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sexta-feira, março 18, 2011

OBAMA E O PAÍS DOS AMADORES

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                                                                 Por Régis Sanches


Nunca a frase de Tom Jobim foi tão atual: “O Brasil é um país de amadores: o dono do bar é alcoólatra; o traficante é viciado; e as prostitutas têm orgasmos com seus clientes”. Sob a ótica do maestro soberano o gozo de uma garota de programa era acidente de trabalho. É esta nação de amadores, travestidos de profissionais, que o presidente Barack Obama visita neste fim de semana. O marido de Michele terá um mega esquema de segurança digno de pop star. No sábado, 20, vai discursar na Cinelândia, centro de manifestações históricas do Rio de Janeiro.

Enquanto Obama estiver deleitando uma platéia hipnotizada, o mundo árabe continuará em chamas. Lá, os amigos de Lula da Silva estão em apuros. O coronel Kadafi tenta conter a insurgência dos líbios contra seus desmandos de décadas. Nunca é demais lembrar que o ex-torneiro mecânico não titubeou em aliar-se aos falsos democratas e ditadores de carteirinha. Entre eles, Fidel e Raul Castro, Hugo Chaves, Evo Morales, Mahmoud Armadinejad e o supracitado Kadafi.

Embora Obama tenha se referido a Lula em tom de escárnio, afirmando que ele “é o cara”, o então presidente tentou esnobar a importância do primeiro negro a ocupar a presidência dos Estados Unidos. Sob a cartilha do ex-camarada Zé Dirceu, a “presidenta” Dilma quer remediar o irremediável. O governo do PT tem a falsa ilusão de que Obama vai apoiar a pretensão do Brasil de, finalmente, ter um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU.

Na conjuntura atual, não é aconselhável teimar na continuidade da diplomacia enviesada, implantada pelo ex-chanceler Celso Amorim. Por orientação do próprio Lula e de seu conselheiro para assuntos externos, Marco Aurélio Garcia, Amorim perfilou o governo brasileiro ao que há de pior entre os chefes de estado e de governo ao redor do mundo. É melhor que Dilma Roussef volte os olhos para os imprevistos da natureza. Até porque ela não esperava que em menos de 100 dias de seu governo uma tragédia se abatesse sobre o Japão.

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