder com vigor o pão da melhor paixão; é respirar fundo e não temer; é ter coração em compasso de multidão.

Ser Flamengo é ousar, é contrariar norma, é enfrentar todas as formas de poder com arte, criatividade e malemolência. É saber o momento da contramão, de pular o muro, de driblar o otário e de ser forte por ficar do lado do mais fraco. É poder tanto quanto querer. É querer tanto como saber; é enfrentar trovões ou hinos de amor com o olhar firme da convicção.

Ser Flamengo é enganar o guarda, é roubar o beijo. É bailar sempre para distrair o poder e dobrar a injustiça. É ir em frente onde os outros param, é derrubar barreiras onde os prudentes medram, é jamais se arrepender, exceto do que não faz. É comungar a humildade com o rei interno de cada um.

É crer, é ser, é vibrar. É vencer. É correr para; jamais correr de. É seiva, é salva; é vastidão. É frente, é franco, é forte, é furacão. É flor que quebra o muro, mão que faz o trabalho, povo que faz país.”

A História do rock amapaense – 2ª capítulo

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                                                                                                  Por Elton Tavares

Antônio Malária, da Little Big, a banda mais popular dos anos 90

A segunda geração do rock Amapaense foi formada por músicos de garagem, no início dos anos 90, que faziam festinhas que denominamos, na época, “piseiros”. Bandas como Primos do Brau (Braulino), Little Big, Drop’s Heroína, Delta de Vênus, Pulso zero, Conexão Melão, Silver Boys, Agression (primeira banda de metal do Estado) e Slot, preferida de dez entre dez metaleiros da época. Tinha também a banda punk do Eron, mas era tão ruim que não vale a pena comentar.

As bandas tinham espaços específicos e só se encontravam em um evento anual: “O Dia Mundial do Rock”, no dia 13 de julho. O evento é produzido, até hoje, pelo Bio, famoso articulador do rock amapaense. Estes piseiros revelaram ótimas bandas como Charlotte, B-612 e Herdeiros, que tinham composições próprias.

Alguns eventos foram marcantes naquela época, verdadeiros divisores de águas, que mudaram a cena rock no Estado. Foram eles: O Festival de bandas de garagem, que aconteceu em Dezembro de 1996; O Projeto Escadaria, que revelou as bandas: Franzinos, Kids, Epitaph, Equinócio e o Festival Jovem da Canção (FEJOCA), que premiou a banda Dezoito/21.

Este último, onde foram trabalhadas composições próprias, coroou o roquinho simples e sincero, de boa qualidade. Após estes eventos, houve um retorno à cultura do “cover”, sempre voltando ao ponto de partida, como se tal musicalidade andasse em círculos. Claro que apareceu muita gente boa, como The End e Fire Of Guns.

Daí que surgiu o Mosaico, uma casa com muito bem estruturada com uma proposta pura e simples, o rock. Lá tocavam Primos do Brau (Braulino), Little Big e Drop’s Heroína. Era um espaço democrático, para quem quisesse tocar, mesmo a Pulso Zero, que fazia covers de bandas nacionais, embalando as sextas feiras do público chegado, com destque para o guitarrista Ito. Há o Mosaico, era um espaço alternativo onde banda e platéia interagiam em uma relação calorosa, peculiar e única. Quem foi nunca esquecerá aquelas noites.

A banda Primos do Brau era formada por Guido, que viajou para o Natal (RN) e foi substituído pelo Elder Melo, Adriano Joaci, Adroaldo Jr. e Túlio, e tocava basicamente indie rock e covers de qualidade. Não teve longa trajetória, durando pouco mais de um ano. O motivo foi a ida de Guido para o Nordeste, afinal, era uma banda de amigos.

Já a Drop’s Heroína surgiu do desejo das, então adolescentes, Rebecca Braga e Aline Castro em formar uma banda diferente, com uma proposta de agressividade teenage. Logo se juntaram a Lenilda e Sabrina. A formação mudou várias vezes, Sabrina deu lugar a Cristiane no contra-baixo, Suellen no teclado, e a ultima formação contou com Débora nos vocais e Dauci no baixo.

A Drop´s não resistiu a saída de Rebecca Braga, que por sua vez seguiu carreira solo. A Drop’s nunca trabalhou com composições próprias, mas foi um marco no rock amapaense, pois lutou contra o preconceito, já que era uma banda formada apenas por mulheres, nada convencional no Amapá. Fizeram música e história, inspiraram outras meninas e escreveram uma página do nosso rock.

Little Big
Da segunda metade idos dos anos 90 até meados de 2003, uma banda agitava o rock and roll em Macapá, a Little Big. Sua primeira formação foi Antônio Malária no vocal, Ronaldo Macarrão, Tibúrcio na guitarra e Zico na bateria. Todos skatistas. A banda quase acaba com a saída de Tibúrcio, Patrick Oliveira (hoje na stereovitrola) assumiu este posto de forma brilhante. Houve um rodízio na cozinha da Little, mas quem emplacou mesmo foi o Mário.

A Little foi a banda de garagem mais duradoura e badalada daquela época (onde a Little tocava, era casa cheia). Eles tocavam o punk, indie, hardcore e manguebeat. Chegaram a desenvolver um som próprio, com composições do Antônio Malária, um flerte com o Batuque e Marabaixo, misturado ao rock.

A banda ganhou força com a percussão nervosa de Guiga e Marlon Bulhosa. Inspirados, chegaram ao topo do underground amapaense com as canções “Baseados em si”, “São Jose”, “Beira mar” e “Lamento do Rio”. Música amapaense, um dos meus trechos preferidos era: “Eu sou do Norte, por isso camarada, não vem forte”. Seria a tão esperada explosão do rock tucujú? Que nada.

A banda embalou festas marcantes do nosso rock, teve seus anos de sucesso pelas quadras de escolas, praças, pista de skate, bares e residências de Macapá. Um rock em estado bruto, sem muitos recursos tecnológicos ou pedaleiras sofisticadas. Aqueles caras agitavam qualquer festa, quem foi ao Mosaico, African Bar, Expofeiras, Bar Lokau, festas no Trem Desportivo Clube e Sede dos Escoteiros sabe que do que falo.

Vários fatores deram fim a Little Big, como desentendimentos internos e intervenção familiar. Eu, apesar de ser amigo dos caras nunca soube o motivo real. Eles ão estouraram porque não tiraram os pés da garagem, ficou um gostinho de quero mais, deixando uma legião de órfãos que gostavam de seu talento, irreverência, performances de palco do Antônio, do carisma do Ronaldo e do talento de do instrumentista Patrick.

A Little Big tocava, como a maioria, por prazer e diversão em uma época que nós íamos para o “piseiro” e era só isso que importava naquele momento. Voltando ao antigo Mosaico, o bar fechou e o rock ficou cativo de festas particulares, feiras agropecuárias e Halloweens, sempre com aquela sensação de que tínhamos talentos na cidade. Nenhum freqüentador esquecerá.

A Little, Drop’s e Primos do Brau foram as principais bandas do circuito. Era uma geração ótima, porém, o que os caras faziam era por diversão e apesar do talento, não tinham iniciativa (nem apoio) para começar a compor e  agitar a cena autoral.

Continua....

quarta-feira, janeiro 20, 2010

A história do rock amapaense – 1ª Capítulo

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                                                                                                                 Por Elton Tavares


Muitas bandas, dos anos 80, tocaram no bar Lennon, no centro de Macapá - Foto cedida por Camila Karina

Hoje podemos afirmar que o Amapá tem uma “cena rock”. Vou falar um pouco da trajetória e dos pioneiros deste estilo musical neste lado do Brasil.

Os Cometas foram a primeira banda a fazer rock no Amapá, tocando Beatles e outros covers nos anos 60. Mas a primeira onda da sonzeira local aconteceu nos anos 80. O movimento começou a ter mais adeptos em nosso Estado quando alguns jovens músicos resolveram fazer algo diferente.

Surgiram, nessa época, as bandas Misantropia e Prisioneiros do Lar, com alma e estilo próprios. Foram iniciativas que nasceram da necessidade de extravasar a arte que rola no sangue de todo músico, somada à vontade de expor suas idéias, sentimentos e pensamentos, seja por pura diversão ou protesto.

A Prisioneiros do Lar era formada por Black, Jony, Guri e Jessi. Eles tocavam apenas covers. Era uma banda de atitude e muita energia, canalizada através de seu vocalista Black (grande amigo meu, que hoje mora no Pará), performático e estiloso.

A Misantropia contava com Beto Oscar, Helder Cardoso, Emerson Melo e Josafá. Uma banda muito mais politizada e que chegou a fazer algumas músicas próprias, com letras tipo: “Morte aos negros, morte aos brancos, morte a todos os seres humanos/ queimem as armas e desarmem as bombas, morte para todos que nos assombram/ o próprio ser se odeia”. Os temas continuam atuais: era a essência rock, música de protesto, tudo seguindo a linha oitentista.

Nesta mesma época também surgiram as bandas Ura e Anonimato, ambas sem grande trajetória. Dois nomes seguiram em carreira solo, Alan Yared, da Ura e Black, do Prisioneiros do Lar. A Misantropia deu origem à banda de maior expressão daquela época, Raízes Aéreas, que chegou com músicas próprias, talento e atitude - todos os elementos para o sucesso!

Logo, a Raízes Aéreas caiu no gosto popular, pois tinham elementos da musica regional e do rock. Contava com nomes como compositor Naldo Maranhão e o percussionista Helder do Espírito Santo. Eles gravaram um disco que fez muito sucesso. Surgiu a banda Flor de Laranjeira, do antigo vocal da Ura, Alan Yared. Os outros componentes eram Aldo Gatinho, Karla Monteles, Alexandre e Nena.

Nesta época se tocava em todo lugar disponível, desde praças, escolas, bailes, barzinhos e festas particulares. O melhor lugar era o próximo. A galera só se queria tocar, não importava onde. Suas influências eram o forte rock nacional daqueles anos.

Tanto a Raízes quanto a Flor de Laranjeira deixaram de ser bandas de rock and roll e foram para o lado regional, para o movimento onde surgiram nomes como Osmar Jr, Amadeu Cavalcante e Zé Miguel. Suas composições fizeram uma cena de música regional muito forte, até os dias de hoje.

Continua.....

Cinema no Forte

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Fortaleza de São José de Macapá - Foto: Elton Tavares

O Museu da Fortaleza de São José de Macapá ganhará, em fevereiro, uma sala de cinema. A boa nova será realizada pelo programa “Cine Mais Cultura”, do Ministério da Cultura (Minc), por meio do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). Conforme a administração do Museu, todos os equipamentos necessários para o funcionamento do cine já chegaram. Falta selecionar dos filmes e o agendar sessões que serão realizadas pela empresa Programadora Brasil, segundo regra do Governo Federal.

O cinema funcionará, no mínimo, com uma sessão por semana e atenderá todas as faixas etárias. A entrada será franca. O espaço será climatizado e terá capacidade para 80 pessoas. Os investimentos são de R$ 8 mil, segundo relatório do Minc.

Os equipamentos incluem tela para projeção, pedestal retrátil, projetor de vídeo, aparelho leitor de DVD Bivolt/leitor de DVD/VCD e RWDV, mesa de som com quatros canais de entrada, caixas amplificadas entre outros.

Capacitação

De acordo com a administração do Museu, em agosto de 2009, o um técnico da instituição foi enviado para Belém (PA), onde participou, durante cinco dias, de um treinamento sobre o manuseio do equipamento e organização da programação.

Ações como esta merecem nosso reconhecimento, cultura nunca é demais. Desta forma, a população poderá curtir a sétima arte.

Fonte – Secom


terça-feira, janeiro 19, 2010

A atriz Bárbara Castro

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                                                                                                             Por Elton Tavares


A versatilidade da artista Bárbara Castro


Hoje falarei da minha amiga Bárbara Castro, um caso raro, uma atriz amapaense que conseguiu se destacar na arte cênica do Brasil. Bárbara, hoje com 28 anos, é paraense de nascimento e amapaense de coração. A artista é versátil, atua como atriz, educadora, produtora cultural e musicista. Nascida em Altamira (PA), veio para Macapá, ainda pequena, com seus pais. A moça possui três irmãos, todos músicos talentosos. Eu acho (sempre o meu velho “achismo”) que a pessoa já nasce com talento, o aprendizado somente o lapida, este é o caso de Bárbara Castro.

Bárbara destacou-se, na segunda metade dos anos 90, no Teatro amapaense, com o diretor Guiga (figuraça, outro amigo querido). Sempre me disse, na época que morava no centro de Macapá, na Avenida Cora de Carvalho, perto da casa do meu primo Marcelo, que seria uma grande atriz. Lançou-se á sorte quando viajou para o Rio de Janeiro, em meados de 2002 (eu acho). Lá, cursou a Escola de Teatro Martins Pena e o Instituto Tá Na Rua para as Artes, Educação e Cidadania, sob direção de Amir Haddad.

No teatro, participou da Semana Cultural em Caiena, Guiana Francesa (FRA), com o grupo Zapt Zupt (Intercâmbio Cultural Amapá-Caiena); Da peça História e Crítica da Arte (Sesc) com o historiador e crítico Rodrigo Naves da Universidade de São Paulo (USP). Além do “Encontro Artístico com Ivone Hoffmam e Ítalo Rossi”, no Teatro das Bacabeiras.

Atuou e participou da criação do roteiro do espetáculo “Dar Não Dói, O Que Dói É Resistir”, apresentado nas Lonas Culturais do no Circo Voador e no Largo da Carioca. Atuou nos espetáculos: “Mambembe Canta Mambembe”, texto Arthur Azevedo, no Teatro Villa-Lobos; “O Castiçal”, texto de Giordanno Bruno, no Teatro Carlos Gomes.

Realizou a performance Talibamba apresentada no Fórum Social Mundial de Porto Alegre (RS) e atuou nos espetáculos “Mas Que Nada Brasil”, pelo Projeto Encena Brasil, apresentados em Rio Branco(AC), Belém (PA), Macapá(AP); Participou do Encontro da Pedagogia GRIÔ-A reinvenção da Roda da Vida, em Lencois(BA).

Na televisão, participou da mini-série “Hoje É Dia De Maria”, direção Luiz Fernando Carvalho; Da novela “Alma Gêmea”, direção de Jorge Fernando; Do episódio “Por toda minha vida-Chacrinha”, dirigido por Pedro Vasconcellos e “A Grande Família”.

No Cinema atuou em “Cleópatra”, longa metragem de Julio Bressane; No curta matragem “República Tiradentes”, de Zózimo Bulbul; No documentário “Vou ficar a Pátria Livre”, de Silvio Tendle; “Operação Morengueira”, homenagem a Moreira da Silva, curta metragem de Godofredo Quincas; “O Poeta Da Vila”, homenagem a Noel Rosa, longa de Ricardo Vasnsteen; Do longa "Amazônia Caruana", de Tizuka Yamazaki.Além do DOC-TV “Simaozinho Sonhador”, de Gavin Andress, no Amapá.

Bárbara é fundadora do grupo musical “Paideguará”, que realizou shows no Rio de Janeiro, em lugares como o Sesc Tijuca, Sesc Nova Iguaçú, Circo Voador (na Mostra Livre das Artes 2007); Casa Brasil-Mestiço, na Casa Tá na Rua, no Espaço Umbú; Na Mostra do Filme Livre 2008; No Espaço Cultural Recordatório; Na 5ª Bienal da União Nacional dos Estudantes (UNE); Projeto Escadaria, em Macapá, e em eventos populares como a Festa de São Tiago , em Mazagão Velho-AP.O grupo promoveu ainda Oficinas de Carimbó, ministradas no Espaço Mosaico Cultural Juliana Manhães.

Em Macapá, conheço muita gente talentosa, músicos, poetas, produtores, artistas e, como não poderia deixar de ser, jornalistas, mas poucos conseguiram o devido reconhecimento pelo talento. Por isto, a Bárbara é um exemplo, uma menina que saiu do Norte para ganhar espaço na arte cênica nacional. Sinto orgulho de ser amigo desta ilustre mulher. Ela é foda!






















segunda-feira, janeiro 18, 2010

Algumas chatices da terra que amo

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                                                                                                                       Por Elton Tavares

Cena do filme "Deby e Lóide - Imagem Google

Eu andei pensando no comportamento de nossa gente. Eu amo o Amapá, nasci e cresci em Macapá, onde fiz muitos amigos e alguns inimigos, mas aqui acontece cada coisa. Não podemos, nunca, culpar as pessoas que não tiveram chance de escolher, falo aqui das que tem e adoram ser parte dos fatos que citarei. Para ser mais exato, falo da juventude de classe média, da qual faço parte. (Se bem que estou quase deixando de ser jovem, RS)

Ser “cool” em Macapá é comprar roupa de marca em loja famosa. Ir para a boite no sábado à noite, ter um carro legal e, é claro, ter sempre seu abadá em mãos. Puta que pariu! As conversas são sempre as mesmas, pessoas que falam de pessoas importantes ou “populares”, cargos, carros, roupas, e todo tipo de futilidade. Muitos querendo ser o que não são e outros curtindo a puxação de saco. Se as coisas não mudarem, a mediocridade reinará para sempre.

Em nosso Estado, a mídia auditiva dominante é o Tecno Brega, a batida nos dá a impressão que estão tocando a mesma música. A musicalidade é de gosto duvidoso e foi importada, como várias outras coisas, do Pará. Entretanto, faz mais sucesso do que a dita Música Popular Amapaense (MPA) ou o Marabaixo, que são genuínas da nossa cultura, como diz um bordão que rola por aqui, “coisas tucujús”.

Na primeira metade dos anos 90, quando adolescente, eu e meu grupo de amigos escutávamos rock e éramos tachados de marginais. Os filhinhos de papai que saíram de Macapá para estudar voltaram tatuados e escutando o mesmo estilo musical. Agora são descolados. Pôtaqueparéu! Nunca precisei sair daqui para deixar de ser otário. Devo a minha consciência cultural as experiências que vivi e a minha família, que me ensinou a separar o joio do trigo.

Lembro de ir tomar gengibirra, em companhia do meu falecido pai, no Marabaixo do Laguinho. Coisas assim forjam o cidadão, escutar Chico Buarque e outros monstros da música nacional em reuniões na casa da minha avó, procurar não acompanhar a sedenta moda, tão importante para alguns. Pequenas coisas fazem falta para muitos e eles nem percebem. Se você está lendo este texto e achando arrogante, é por está nesta esteira de linha de montagem de babacas, senão, está rindo, no mínimo.

Na capital amapaense, andar por aí de “abadá” é sinal de status, se tiver escrito o nome de uma famosa banda baiana então, é ducaralho! Rs, sinceramente, é medíocre. Eu amo o nosso carnaval, em minha opinião, o melhor do Norte do Brasil, já que o de Manaus é pura Toada, bom para eles. Em contrapartida, odeio as ditas “micaretas”. Já participei deste tipo de “divertimento” no início da década passada, mas deu no saco. Tudo “mais do mesmo”.

Estes foram alguns pontos negativos de nossa cidade, que tem muitas coisas ótimas, como culinária, famílias de bem, povo hospitaleiro e muita gente que progride pela força do trabalho. Eu citei somente alguns comportamentos do nosso cotidiano. Não pensem que estou metendo o pau na minha terra, longe disso, comento estes casos por conta da mediocridade coletiva que assola nosso povo.

sábado, janeiro 16, 2010

Meu amado irmão Emerson

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                                                                                                                    Por Elton Tavares


Emerson Tavares - Foto: Elton Tavares

 

Vou falar um pouco do Emerson, meu único irmão. Todos gostam dele, todos queriam um irmão como eu tenho. Ele é um daqueles seres que iluminam qualquer ambiente, extrovertido, alegre e com um bom humor incrível, herdou do meu velho pai. O tempo bom de criança não volta mais, mas ficou na lembrança e no coração. Adoro ser o irmão mais velho, apesar de não possuir o perfil.

O lado ruim era que, na época que éramos moleques, as obrigações eram mais minhas do que dele (que foi a criança mais danada que conheci na vida). Décadas passaram e deu tudo certo, e hoje, adulto, ele se tornou um homem de sucesso em todos os campos da vida. Ainda adolescente, mostrou muita perseverança, coragem e força quando foi estudar em Belém (PA) e lá “Foi, viu e venceu”, me enchendo de orgulho.

O mais legal é que, em nosso relacionamento, acontece uma troca maravilhosa. Muita reciprocidade, apoio, amizade e amor. Temos nossas farpas, mas é bem raro e na maioria das vezes, por minha culpa. Quem me conhece sabe que não tenho um gênio muito legal. Temos muitos amigos, mas se alguém mexer comigo ou com ele, caímos na porrada, quebramos logo tudo e a todos. Se for para beber, tomamos um engradado de cerveja (e de testa).

Se for p/ partilhar dor, enfrentamos de frente, assim como aconteceu em 1998, quando papai, José Penha Tavares, o cara que nos ensinou a viver felizes, partiu dolorosamente. Superamos e ficamos mais fortes e unidos. Afinal, o que seríamos sem irmãos? Tanta coisa que não poderíamos fazer, tanto amor que não poderíamos compartilhar. É por isso que agradeço pela dádiva que me foi dada, para mim, ele é essencial, te amo Emerson Tavares!

Trecho do poema Filtro Solar : "Seja legal com seus irmãos. Eles são a melhor ponte com o seu passado e, possivelmente, quem vai sempre mesmo te apoiar no futuro"


sexta-feira, janeiro 15, 2010

Músico amapaense realiza sonho na outra ponta do Brasil

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                                                                                            Por Elton Tavares


Sandro Malk (com o detalhe na camiseta) e a Bardot em Coma - Foto: Jamy Gurjão.


A The Malk é uma banda amapaense que toca covers em seus shows, mas se quisesse, teria grandes possibilidades de fazer som próprio, mas não quer, as atividades profissionais e interesses de seus integrantes são outros.

Por conta disso, o compositor, músico e cantor Sandro Malk alçou vôos para o Sul do país, mais precisamente Curitiba (PR), onde formou, com três curitibanos, a banda "Bardot em Coma". Sandro escreveu algumas canções na época que cantava na The Malk, mas elas só saíram do baú lá por aquelas bandas. Ele conta esta pequena história aqui.

Qual o seu nome completo?

Sandro Costa dos Santos ou seria nome artístico? Aí já sabes que é o tal de Sandro Malk (rs).

Onde e quando você nasceu?

Macapá, nascido em 28/02/1984. Queria ter nascido antes pra ter pego os anos 80, mas ok. Fica pra próxima.

Influências musicais e com quantos anos começou a tocar e cantar:

Minhas influências musicais mais presentes são: The Smiths, o culpado, ainda quando criança, vi um vinil com um soldado na capa ("Meat is murder") e a partir dali eu começava uma busca que me fez entrar no mundo do rock e não sair até hoje, em suma, a história é essa. The Cure, Ride, My Bloody Valentine, Suede, Teenage Fanclub e U2. Gosto de ouvir bandas novas também, claro. Mas se tratando de influência, fico com a velharia mesmo.

Comecei a tocar com 14 anos na escolinha do Sesc. Eu tinha aulas de violão naquele tempo e a minha idéia era aprender pra tocar as músicas das bandas que haviam me influenciado e pra pleitear (pareço político) uma vaga na banda do Arley, pois quando eu era criança, eu ouvia por casa que ele tinha uma banda e aquilo me fascinava. Então durante muito tempo naquele período eu alimentava a idéia de formar uma banda com ele e com os amigos dele. Coisa que acabou acontecendo anos mais tarde.

O canto veio junto e espontaneamente. Simplesmente percebi que dava pra tocar e cantar ao mesmo tempo (rs). Mas o que é interessante é que desde o 1º momento em que consegui passar de um acorde para o outro, ainda que mediocremente fosse, eu já tentava compor. A coisa de fazer música era mais interessante pra mim desde sempre.

Quando você resolveu ir em busca do sonho no Sul do Brasil?

O Nilson Montoril escreveu algumas canções, mas o projeto de música autoral da The Malk não foi em frente, mas tínhamos ótimas linhas de músicas, o Arley é um baterista criativo e o Adriano (Bago) nem se fala. Não sei, ou não lembro, onde nos desviamos do caminho. Na verdade, acho que por ser uma banda de covers, e com isso, tínhamos de tirar novas músicas sempre, acabava sobrando pouco tempo para as nossas canções.

Resolvi tentar o Sul por saber que ter a música como uma coisa séria, como trabalho, já é complicado por si só. E trabalhar a música em Macapá, viver de música fazendo rock, é mais complicado ainda, pois são outros nichos musicais que dominam a cena local e regional. Podemos perceber isso com a StereoVitrola, os meninos têm um trabalho legal, tocam bem e td, mas chega uma hora (deve chegar) que você quer atingir um público maior com o seu trabalho mas não consegue porque estamos longe de onde o tipo de som que fazemos acontece.

É difícil até pra se deslocar, pois o país é imenso e por conta do destino (ou dos portos em épocas colonias e outras querelas) estamos no extremo oposto de onde essas coisas acontecem. Daí resolvi tentar o Sul que tem uma cena independente bem interessante. Mas foi uma decisão difícil e que foi tomada gradativamente. Eu gostaria muito que esse tipo de trabalho fosse possível hoje na minha cidade. As pessoas não deveriam ter de sair do lugar em que os seus estão. Mas acredito que daqui alguns anos as coisas mudarão.

Qual a proposta da "Bardot em coma"?

Bom, The Malk mais do que uma banda pra mim, foi uma escola. E mais do que uma escola, era uma reunião de amigos. O projeto foi idealizado pelo Alexandre Lima em 2001/2002 nos corredores da Faculdade Seama. Havia uma feira de informática na faculdade e ele surgiu com a idéia de tocarmos apenas no encerramento da feira. Acabou que a banda foi formada de um jeito bastante despretencioso, para uma única apresentação, e durou uns 5 anos.

Na verdade, ela continua ativa. Então a contagem continua também. Digo que The Malk foi uma escola porque tudo o que sou no palco (me refiro a confiança, postura e coisas que só se aprende no palco) eu aprendi nestes anos. E bom, bardot em coma tem uma história recente. Ela começa quando eu organizo algumas das minhas composições e começo a procurar integrantes para formar uma banda.

Após algum tempo, conheço Allan Grégor (baterista). Foi um cara que renovou as energias para continuar a busca. Não era nada fácil encontrar músicos dispostos a apostar num trabalho autoral. E os que eu encontrava já estavam envolvidos em outros projetos. Algum tempo depois, conhecemos Henrique Ribeiro, guitarrista que se emocionou ao conhecer a proposta do grupo. E em seguida aparece Aline Ribeiro, baixista de técnica apurada, hoje se formando em Produção Sonora, por sinal.

Surgia assim em outubro de 2008 a banda bardot em coma, com a proposta de fazer um som repleto de poesia, lindas melodias e o peso dos drives imortais!Após 6 meses dessa união, lançamos o EP "Deslocado", contendo 5 faixas, entre elas a faixa título.

Hoje estamos tocando pela cidade e ao mesmo tempo estamos de olho nos festivais. E temos nosso MySpace: myspace.com/bardotemcoma, que está com mais de quatro mil acessos em menos de 2 meses de divulgação. A banda já se apresentou em programas de TV por aqui também.

Matéria publicada no blog da revista nacional de rock Dinamyte Online (http://dynamite.terra.com.br/blog/zapnroll/) no dia 23/12/2009.







O playboy falido

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                                                                                                Por Elton Tavares



Cena do filme "Meu Nome Não É Johnny" - Imagem Google


Fico observando o comportamento de algumas figuras em Macapá North City. Um caso comum é do playboy falido, aquele cara que já teve muita grana (ou o pai dele) e quebrou. Na maioria dos casos, este tipo de ex elite não suporta ser mais um na multidão, até porque é totalmente despreparado para a competição do tal “mundo cão”.

Uma minoria destes parasitas sociais muda, resolve trabalhar, estudar, coisas que um cidadão comum faz para melhorar sua vida. Mas em 80% dos casos, eles se tornam moleques de recado de algum “granado” que conheceu quando ainda estava na alta roda.

O pior tipo de ex playboy é o que vira bandido, vive de rolos e até mesmo tráfico. Acompanhei um caso destes de perto. Este personagem segue, há cerca de oito anos, uma vida de atropelos sem igual. Dizem por aí que o inferno é aqui mesmo, se é eu não sei, mas vez ou outra tenho notícias do dito cujo, que está com a lama até o pescoço e afunda a cada dia. Eu conheço muita gente legal que tem grana e não age como se não cagasse, RS.

É, são muitos casos de fulaninhos que viraram bandidões, acontece sempre. A boa vida, a falta de responsa, tudo é cobrado, um dia. Sobre o personagem em questão, nos dias de hoje, ele vaga por aí doidão e pagando de descolado, pobre diabo.

Como gosto de música, lembrei-me de uma do início da carreira do Gabriel, o tal Pensador. Tem tudo a ver com o que este tipo de espírito umbral representa:

“Sou playboy e vivo na farra
Vou à praia todo dia e sou cheio de marra

Eu só ando com a galera e nela me garanto

Só que quando estou sozinho só ando pelos cantos

Porque luto Jiu-Jitsu, mas é só por diversão

(É isso aí meu cumpádi, my brother, mermão!!) "

A política tucujú

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                                                                                                                                 Por Elton Tavares

(Imagem:Google)

Andei pensando com os meus botões, como a política do nosso Estado pode ser tão previsível e banal. Como diz o jornalista da Folha de São Paulo, José Simão: “O Brasil é o país da piada pronta”. Rimos dos fatos que deveriam nos chocar, de tão corriqueiros. Ressalto aqui que NÃO sou azul, amarelo, vermelho, verde ou qualquer outra cor que represente um grupo político específico.
Ultimamente tem passado uma propaganda na programação de TV de Macapá. Nela dizem: “Esperamos que os últimos sete anos tenham sido tão bons para você como foram para o Amapá”, aí mostram uma sequência de ações que os governantes executaram, aí penso: “Porra! Isso é favor ou obrigação?” No meu ignóbil entendimento, acho que as verbas estaduais e federais servem para isto. Então para que enaltecer o que é um direito do cidadão?
Sim, todos sabem a resposta, puro marketing político. Comentei isso com um amigo e ele disse: “É, mas tem muitos políticos passaram e não fizeram nada”. Infelizmente é nisso que a maioria da população acredita. Não podemos usar o errado como parâmetro, nunca.

E o jornalismo? Alguns colegas se acostumaram a adular figurões, transformar monstros em deuses. Exemplos como o colunista bêbado ou o apresentador páraquedista, que se você não entender, ele desenha, rs. Os principais beneficiados da dita puxação são: o Darth Vedder do Nordeste, a Estrela, o Tralhotowisk, Albert Yellow, Robert Orleans ou Wal Orleans.
Um fulano aí, que não sabe escrever, mas é “repórter” de um tablóide local, disse-me certa vez: “Olha, eu sou do meio, sei o que digo”, ledo engano. O pior idiota é o pensa que é safo.
Cerca de 80% dos veículos usam a mesma prática: A mídia puxa-saco. Ano passado, após eu recusar uma proposta de trabalho em uma rádio de Macapá, por causa desta babação de ovo, um colega de turma disse-me: “Morreras pobre, por conta de sua posição”, pode ser. Ainda acredito que podemos trabalhar sem a mesada dos empresários e políticos, explorando somente os comerciais. Será puro romantismo ou ingenuidade? Acho que os dois.
Estamos às portas de um novo pleito, alianças que pareceriam infundadas, até o ano passado, tomam forma. Preparen-se para rir, mais uma vez, de nossa política. Afinal, como diz a sabedoria popular: “O negócio é rir para não chorar”. Voltando ao lance da propaganda, lembrei-me de uma música que os Titãs gravaram nos anos 80: “A televisão me deixou burro, muito burro, demais. Agora todas as coisas que eu penso me parecem iguais”.

quinta-feira, janeiro 14, 2010

A Santa Inquisição do Fofão

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Por Elton Tavares


(Fonte img: google)

Lembro-me bem, no início dos anos 90, do pânico em Macapá causado por um boato “satânico”. Espalhou-se que dentro do boneco do personagem Fofão teria uma adaga ou punhal, por conta de um pacto demoníaco, feito pelo autor do mesmo, com “o coisa ruim”. Iniciou-se uma caça sem precedentes ao brinquedo, uma Santa Inquisição do Fofão. Eu e meu irmão vitimamos os bonecos das primas (prima sempre tinha Fofão, boneca da Xuxa ou Barbie).

Na época, muitos diziam que ouviram do primo do vizinho do fulano, que uma pessoa tinha sido assassinada pelo próprio boneco. O Fofão tinha uma cara enrugada, era tosco, usava uma roupa parecida com Chucky, o brinquedo assassino e dentro ainda tinha uma aste (punhal) de plástico, que era usado para manter o seu pescoço em pé, realmente os fatos estavam contra ele.

Houve até queima dos portadores do mal em praça pública, sim, naquela praça que ficava em frente ao cemitério São José, que hoje abriga a nova Catedral, homônima ao depósito de pés juntos. Na verdade, comprovou-se que o fato não passou de um golpe de marketing, pois muita gente comprou só para conferir e destruir o brinquedo em seguida. Coisas como o lance das músicas da Xuxa que, como se falou na mesma época, se tocadas ao contrário, continham mensagens do diabo, hilário.

Fora o fato de a população potencializar suas crendices e atos insanos por conta de um mero boato, foi muito divertido, eu ateei fogo em vários Fofões, muito melhor do que a época junina, a maioria dos muleques adorou e grande parte das meninas chorou a partida daquele tão querido brinquedo.

Concordo com o dramaturgo inglês, William Shakespeare, quando ele escreveu que “Há mais coisas entre o céu e a terra do que a nossa vã filosofia”, mas o episódio do Fofão foi uma histeria generalizada e uma espécie de Santa Inquisição dos brinquedos.