Os vereadores Washington Picanço (PSB), Clécio Luís (PSOL) e Nelson Souza (PCB) consideraram imoral o projeto, de autoria do Poder Executivo, aprovado nesta quinta-feira,20, na Câmara Municipal de Macapá que autoriza o prefeito Roberto Góes (PDT) a contratar 80 professores.
Os três argumentam que o salário é inferior a R$ 800,00, muito abaixo do piso nacional do magistério que atualmente é de R$ 1.187, aprovado pelo Congresso Nacional e sancionado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2008.
Washington Picanço vai além e diz que a projeto não atende a carência da rede pública municipal. Outro detalhe é com relação a vigência do contrato que deveria ser até o dia 31 de dezembro de 2011, podendo ser prorrogado até março de 2012, quando seria concluído o ano letivo das escolas que estão com o calendário em atraso. Mas, invés disso, os vereadores autorizaram o prefeito a prorrogar esses contratos até dezembro de 2012.
Clécio Luiz também criticou a aprovação do projeto. Disse que voltou contra porque, como educador, não pode concordar com professores recebendo salários tão baixos. ``O professor merece respeito``, declarou.
O vereador do PSB comentou que é a favor dos contratos, desde que paguem um preço justo e que resolvam o problema da falta de professores, mas defende principalmente que dentro deste período seja feito concurso público, evitando assim que este tipo de medida seja usado com fins eleitoreiros. `
"Há três anos a prefeitura de Macapá não faz concurso público. O prefeito Roberto Góes deveria abrir vagas para contrato, mas também logo de imediato abrir o processo para que ainda este no ano ou no início do outro, seja realizado concurso público``, finalizou.
Texto de Junior Picanço
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