Voltei a desabafar usando a palavra escrita.
Eu havia me distanciado porque as pessoas não liam mais o que eu escrevia. Era como falar para as paredes... Então, tempos depois cansei de falar sozinha. Minha ausência foi tão grande, que parti de mim mesma.
Toda vez que sentia meu sangue subir para cabeça ou queria gritar para o mundo o que eu sentia... Lembrava que escrever não adiantaria, pois não conseguia organizar as ideias.
Com o tempo minha segurança resolveu dar as caras.
Decidi que só falaria de coisas boas. Contudo, não poderia dividir meus momentos mágicos, para que estes, não me abandonassem também.
Agora que o esporte “chute o balde à distância” foi reativado, meus desabafos têm sido mais constantes... e finalmente desencadeei a revolta dos que ontem se diziam meus amigos.
Tomam dores que não são deles, se identificam com o que descrevo e, interpretam como querem. E lá estou eu novamente, a velha Cortezolli gerando polêmica, remexendo em feridas alheias, incomodando gente... Aquela tempestade de olhos castanhos voltou.
E me vejo em confusões muito parecidas com as que anteriormente me desgastavam. Que me dava ao trabalho em discutir, emburrar, me aborrecia por não me fazer entender, agonizava quando me viam como um monstro incapaz de sentir complacência dos demais seres ditos inteligentes. Agora, só me escondo, os evito, aqueles problemas que me causam dores. E ainda assim, machuco gente.
Sei que minha cabeça vai mais leve repousar no travesseiro, mas o que me motivou a escrever estas linhas foi que percebi: Sou lida!
Hellen Cortezolli
No Response to "O Retorno da Tempestade (@cortezolli)"
Postar um comentário