Por Elton Tavares
Como dizia Cazuza: "O tempo não pára".
Todos sonham com o poder de viajar no tempo, os curiosos querem saber o futuro e os nostálgicos, como eu, voltar ao passado. Esta noite eu tive um sonho muito doido, sonhei que tinha os meus 33 anos, mas nos anos 80. Eu simplesmente acordei em uma casa, próxima a minha, que era atrás da Escola Gabriel de Almeida Café (EGAC), antigo Colégio Comercial do Amapá (CCA).
Eu usava calças jeans, tênis e blusão, meu uniforme de sempre. Fui até a minha antiga casa, encontrei um garoto gordinho, com o uniforme do Bartolomea, provavelmente indo para a escola. Era eu, meu Deus! Sinceramente, foi uma incrível experiência, um sonho muito real. Não tive coragem de dizer para mim mesmo: “Ei, eu sou você amanhã!” (risos).
De repente, me dei conta de todos os males que eu poderia evitar. Poderia avisar o Vôvô sobre o remédio daquele domingo de 1996, onde ele passou mal e faleceu em um acidente automobilístico. Queria encontrar meu pai, para alertá-lo a parar de fumar, assim ele não morreria de câncer em 1998. Queria encontrar o meu tio Ita, falar do acidente que o vitimaria em 1994.
Tantas lembranças, tantas desgraças, tanto o que evitar, tanta gente para avisar. Foi angustiante, de repente, o sonho virou um pesadelo, pois eu andava pela antiga Macapá, via os antigos prédios, antigas casas, velhos amigos e conhecidos, mas não encontrava a minha família.
Encontrei minha tia Tatá, mas ela não acreditou naquele homem estranho, me mandou ir embora. Ela estava com o meu pequeno irmão, em casa. Não pude provar que eu era eu, pois ela chamou os canas, e preso, eu não faria nada mesmo. Fui embora. Fui na casa de meu avô, mas estavam todos fora, inclusive a minha avó, que quase sempre estava em casa.
Eu queria encontrar tanta gente, rever tantas pessoas, falar sobre o que estava por vir. Mas minhas andanças não surtiram efeito, minha viagem no tempo foi em vão, pois não consegui evitar os fatos que aconteceriam, eu acordei e tudo estava em seu lugar ou, dependendo do ponto de vista, fora dele. Que doideira né? Acho que o sonho foi um reflexo da saudade que sinto de alguns momentos, de muitas pessoas e lugares. Coisas guardadas na memória e no coração.
Sou um nostálgico assumido, vez ou outra falo dos tempos do Colégio Amapaense, da época da antiga galera, sempre falo da minha família, etc. Acho legal relembrar, principalmente as coisas boas, que no meu caso, graças a Deus, foram muitas. Tive um pai maravilhoso, tenho uma ótima família, namorei muito, viajei muito, fiz muitas farras, tenho muitos amigos, fui e sou feliz. Afinal, não é isto que importa na vida?
Como sou chegado em postar letras de músicas que tem haver com o texto, aí vai um trecho da canção “Algum Verão”, do compositor amapaense Zé Miguel:
E as luzes do espaço
Me tiram o compasso do coração
Ainda trago os calos
Daquele amor que ficou em algum verão”
cara, sinceramente eu me emocionei.
ResponderExcluirparabens pelo blog
Mano, tu te contradisse com a música. COMO CARALHO ELA NÃO TEM A VER COM O TEU DEVANEIO?
ResponderExcluirLindo, lindo.
Primo, amei, quem derá se pudessemos voltar no tempo e realmente evitar momentos tristes que aconteceram em nossas vidas, principalmente avisar pessoas q perdemos sobre o q iria acontecer com elas, se tudo isso fosse possível, estariam ainda conosco.
ResponderExcluirPessoas eternas que sempre estaram em nossas lembranças e em nossos corações.
Te amo!!!