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quarta-feira, novembro 09, 2011

O jornalismo ficção da "A Casseta"

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Um jornal local publicou uma “reportagem”, no último domingo (6), detonando o Portal da Transparência do Governo do Amapá. A palhaçada logo foi desmistificada pelo  texto do colega jornalista e assessor de comunicação do GEA , Junior Nery, com o título “Portal da Transparência do GEA oferece completa acessibilidade ao usuário” (disponível na íntegra no endereço : http://www.agenciaamapa.com.br/noticia/26821/) os esclarecimentos dão até uma certa vergonha alheia do impresso em questão. Leiam:

“A “reportagem” passa ao leitor informações mal apuradas e irresponsáveis, ao expor que no Portal, o cidadão "... não vai encontrar, por exemplo, os números da prestação de contas da 48ª Expofeira realizada recentemente, sob a coordenação da Agência de Desenvolvimento do Amapá (Adap)" e afirma, equivocadamente, que é impossível obter dados básicos relativos à última Expofeira, como custo global, licitações e valores empenhados ou pagos aos prestadores de serviço.

O Prodap garante que todas essas informações sobre a Expofeira deste ano sempre estiveram, mesmo antes de iniciar o evento (no dia 21 de outubro), no site oficial do GEA e no da 48ª Expofeira. Inclusive, ressalta Diniz, "podem ser obtidas também no site http://www.transparencia.ap.gov.br/, de produção anônima e independente, cujas informações são exportadas do próprio Portal da Transparência do GEA".

O Instituto Ethos informou à Secretaria de Estado da Comunicação (Secom), por telefone, que a instituição é apenas co-realizadora da pesquisa e que a mesma é comandada por pesquisadores da Universidade de Campinas (Unicamp). Disse ainda que o resultado do estudo não chegou a ser divulgado na mídia. No entanto, o conteúdo esteve disponível, no ano passado, logo após fechado os resultados da pesquisa, no site da própria instituição.

O Instituto Ethos não confirmou quando será realizada nova pesquisa que irá avaliar os "Portais de Transparência" das Unidades Federativas do Brasil e do Distrito Federal. E afirmou que não houve pedido de jornais amapaenses interessados em apurar o assunto com a instituição, recentemente".

Meu comentário:

Apesar de respeitar alguns colegas do tal jornal, essa prática é só mais um capítulo do “Jornalismo Ficção”. Prática essa que tenta manobrar os desavisados com mentiras deslavadas, sem nenhum respeito aos fatos e as técnicas que permitam tornar as matérias atraentes sem apelar para a irrealidade. 

A prática é corriqueira, a reles construção de factóides e ataques difamadores,  contrária aos princípios jornalísticos. Só sinto muito pelos jornalistas com história e credibilidade que ali trabalham.

Apesar de ser jornalista, alguns colegas fazem a citação do saudoso Raul Seixas ser atual: “Eu não preciso ler jornais, mentir sozinho eu sou capaz”. Eu ri!

Elton Tavares

4 comentários:

  1. Me lembrou o começo de uma música do Chico Science: "Há um tempo atrás se falava de bandidos, há um tempo atrás se falava em solução, há um tempo atrás se falava em progresso, há um tempo atrás que eu via televisão." Meios de comunicação viciados são tudo que não precisamos...

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  2. Na minha opinião, apuração jornalística é - em termo vulgar - que nem aquela máxima: "mata a cobra e mostra o pau".

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  3. Amigo, o endereço do site independente que vc divulgou é o do GEA. Parabéns pelo post! As pessoas tem que ter muito discernimento do que é divulgado, já que a orientação política deixa seu rastro em tudo aqui no Amapá.

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  4. Vocês poderiam disponibilizar aqui no blogo, os links contendo os atralhos para a gente ver as contas da expofeira?
    Obrigado.

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