Na última sexta-feira (30) o cantor e intérprete de Raul Seixas, Silvio Carneiro, arrebentou mais uma vez. O “punk do sertão”, como chamo meu amigo Silvio, foi acompanhado pela muito bem ensaiada banda Tio Zé, formada pelo Almir Junior, Tássio Callins e Magrão. Aliás, aqueles caras são ótimos músicos.
O diferencial deste Tributo a Raul Seixas, já apresentado no Sesc, há um mês e poucos dias, foi o show completo, com mais de duas horas de duração. Além do telão da casa de shows Biroska, que exibiu antigas entrevistas com Raulzito e videoclipes de sua obra, uma atração a parte. Eu tomaria umas cervas só assistindo aquilo, muito legal.
Mesmo sabendo todo repertório do show, eu não perdia a sensação de surpresa à cada música, pois Silvio é imprevisível, seja contando histórias sobre Raul Seixas (entre uma canção e outra) ou temperando suas interpretações com muita emoção.
Silvio Carneiro e banda Tio Zé - Biroska - 30/09/2011 - Foto: Hellen Cortezolli
Foi uma noite bacana, com banda e platéia interagindo em uma relação calorosa. Parabenizo a Underground Produções pelo evento, como sempre muito bem organizado.
A única reclamação que tenho é quanto ao público “rocker” de Macapá, que não compareceu com força total. Depois reclamam que não possuem um lugar adequado para curtir boas bandas. Mentira!
Até li um cara escrever no Twitter: “Mais um tributo, quantas vezes ele morreu? “. Que bobagem, pois Raul Seixas merece muitos, podem apostar. Tudo bem, quem perdeu o showzação de Silvio e Tio Zé foram eles e como dizia Raul: "Para todo pecado sempre existe perdão” ou "Rock'n Roll não se aprende nem se ensina.". Viva a Sociedade Alternativa!
Elton Tavares
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