Seguidores

sábado, fevereiro 27, 2010

O “AdautoGate”

4
R$ 200 milhões fazem MUITA falta - Foto:http://chicoterra.blogspot.com/

Todos os dias, leio blogs e jornais na internet, hoje encontrei este texto no blog do Herverson Castro, no endereço : http://heversoncastro.blogspot.com/. O texto detona a mídia local, segundo ele, os veículos do Estado não divulgam o escândalo do desvio de R$ 200 milhões da educação, revelado pelo Ministério Público do Amapá. Para ilustrar o texto, tem a foto de um ofício que achei no blog do Chico Terra, no endereço: http://chicoterra.blogspot.com/ .

Escritos como este são sóis na tempestade, a população precisa saber dos fatos, sempre. Enquanto assistimos á propagandas sobre jovens humildes, estudantes da rede pública que foram aprovados em 1ª lugar no vestibular, em alusão á qualidade da rede pública (não tiro o mérito destas pessoas) a discussão sobre o suposto desvio fica de lado. Como gosto de promover a discussão sobre o certo ou errado em relação aos acontecimentos do Amapá, resolvi reproduzir o texto aqui, leiam:

Quem está ganhando fortunas com o AdautoGate

Muitos podem até pensar que estou sendo leviano ao afirmar que tem gente não envolvida no escândalo do AdautoGate e tá ganhando muito dinheiro nos últimos dias. Adauto desviou cerca de 200 milhões de reais, de acordo com o MP. Pois então, além da quadrilha que roubou o dinheiro da educação, outro setor muito importante da sociedade tira proveito dos cofres públicos, claro que o governador Waldez é complacente com essa vergonha.

Estou falando da imprensa jabazeira, que inclui aí, TV, Rádios, Jornais impressos e diversas pessoas da área da mídia. O governo liberou uma bagatela imensa para tirar o foco midíático do escândalo que envolve Adauto Bitencourt. A articulação foi tão pesada, que as chamadas institucionais que saem na TV e outros veículos de mídia, principalmente na afiliada da Rede Globo, nem foram mudadas totalmente.

Eles pegaram a propaganda publicitária antiga e mudaram o final, colocando mais ou menos a seguinte frase: "Educar para crescer o Amapá". Não estou lembrado se a frase é essa. Mas ela tem o objetivo claro de blindar Adauto e tentar neutralizar a ofensiva da opinião pública que pressiona pela sua saída.

Mesmo que quase toda a imprensa e até mesmo alguns blogs considerados indepentes e progressistas estejam calados perante a corrupção instalada, diversos setores se organizam para dá um basta na lei da mordaça!








sexta-feira, fevereiro 26, 2010

Parabéns Aninha, eu amo você!

1
Ana Paula Cunha Tavares, minha prima linda.

Hoje é aniversário da Ana Paula Cunha Tavares, minha prima. Uma pessoa espetacular, em todos os sentidos. A Aninha completou 15 anos de idade, apesar de tão nova, tem cabeça velha, no bom sentido. Ela é muito inteligente, ótima aluna, filha, neta e prima. Uma adolescente que tem consciência do valor da família.

Ana é filha do meus tios Paulo Roberto Penha Tavares e Dacivone Souza Cunha, ambos empresários. Em 1995, sua chegada trouxe alegria ao coração de todos os nossos familiares. Ana tem muitos amigos, é uma líder nata, sempre determina ações de seus grupos na escola ou fora dela. É uma pessoa que se importa, que se preocupa, que soma.

Tenho certeza que ela será uma ótima profissional, em qualquer área, em qualquer coisa que desejar, atributos para isso, ela já tem. Nós, parentes e amigos, comemoraremos hoje a passagem de seu aniversário com uma grande festa, na boite Ibiza. Afinal, ela merece. Prima, desejo que você seja sempre está pessoa que nos enche de orgulho, feliz aniversário, eu amo você!

Homenagem ao Zeca Mont’alverne

0
                                                                                                       Por Elton Tavares

José Sebastião de Mont’alverne - Foto: Blog Canto da Amazônia

O Centro de Cultura Pura Raiz homenageará amanhã (26), ás 20h, na sede da entidade, localizada na Avenida Piauí, nº 971, no bairro Pacoval, zona Norte de Macapá, o músico amapaense José Sebastião de Mont’alverne. O instrumentista receberá a honraria por ter contribuído, durante 50 anos, para a o desenvolvimento da música do Amapá.

O Centro de Cultura Pura Raiz

O Centro, que também é conhecido Casa de Chorinho, é propriedade do músico “Ceará da Cuíca”, como é popularmente chamado em Macapá. O local, fundado em 2008, incentiva a cultura musical da cidade e já tem fama pela qualidade de suas promoções e público fiel, amantes do chorinho e samba de raiz.

José Sebastião de Mont’alverne

José Sebastião de Mont’alverne, o “Zeca”, “Caboquinho” ou “Sabá”, é um dos (senão o melhor) melhores violonistas do Amapá. O instrumentista nasceu em Belém (PA), em 1945. Filho do fazendeiro José Jucá de Mont’alverne e da professora Aracy Miranda de Mont’alverne. Passou sua infância, desde o 1ª ano de vida, no interior do extinto Território Federal do Amapá, na fazenda Redenção, propriedade de seu genitor.

Sebastião foi alfabetizado por sua mãe, fez todo o ensino fundamental, antigo primário, com sua genitora. Sabá aprendeu a tocar com o violão da mãe, um Digiorgio que ela guardava no guarda-roupa e Zeca tocava escondido. Dona Aracy chegou a proibi-lo, já que ser tocador era “coisa de boêmio” e ela que o filho estudasse.

Sabá só veio morar na capital amapaense aos 12 anos de idade, mas aos nove, o então menino, que tinha fascínio pela música e já era um violonista autodidata, sim, aprendeu só, mas ouviu muitos conselhos para melhorar como músico, como o do seu tio, Jurandir, que lhe disse para nunca bater nas cordas e sim tocá-las.

Zeca se inscreveu no programa “Clube do Gurí”, da Rádio Difusora de Macapá. Na época, o Caboquinho foi incentivado pelo músico Nonato Leal, seu irmão Oleno Leal, além de Walter Banhos. Logo o menino, que evoluiu rápido, estava solando, tornou-se um exímio violonista e entrou para a Regional daquele veículo, acompanhando cantores na rádio como Miltinho, Rosimary, Walter Bandeira.

Ainda jovem, tocou, em Belém, com o cantor Orlando Pereira e banda The Kings, que se apresentavam nos clubes do Remo, Payssandú e Tuna Luso Brasileira. O Caboquinho também foi integrante da banda Os Cometas, que fez muito sucesso no Amapá.

Sebastião Mont’alverne, que era fã do violonista Baden Powell, tocou ao lado de muitos instrumentistas famosos como Sebastião Tapajós, Salomão Habib, Paulo Porto Alegre e Nego Nelson.

Algumas curiosidades sobre o Caboquinho: Ele é o único afinador de piano do Amapá. Em 1980, ele fez um curso em São Paulo, que o habilitou para a função. Zeca também foi, em 1962, fotógrafo da campanha do ex governador do Amapá, Janary Nunes, á deputado. Sebastião foi um dos fundadores do “Bar do Gilson”, local que reúne os melhores e mais respeitados músicos de Belém.

Sabá foi professor de violão Clássico, por cinco anos, na Escola Walkíria Lima, aonde chegou ao cargo de diretor. Ocupou o mesmo cargo na Escola de Música Almir Brenha e, em 1997, trabalhou na assessoria de comunicação do Instituto de Previdência do Amapá (Ipeap).

Em 2001, Sebastião participou do projeto “Pedagogia Sabiá”, que ensinava música nas escolas da rede pública. O Caboquinho trabalhou também na Universidade Federal do Amapá (Unifap), hoje está aposentado do serviço público.

A Prefeitura de Macapá (PMM) o homenageou, em 2005, com uma Placa, pela grande contribuição para a musicalidade do Amapá. O Conselho Estadual de Cultura o honrou, em 2008, com a “Medalha a Cultura”, pela vida dedicada á música.

Enfim, contei um pouco da trajetória de um ícone da música local. O Sebastião Mont’alverne, ou “mestre”, como o chamo carinhosamente, é uma figuraça, homem de bem, que criou três filhos (inclusive, um deles é o meu grande amigo/irmão, Gustavo Mont’alverne, o popular “Guga”) com muita dignidade.

Falando no Guga, é melhor vocês lerem o que ele disse sobre o pai:

"Meu pai é um símbolo de respeito, motivo de orgulho e admiração. Eu o tenho como um grande amigo, carinhoso e atencioso, o tipo de pai que todos deveriam ter."

Finalizo este post convidando todos os que se interessam por música e cultura a prestigiar o evento. Parabéns aos organizadores da homenagem, o Caboquinho, com seus acordes fantásticos, tocando estilos diversos como choro, bossa nova e samba, fez por merecer e MUITO!


Processos Seletivos no Sesc/AP

0
                                    Por Juliana Coutinho – Da Assessoria de Comunicação do Sesc/AP

Sesc/AP - Foto: Elton Tavares

Estágio

Estão abertas as inscrições para o Processo Seletivo para Estagiários do Departamento Regional do SESC, nas áreas de: Jornalismo (01 vaga), Publicidade e Propaganda (02 vagas, sendo 01 para cadastro de reserva), Tecnologia de Redes (01 vaga), Serviço Social (01 vaga), Administração (01 vaga) e Ciências Contábeis (01 vaga).

Os acadêmicos devem estar cursando o 5ª semestre, com exceção do curso de Tecnologia de redes – a partir do 3º semestre. Além disso, para a inscrição, deverão apresentar cópia e original dos seguintes documentos: Declaração da faculdade, histórico acadêmico atualizado, comprovante de residência, RG, CPF, título de eleitor, CTPS, Carteira de reservista e PIS.

Inscrições até dia 05 de março, no Setor de Desenvolvimento Técnico (SEDET) do SESC Araxá, horário comercial (2ª a 6ª). O estágio acontece num período de 10 meses.

Programa de Gratuidade

O SESC está oferecendo 329 vagas gratuitas de cursos, através do Programa de Comprometimento e Gratuidade (PCG), para quem possui renda familiar até 3 salários mínimos. As inscrições para o Processo Seletivo estão abertas até o dia 12/03/2010, no Setor de Atendimento ao Cliente – SESC Araxá, horário comercial.

São vagas para os seguintes cursos e atividades: Projeto Habilidade de Estudo (contra turno escolar) – 85 vagas; música (20 vagas), artes cênicas (50 vagas); literatura (30 vagas); cinema (30 vagas); artes plásticas (30 vagas); Projeto Resgatando a Cidadania (84 vagas).

O Programa de Comprometimento e Gratuidade (PCG) é um Protocolo de Compromisso firmado entre o Ministério da Educação – MEC, Ministério do Trabalho e Emprego – MTE, Ministério da Fazenda – MF, a Confederação Nacional do Comércio – CNC, o Serviço Social do Comércio – SESC e o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial – SENAC e destina-se a pessoas de baixa renda, na condição de alunos matriculados ou egressos da educação básica e trabalhadores – empregados ou desempregados, priorizando-se aqueles que satisfizerem as duas condições: aluno e trabalhador.

O edital com todas as informações está disponível no sitio www.ap.sesc.com.br ou na Coordenação de Assistência (SESC Araxá – prédio administrativo).



quinta-feira, fevereiro 25, 2010

Feira Cultural Universitária

0

A Universidade Federal do Amapá (Unifap) abrirá hoje (25), no campus Marco Zero, em Macapá, a Feira Cultural Universitária. O evento, que encerrará no próximo sábado (27), visa difundir a cultura no Estado, por meio da música, artes cênicas, dança, e Literatura. A programação contará também com seminários e conferências, palestras, oficinas, workshops, exibição de filmes e mostras fotográficas. A programação, com entrada franca, será diária, nos turnos da manhã e tarde.

O evento, cujo formato não prioriza somente a vertente “festiva” da cultura, tem como objetivo mostrar, por meio do fomento discursivo entre seus agentes, uma melhor exposição de projetos do meio.

A Feira será uma rede de pequenos mercados autônomos, verdadeiros postos de trocas onde são encontrados, predominantemente, serviços e bens culturais. Trabalhando na perspectiva de laboratórios novos experimentos do sistema produtivo, assim como deve ser as práticas na universidade. As Feiras Culturais são organizações espaciais de atividades produtivas em diversos segmentos para o crescimento da oferta de produções locais, podemos tomar como exemplo a Feira da Música de Fortaleza, que esse ano realiza sua 8ª edição, a maior de todas.

Entendendo a música, as artes cênicas, as artes visuais e etc como produtos que devem ser mostrados ao públicos surge a necessidade de montarmos uma estratégia para atrair os cidadãos para um local de encontro com seus vizinhos. São mostras locais de cultura. É aglutinação dos movimentos artísticos locais, amadores, estudantes, trabalhadores e profissionais numa imersão de confraternização e troca de bens culturais. Espaço para a reflexão e a fomentação da criação e da produção local. Arte e cultura da vida são linhas que cruzam as Feiras.

No geral será ofertado ao público visitante um leque variado de espaços. Além de trazer autoridades de vários segmentos para participar de nossas mesas de debates e para ministrar oficinas também estaremos colocando a disposição os seguintes espaços:

MOSTRA DE ARTES CÊNICAS: programação de teatro, dança e circo com grupos locais e grupos de outros estados brasileiros. Os grupos se apresentarão em espaços como Anfiteatro, Cantina, área atrás da Reitoria e etc.

MOVIMENTOS CULTURAIS: Realização de Seminários e Conferências com a presença de diversos segmentos culturais no sentido de consolidar Fóruns de cultura, por exemplo.

PALCO MUSICAL: Mostra de musica instrumental, grupos de reggae, grupos de rock, grupos de Hip Hop, cantores e compositores, tenda eletrônica e performances de artistas locais. O Palco Musical acontecerá todas as noites, seqüenciando a programação teatral. Será mostrada a diversidade de sons, ritmos e valores culturais musicais.

ESPAÇO DE ARTES VISUAIS e FOTOGRAFIA: espaço de construção e formação de opinião, debates, palestras, oficinas, workshops, vivências, exibição de filmes, e exposições fotográficas. A programação será diária, nos turnos manhã e tarde com debatedores, professores, oficineiros, artistas e público em geral. Serão utilizados espaços diversos como corredores da universidade, salas de aula, Hall de entrada dos prédios, áreas abertas, etc.

ESPAÇO DA LITERATURA: Destinado a saraus literários, leitura literária e dramática, vendas de livros, sebos, lançamentos de obras, oficinas, conversas e debates sobre literatura.

Fonte: Organização da Feira Cultural Universitária



quarta-feira, fevereiro 24, 2010

O bicho ta pegando!

0

De acordo com o Ministério Público Estadual (MPE), sumiram 200 milhas que seriam para a educação. Fiz uma blitz pelas mídias virtuais e olhem, o bicho ta pegando!Conforme os blogueiros:

"Fui tentar pesquisar sobre como foram desviados R$ 200 milhões da educação do Amapá, mas os dados de 2009 sumiram. Cadê os números de 2009? “ - Chico Terra.

"Repercutiu Brasil a fora a denúncia de desvios de R$ 200 milhões da Educação. Saiu na Folha de São Paulo, JB, Portal Terra e Blog do Noblat. #vergonhapelosoutros" - Alcilene Cavalcante

"A sociedade amapaense é sabedora das denúncias feitas pelo deputado estadual Moises Sousa (PSC), bem como os movimentos sociais e aqueles que se reivindicam legítimos representantes dos estudantes amapaenses também conhecem a gravidade do caos de nossa educação." - Herverson Castro

Mas de acordo com o jornal Diário do Amapá :

"É o que dizem haver ocorrido com Adauto Bitencourt, em relação às denúncias já publicadas. É forte o suficiente como um possível candidato a estadual — e isso incomoda."

Fica á critério do “povaréu” julgar, não é mesmo? Para os cidadãos do Estado, eleitores como eu, deixo a mensagem do saudoso Raul Seixas: “Eu não preciso ler jornais, mentir sozinho eu sou capaz”.

Deputados esvaziam sessão para evitar afastamento de Adauto Bitencourt

0
                                                                                                     Por Eduardo Neves
Plenário vazio - Foto: Eduardo Neves

O “mensalão da educação”, que envolve o desvio de R$200 milhões da Secretaria Estadual de Educação (SEED), teve mais um capítulo na manhã desta ontem ( 23), na Assembléia Legislativa do Amapá (ALE/AP). Tudo por conta da votação do requerimento de autoria do deputado estadual, Camilo Capiberibe (PSB/AP), que pede ao governador Waldez Góes (PDT/AP), o afastamento do secretário, Adauto Bitencourt.

Protocolado a última segunda-feira (22), o documento ganhou regime de urgência, após ser subscrito pelos deputados estaduais Ruy Smith, Ricardo Soares, Joel Banha, Jorge Amanajás, Moisés Souza, Meire Serrão e Leury Farias. Após a votação dos projetos de lei, a pedido do deputado Camilo, a pauta foi invertida ontem para que o requerimento pudesse ser votado em prioridade.

Contudo, no instante da votação os deputados da base governista, Joel Banha (PT/AP), Francisca Favacho (PMDB/AP), Ricardo Soares (PT do B/AP), Zezé Nunes (PV/AP), Paulo José (PR/AP), Meire Serrão (PMDB/AP), Keka Cantuária (PDT/AP), Jorge Salomão (DEM/AP) e Mira Rocha (PTB/AP), se ausentaram do plenário, retirando o quórum e impedindo a votação do requerimento.

Permaneceram no plenário os deputados Dalto Martins (PMDB/AP), Jorge Amanajás (PSDB/AP), Eider Pena (PDT/AP), Isaac Alcolumbre (DEM/AP), Michel JK (PSDB/AP), Alexandre Barcellos (PSDB/AP), Moisés Souza (PSC/AP), Rui Smith (PSB/AP), Leury Farias (PP/AP) e Camilo Capiberibe (PSB/AP).



terça-feira, fevereiro 23, 2010

Sobre covardia e covardes

0
Senhores e senhoras, eu, Elton Tavares, não conheço a Cláudia Chelala, autora do texto abaixo, mas foi muito bem escrito. Li no blog da Alcinéa Cavalcante e resolvi reproduzir aqui, aí está:


Sobre covardia e covardes
                                                                                                   Por Cláudia Chelala
 
 
A covardia está relacionada ao ânimo traiçoeiro, pusilanimidade, deslealdade, sordidez. Quando alguém ou um grupo de pessoas se prevalece de uma situação ou circunstância favorável sobre quem não tem condições equivalentes de defesa.
 
Sou macapaense, tenho 42 anos e nasci no Bairro da Favela, sou economista com mestrado realizado na Universidade de Brasília e doutorado na Universidade Federal do Pará. Sou professora da Unifap, contribuindo para a formação de centenas de jovens do meu Estado e aonde há quase quatro anos exerço a função de Pró-Reitora de Administração e Planejamento. Sou mãe de dois rapazes, esposa de um homem admirável, filha, irmã, tia, madrinha e amiga de um grande número de pessoas que a minha profissão me deu a oportunidade de conhecer.
 
Jamais tive meu nome vinculado a nenhuma agremiação partidária neste Estado e tampouco a nenhuma escola de samba, bloco de carnaval e sequer jamais fui ver a banda passar… Fui convidada para ser jurada do Carnaval 2010 justamente pelas características de imparcialidade com a qual busco me conduzir ante aos temas: partidos políticos e escolas de samba. Contudo e, para minha sorte, tive meu nome impugnado por razões que desconheço.
 
Para minha surpresa, por conta de uma série de confusões ocorridas na apuração do Carnaval 2010, estou sendo vítima de sórdidos ataques de pessoas (porque não posso chamá-los de Homens) tentando macular minha biografia no sentido de vincular minha imagem a uma série de eventos que não fazem parte da minha vida como fraudes, subornos, má-fé, etc. Esse cenário de bandidagem expõem nitidamente o caráter (ou melhor, a ausência dele) daqueles que assacam contra mim, uma vez que eu não estive no Sambódromo, não julguei ninguém, e não há como sustentar uma trama eivada de covardia.
 
A história tem reservado aos covardes um espaço inversamente proporcional as suas ações.
Nós cidadãos amapaenses gostaríamos de ver o mesmo empenho extravagante que alguns expõem durante os dias de folia, por exemplo, em Brasília, na luta pela incorporação no quadro de funcionários da União de parcela dos servidores municipais. Tal feito desoneraria a Folha de Pagamentos da Prefeitura Municipal de Macapá, possibilitando um aumento de salários aos valorosos servidores da PMM.
 
De igual maneira queremos segurança pública de verdade, em um Estado que se torna cada dia mais violento, ante a um serviço extremamente precário e divorciado das demandas sociais. Aproveito para solicitar ao Ministério Público e a Ordem dos Advogados do Brasil que observem a conduta de autoridades policiais que podem estar utilizando os veículos de comunicação para acusar inocentes sem provas.
 
Quanto à parcela da imprensa marrom, é bom que ela exista. Assim é possível separar o joio do trigo. Isso só realça os profissionais de comunicação que estão verdadeiramente prestando serviços a sociedade, daqueles que eu sequer vou me ocupar em tecer comentários, em função de sua absoluta ausência de vértebras.
 
A mim só resta agradecer as inúmeras mensagens de solidariedade de meus alunos, ex-alunos e colegas da Unifap, e dizer que estou processando judicialmente a todos que desferiram leviandades contra meu nome e a história de honradez e dignidade que construo dia-a-dia em todos os espaços que ocupo no meu Estado, e que não deixarei arranhar com um esdrúxulo e melancólico enredo de covardia.



Parabéns Maria Penha, eu amo você!

0
Tia Maria e vó Peró.

Lembro do tempo de moleque, quando eu não desgrudava da minha tia Maria Conceição Penha Tavares, lembro de quando a esperava para ir á feira, tomar garapa e comer pastelão (risos), bons tempos. Hoje (23), a “tia Maria”, como a chamo carinhosamente, comemora 58 anos de vida. Meus parabéns tia, eu amo você!

Lembro dos conselhos, que muitas vezes eu não segui, mas que ajudaram na formação do homem que sou. Lembro de nossas cervejadas, embaladas pelo velho Chico Buarque. Lembro de sua ajuda providencial, quando trabalhávamos juntos. Lembro das vezes que lhe pedi grana, e você sempre ajudou, quando pôde. Lembro até de nossas discussões, como não poderia deixar de ocorrer entre pessoas de gênio forte.

Minha tia é uma guerreira, uma vencedora. Uma mulher de meia idade, que ajudou na formação dos irmãos e no equilíbrio de nossa família, que conseguiu se graduar, após mais de duas décadas sem estudar, mesmo com a difícil e nobre missão de cuidar de nossa matriarca, minha avó.

 Não é a toa que o Zé Penha, meu saudoso pai, a amava mais que aos outros irmãos. Ela foi a filha preferida do meu avô, João Espíndola Tavares, o Júca, e é a da Perolina Penha Tavares, minha querida “ vó Peró”. A tia está dando um tempo da gelada, mas ainda tomaremos muitas cervas, fazendo o que mais gostamos, conversando e ouvindo MPB. Feliz aniversário!!










Justiça condena Penitenciária do Amapá

0
                                                                                   Por Camila Karina Ferreira
Penitenciária do Amapá

O Juiz Normandes Antônio de Sousa concedeu liminar em favor da Ação Civil Pública (ACP) ajuizada pelo Ministério Público Estadual, por meio da Promotoria do Meio Ambiente (Prodemac), contra o Instituto Penitenciário do Amapá – IAPEN.

Referida ACP foi proposta após ser constatado que o IAPEN não havia cumprido com as determinações objetivando a regularização, melhoria e reforma geral da penitenciária, propostas pelo MP-AP após várias inspeções ocorridas no período de 2005 a 2008.

O Promotor de Justiça Haroldo Franco, um dos titulares da Prodemac, esclareceu que, durante as inspeções realizadas pela equipe técnica do MP-AP, foi detectado que o esgoto daquela instituição encontrava-se deteriorado e com valas a céu aberto, fossas exalando odores por vários pavilhões, e, ainda, como consequência, a proliferação de vetores e outras pragas urbanas, responsáveis pela transmissão de doenças, como leptospirose e salmonelas.

Haroldo Franco informou também que algumas reformas na instituição foram iniciadas, porém, não finalizadas. “Além da não conclusão de obras, não foi apresentado o projeto de saneamento definitivo do local, como foi requerido durantes as inspeções”, alega.

“A ACP com pedido de liminar acolhido pelo Juiz teve como objeto principal a preservação da saúde da coletividade que se encontra sob responsabilidade do Estado e a proteção do meio ambiente”, acentua o Promotor de Justiça

A decisão liminar do Juiz Normandes Sousa condenou o Instituto Penitenciário do Amapá, juntamente com o Estado, a executar os serviços necessários para evitar o lançamento de esgoto a céu aberto, por meio de projeto que atenda a exigências técnicas, com alocação de presos em outros setores até a conclusão das obras.














MPE/AP propõe Ação Cautelar de Sequestro contra mineradoras

1
                                                                                            Por Camila Karina Ferreira
Mineração no interior do Amapá


A Promotoria de Justiça do Meio Ambiente da Comarca de Macapá propôs Ação Cautelar de Sequestro (ACS) contra as mineradoras Alto Tocantins Mineração Ltda. e Ecometals Manganês do Amapá Ltda., após ter recebido denúncia de que as empresas continuam em negociação com os órgãos estaduais responsáveis pela concessão de licenças ambientais para obter manejo e transporte de mais de 800 (oitocentas) toneladas de manganês para fins comerciais.

Na ACS, o Ministério Público requer a determinação judicial liminarmente sem audiência com as referidas mineradoras, o sequestro cautelar das pilhas de manganês estocadas no Porto de Santana e em Serra do Navio, para assegurar o resultado prático de recuperação das áreas degradadas e, ainda, indenização pelos danos morais causados pela exploração do minério. Tais obrigações foram estabelecidas por Ação Civil Pública Ambiental.

Haroldo Franco explica que o sequestro cautelar trata de impedir provisoriamente as mineradoras Alto Tocantins Mineração Ltda. e Ecometals Manganês do Amapá Ltda. de comercializarem o manganês. “Requeremos que essa comercialização só aconteça com mandado judicial, e, se não houver, que o manganês fique retido”, esclarece o Promotor de Justiça.

Esta é a segunda ação ajuizada contra as mineradoras. A primeira foi ingressada ano passado, com decisão liminar (parcial) favorável ao Ministério Público Estadual, e em desfavor das mineradoras Alto Tocantins Mineração Ltda. e Ecometals Manganês do Amapá Ltda.

A concessão dessa liminar deu-se a partir da análise do conteúdo apresentado no processo, e, de acordo com o entendimento da Juíza Alaíde Maria de Paula, Titular da 4ª Vara Cível e de Fazenda Pública da Comarca de Macapá, “ficou demonstrado que a área se encontra degradada, necessitando de recuperação, sendo que o plano de recuperação não foi cumprido, além dos trabalhos estarem paralisados, e ainda, de não haver nenhum tipo de providência para recuperar o meio ambiente degradado pelas Mineradoras, com a exploração de manganês”, informou a Magistrada.

Na época, foi determinada a suspensão e a eficácia da Licença Ambiental 096/2006, e que ao Estado do Amapá se abstivesse de conceder qualquer licença ou autorização para o manejo, embarque e/ou transporte de manganês até ulterior decisão do Juízo, e também a imediata suspensão dos benefícios fiscais concedidos às empresas citadas.





sábado, fevereiro 20, 2010

Moda não, melhor é ter estilo

3
                                                                                                       Por Elton Tavares
Sem palavras

Andei pensando sobre moda, escutamos todos os dias “isso ta na moda” ou “isto está fora de moda”, que merda! Eu não acompanho moda, acho que tive lampejos de modismo durante a adolescência (época de auto-afirmação, onde cometemos alguns erros do tipo calça “begue”, cabelo “sorvete” e freqüentar pagodes). Falando de música, acho que Pagode, Brega, Funck e Mélody, são prenúncios do apocalipse. Simples assim. Mas voltemos ao foco, afinal, estou falando da tal moda.

Tenho estilo próprio, jeans, tênis e blusão, “cafona” para alguns, nem ligo. Sinto-me a vontade assim. Claro que é preciso ter bom senso, não adianta se vestir mal para um evento importante como casamentos, formaturas e afins. Mas não é só de roupa que falo não, estou falando tintura de cabelo, creme no rosto, cavanhaque desenhado, cabelo com topete e o pior, sobrancelhas feitas, égua! Tem algo mais bizarro que homem com a sobrancelha feita? Pôtaqueparéu!

Inventaram um termo para este tipo de palhaço, chama-se “Metrossexual”, que coisa hein? Não sei não, acho que as mulheres preferem homem com jeito de homem. Eu sou gordo, fora dos parâmetros de beleza que o mundo moderno impõe, mas nunca tive problemas para me relacionar, arrumar namorada ou algo assim. Respeito os caras que curtem caras e suas particularidades, mas os figuras que se vestem como pavões “fashions” são demais para mim.

Entendam-me, estou falando de excesso de enfeites, não tenho nada contra quem se veste bem, também não é o caso de andar jogado ou sujo. Falo de excessos de frescura que a molecada, e alguns coroas, têm nos dia de hoje. Por exemplo, brinco e macacão, eu só acho bonito nos outros, em mim, nunca! Mas são coisas antigas, tudo bem, sei que devemos quebrar paradigmas e blá, blá, blá, mas convenhamos, frescura é frescura.

Outra coisa, os camaleões, os “Maria-vai-com-as-outras” eles são os mais ridículos, usam uma beca em um dia e , pasmem, camiseta do Nirvana no outro, porra! Para mim, ecletismo é tentar agradar a todos, ninguém gosta de tudo, impossível. Por isto é que digo, melhor do que acompanhar a opressora moda, é melhor ter estilo, seja jogado, despojado, elegante, etc..

Após esta reflexão, lembrei de um texto que li no site Zerozen, “O Metrossexual”. Aí está:

O Metrossexual

A palavra Metrossexual é uma das grandes imbecilidades do novo milênio. Apesar do que possa parecer ser um metrossexual não tem nenhuma conotação com o sexo. O conceito foi usado para definir o novo consumidor masculino. Sim, graças a pesquisas de marketing se descobriu que uma parte dos homens heterossexuais metropolitanos gasta bilhões com a aparência física.

Portanto, conforme um estudo da Euro RSCG Worldwide, uma empresa de marketing e comunicação com sede Nova York, metrossexual é um "heterossexual que conhece e se importa com a moda, gastronomia e elegância". E a pesquisa ainda é mais específica: este novo homem vive nos grandes centros urbanos e que aceita e faz questão de exibir um lado mais delicado, feminino, "mas sem assumir uma postura feminina".

A nova descoberta já chega a ter um ídolo: o jogador inglês do Real Madrid David Beckham. Ele típico homem bem-sucedido entre os 25 e 40 anos que gosta de fazer compras, não tem barriga, se preocupa com o peso e cuida da pele. E não é só isso Beckham pinta as unhas, adora diamantes e, de vez em quando, usa as calcinhas de sua esposa, a ex-Spice Girl Victoria Addams.

Curiosamente, apesar de estar em voga ultimamente, a palavra surgiu há uma década através do escritor britânico Mark Simpson através de uma descrição dos efeitos do consumismo na identidade masculina. Simpson chegou a declarar recentemente ao jornal The Independent: "Estava claro ainda no início dos anos 90 que a antiga moda (re)produzida, repressora e voltada para a masculinidade impermeável, estava ganhando tons mais claros através do consumidor capitalista. O impassível e "largadão" heterossexual não compra nada".

Obviamente, o impoluto leitor da ZeroZen está se perguntando. “Como eu posso fazer para saber se sou mesmo um metrossexual?”. A resposta é simples. Se você leu este texto até a agora, levou tudo a sério. Bem... ficou claro que camisas e gravatas de grife devem ser uma prioridade na sua vida. Agora, se na metade você já está estava pensando em jogar futebol e beber cerveja com seus amigos, pode ficar tranqüilo. Você é um bom e velho heterossexual.

O mais impressionante no metrossexual é que ele significa a vitória total e completa das feministas. Paulatinamente, elas vêm criticando, demolindo e crucificando o estereótipo de macho. Tudo isso para quê? Para criar um homem que se pareça com uma mulher? Não faz o menor sentido.

Ou seja, elas desejam um companheiro para toda a vida ou alguém para dividir cremes anti-rugas? Elas sonham alguém para compartilhar sentimentos ou para discutir os últimos lançamentos prét-a-porter da moda em Paris? Se fosse mesmo assim, o mais fácil, no caso dessa gente, era virar lésbicas.

Portanto, para acabar com este tipo de comportamento que prenuncia o fim da civilização a ZeroZen lança o metrobagual. Um homem moderno capaz de arrotar na mesa e coçar o saco com elegância na frente dos convidados. Alguém que está sempre pronto a assistir na tevê a reprise de Bangu e Madureira pela segunda divisão do campeonato carioca.

O metrobagualismo terá como lema a seguinte frase: “os homens são homens e as mulheres têm de ter senso de humor”. Claro que o metrobagual também se preocupa com a aparência. Tanto que chega a tomar banho uma vez por semana. O verdadeiro metrobagual também nunca baixa a tampa da privada.

O objetivo deste novo homem (além da cerveja e do futebol) é a perpetuação da espécie. Crescei e multiplicai-vos, já dizia Jesus Cristo. Por isso que ele fica dividindo sua atenção com quase todas as mulheres que passam na sua frente.

Porém, é preciso ressaltar, que o metrobagual também está preocupado em deixar um futuro melhor. Ele cuida da educação dos filhos. Pelo menos na parte relativa a mesada. O resto a mãe que se vire...

Para comprovar que o metrobagual é realmente a última novidade no mercado basta pegar o faturamento de todos os fabricantes de cerveja e comparar com os fabricantes de cosméticos masculinos. Fácil saber quem lucra mais. Logo, qualquer marqueteiro que investir em metrossexuais estará apostando no cavalo errado...

Obs: Eu sou Metrobagual, com toda certeza.

O pânico

2
                                                                                                   Por Cybelle Andrade
Centro comercial de Macapá, não existe estacionamento decente, temos problemas de sinalização e falta boa vontade, coisas que tornam nosso trânsito caótico - Foto: Elton Tavares


Nesta página, escrevo um pouco de tudo, coisas minhas, poemas e textos de amigos. A amiga Cybelle Andrade escreveu um texto sobre o caos que é o trânsito de Macapá, aí está:

O pânico

Começa um dia lindo, acordo relaxada, sento-me à mesa com a família, tomo meu café, quem sabe leio um jornal e, entro no carro para enfrentar o batente às 7:30h. Não sei para outras pessoas, mas as piores horas do dia são as que tenho que trafegar em meio ao caos, tumulto e desrespeito, causados pelos, nada pacíficos, motoristas da city. É um verdadeiro suplício.

E é um xinga-xinga, palavrão, olhares venenosos, preconceito com as mulheres e idosos no volante, às vezes, confesso, até de minha parte também. A impaciência e “barberagem” levam a transtornos diários que nos estressam e, em alguns casos, levam-nos a perder a cabeça.

Outro dia, o malabarismo de um senhor, completamente embriagado, em meio à via pública movimentada, não me deixou outra saída senão atropelá-lo. Não tive tempo de frear, não tive opção na puxada de direção. Ou eu, ou ele. E acreditem, quando fui socorrê-lo ele me falou que estaria tudo bem se eu apenas desse “a do duelo” pra ele. Levando-o ao hospital, eu e meu irmão tivemos que segurá-lo para que ele fosse atendido, pois queria fugir da casa de saúde.

Minha mãe é minha companheira de aventura todos os dias e penso que ela aprendeu a dirigir só de me ver gritando por causa dos erros dos outros. Ela também se estressa muito e comemoramos aliviadas, sempre que chegamos em casa. No trânsito, tento ser a mais politicamente correta possível, odeio carros que param em cima da faixa de pedestre, pois quando desço do meu carro também passo a ser uma.

Odeio a “piracema” de motos que ultrapassam e trafegam pela minha direita. Odeio ciclistas na contramão. Odeio ônibus na faixa esquerda. Odeio veículos com os faróis queimados e apagados, principalmente os traseiros. Odeio quem pega “rabo” de sinal. Odeio quem não sabe sua preferência e me faz esperar um tempão. Odeio quem não dá passagem. Odeio as buraqueiras e bocas-de-lobo das ruas, elas já me trouxeram prejuízos que em soma, daria pra comprar um carro novo. Odeio a falta de lugar para estacionar no centro comercial. E isso ainda é pouco, tem coisas bizarras que vejo diariamente por aí.

Parece que aqui em Macapá, quando as pessoas entram em seus veículos, estão preparando-se para entrarem numa arena de gladiadores. O coitado do pedestre até estranha quando param pra ele atravessar, nem está acostumado com respeito, pois geralmente tem que se lançar correndo entre pistas e carros.

E assim, entre um rush e outro, vai-se o dia. De volta ao “lar, doce lar” nos preparamos para o dia seguinte, e haja mantra.






sexta-feira, fevereiro 19, 2010

Viagem no tempo

3
                                                        Por Elton Tavares

Como dizia Cazuza: "O tempo não pára".

Todos sonham com o poder de viajar no tempo, os curiosos querem saber o futuro e os nostálgicos, como eu, voltar ao passado. Esta noite eu tive um sonho muito doido, sonhei que tinha os meus 33 anos, mas nos anos 80. Eu simplesmente acordei em uma casa, próxima a minha, que era atrás da Escola Gabriel de Almeida Café (EGAC), antigo Colégio Comercial do Amapá (CCA).

Eu usava calças jeans, tênis e blusão, meu uniforme de sempre. Fui até a minha antiga casa, encontrei um garoto gordinho, com o uniforme do Bartolomea, provavelmente indo para a escola. Era eu, meu Deus! Sinceramente, foi uma incrível experiência, um sonho muito real. Não tive coragem de dizer para mim mesmo: “Ei, eu sou você amanhã!” (risos).

De repente, me dei conta de todos os males que eu poderia evitar. Poderia avisar o Vôvô sobre o remédio daquele domingo de 1996, onde ele passou mal e faleceu em um acidente automobilístico. Queria encontrar meu pai, para alertá-lo a parar de fumar, assim ele não morreria de câncer em 1998. Queria encontrar o meu tio Ita, falar do acidente que o vitimaria em 1994.

Tantas lembranças, tantas desgraças, tanto o que evitar, tanta gente para avisar. Foi angustiante, de repente, o sonho virou um pesadelo, pois eu andava pela antiga Macapá, via os antigos prédios, antigas casas, velhos amigos e conhecidos, mas não encontrava a minha família.

Encontrei minha tia Tatá, mas ela não acreditou naquele homem estranho, me mandou ir embora. Ela estava com o meu pequeno irmão, em casa. Não pude provar que eu era eu, pois ela chamou os canas, e preso, eu não faria nada mesmo. Fui embora. Fui na casa de meu avô, mas estavam todos fora, inclusive a minha avó, que quase sempre estava em casa.

Eu queria encontrar tanta gente, rever tantas pessoas, falar sobre o que estava por vir. Mas minhas andanças não surtiram efeito, minha viagem no tempo foi em vão, pois não consegui evitar os fatos que aconteceriam, eu acordei e tudo estava em seu lugar ou, dependendo do ponto de vista, fora dele. Que doideira né? Acho que o sonho foi um reflexo da saudade que sinto de alguns momentos, de muitas pessoas e lugares. Coisas guardadas na memória e no coração.

Sou um nostálgico assumido, vez ou outra falo dos tempos do Colégio Amapaense, da época da antiga galera, sempre falo da minha família, etc. Acho legal relembrar, principalmente as coisas boas, que no meu caso, graças a Deus, foram muitas. Tive um pai maravilhoso, tenho uma ótima família, namorei muito, viajei muito, fiz muitas farras, tenho muitos amigos, fui e sou feliz. Afinal, não é isto que importa na vida?

Como sou chegado em postar letras de músicas que tem haver com o texto, aí vai um trecho da canção “Algum Verão”, do compositor amapaense Zé Miguel:

“Ainda lembro de ti

E as luzes do espaço

Me tiram o compasso do coração

Ainda trago os calos

Daquele amor que ficou em algum verão”
















quinta-feira, fevereiro 18, 2010

Carnaval vergonha

4
                                                           Por Elton Tavares

No desfecho do carnaval 2010, todos nós acabamos saindo em uma grande ala de palhaços tristes.

O triste desfecho do Carnaval 2010 foi, no mínimo, vergonhoso. A Liga das Escolas de Samba do Amapá (Liesa) declarou todas as 10 agremiações campeãs, vê se pode? Depois de uma seqüência de erros de organização, perseguição, arrogância e estupidez, a entidade rasgou o regulamento e desagradou á todos.

A confusão na apuração acontece todos os anos, eu sou Piratas da Batucada, mas o Boêmios estava lindo, sim, muito lindo, mas o que vale é o que o jurado escreveu ao assistir o Desfile. Se o julgador prejudicou ou favoreceu alguma escola, paciência. Como no futebol, é impossível desmarcar um pênalti. A Liesa afirmou, antes do Carnaval, que o Corpo de Jurados seria o melhor de todos os tempos (todos escolhidos pela presidente da entidade, senhora “Marjô”).

Eu preferia perder para Boêmios, Maracatu ou qualquer outra agremiação que merecesse o título, afinal, faz parte da festa. Mas infelizmente, todos nós, amantes do carnaval, acabamos saindo em uma grande e unificada ala de palhaços tristes.

O Governo do Estado (GEA) e Prefeitura de Macapá (PMM) são os principais patrocinadores da festa, será que estão contentes com o resultado deste Carnaval? Duvido muito. Ações como esta não podem se repetir, atitudes assim poderão acabar com o nosso Carnaval, que mesmo com esta Liesa, foi muito bonito e não merecia este final “tragicômico”.

quarta-feira, fevereiro 17, 2010

O carnaval de Rua de Macapá é um túmulo

0
No final do Carnaval de 2009, li este texto do jornalista Arilson Freires no site do Corrêa Neto. Reli no blog da Alcilene Cavalcante e resolvi postar aqui. Sou um folião que adora sair na Escola Piratas da Batucada e na Banda, mas realmente, o Carnaval “de Rua” se resume a Banda. O texto ainda serve para o carnaval que acabou hoje e, pelo jeito, se aplicará para muitos que virão. Tomara que eu esteja errado. Aí está:

A provocação é de Vinícius de Moraes. O poeta carioca chamou São Paulo de túmulo do samba e imortalizou a polêmica. Era outro contexto, outra temática. A analogia é uma brincadeira a uma séria questão restrita ao carnaval. O macapaense precisa esperar a tarde da terça-feira gorda – os estertores da festa – pra sair às ruas.

Depois da irrefreável Banda, tem a quarta-feira de cinzas com o Formigueiro e o Caldeirão do Pavão. Fora isso, o carnaval de rua de Macapá é um túmulo. Sexta, sábado, domingo e segunda a diversão não sai às ruas. A folia está presa ao sambódromo e suas arquibancadas vazias na sexta e segunda.

Aqui vai todo o respeito ao desfile das escolas de samba no sábado e domingo, embora tenha faltado esmero em algumas ocasiões. Seria o caso de apelar para a obviedade e dividir os grupos em grupos como é elementar o conceito de grupo, e não misturá-los. Grupo de acesso numa noite, e grupo especial em outra. Alega-se que a mistura de grupos em dois dias de desfile evita afugentar o público para uma única noite, a da apresentação das escolas maiores. A falta de público é uma questão maior. As escolas precisam buscar consolidação. E quem disse que isso vai ser fácil?

Mas vamos fechar este parêntese, e voltar à vaca fria. Por que o macapaense precisa esperar a tarde da terça-feira gorda pra ir às ruas no carnaval? Uma lei impede as micaretas neste período em nome da preservação cultural, e impõe o silêncio ao melhor lugar de Macapá: a orla da cidade. As capitais do Brasil costumam usar o melhor lugar da cidade para as manifestações artísticas. Que não fossem micaretas. Que tal blocos transportados do sambódromo para as ruas? Ou vá lá, vamos rever os conceitos e transfigurar as micaretas, quem sabe, com um marabaixo eletrônico no trio puxando o cordão de foliões.

Diversão paga não é um problema em si. Alguém tem que ganhar com isso. Quando os carnavais de clubes existiam, pagava-se para entrar. Então, melhor ainda quando o retorno desta diversão paga é garantido ao folião. Mas é possível também se divertir gratuitamente. Cerca de 200 blocos saíram às ruas no Rio de Janeiro. No Recife, tem o Galo da Madrugada com 2 milhões de pessoas, e as ruas de Olinda pra quem quiser. Salvador tem uma profusão de festas ao ar livre que não se restringe aos abadás. Pra não acharem que estamos longe demais, o carnaval de Santana ganhou cara. A festa se manteve nas ruas, e a cidade se assumiu micareteira.

O espírito carnavalesco invade a alma foliã de Macapá no mês de fevereiro com os ensaios de bateria das escolas, o aquecimento nas comunidades. Mas quando a festa chega, arrefece.

O caminho aqui não é impor a verdade, que como o carnaval pode ser multifacetada. É preferível buscar a reflexão. As ruas de Macapá estão com cara de túmulo do samba durante o carnaval. Sexta, sábado, domingo e segunda. Dias desperdiçados. Carnaval tem todo ano, mas é uma vez só. Macapá precisa aproveitar melhor as suas ruas.

Arilson Freires

terça-feira, fevereiro 16, 2010

A Banda

0
Junior "Ramone", Kookimoto e "Caitinha" na banda


Hoje saíra, pelas ruas de Macapá, A Banda, maior bloco de sujos do Brasil. A Banda, nome inspirado pela música homônima de Chico Buarque de Holanda, foi fundada no carnaval de 1965, pelos foliões Nonato Leal, professor Savino, Jarbas Gato, tenente Pessoa, Amour Jací Alencar e José Maria Frota.

O evento acontece desde 1965. O improviso e a desorganização são marcas registradas dos foliões. Alguns satirizam a política nacional com faixas e cartazes, sempre em tom de ironia, deboche e bom humor.

A população de Macapá sai às ruas na terça-feira gorda, para “ver a banda passar” e participar da festa. Homens vestidos de mulher, pessoas fantasiadas, bonecos, carros de som e trios elétricos.

A novidade deste ano, péssima para alguns, é que a “Farmácia”, carroça que distribuía gratuitamente a “morte lenta”, batida de cachaça, aos foliões, só oferecerá camisinhas aos brincantes. É mermão, fure encapado (risos).

A Banda é uma tradição do Carnaval amapaense, é uma manifestação popular incrível, um verdadeiro show de irreverência e humor. Estarei entre os milhares de foliões. Desejo uma ótima brincadeira á todos.


A Banda - Composição: Chico Buarque


Estava à toa na vida

O meu amor me chamou

Pra ver a banda passar

Cantando coisas de amor



A minha gente sofrida

Despediu-se da dor

Pra ver a banda passar

Cantando coisas de amor



O homem sério que contava dinheiro parou

O faroleiro que contava vantagem parou

A namorada que contava as estrelas parou

Para ver, ouvir e dar passagem



A moça triste que vivia calada sorriu

A rosa triste que vivia fechada se abriu

E a meninada toda se assanhou

Pra ver a banda passar

Cantando coisas de amor



Estava à toa na vida

O meu amor me chamou

Pra ver a banda passar

Cantando coisas de amor

A minha gente sofrida

Despediu-se da dor

Pra ver a banda passar

Cantando coisas de amor



O velho fraco se esqueceu do cansaço e pensou

Que ainda era moço pra sair no terraço e dançou

A moça feia debruçou na janela

Pensando que a banda tocava pra ela



A marcha alegre se espalhou na avenida e insistiu

A lua cheia que vivia escondida surgiu

Minha cidade toda se enfeitou

Pra ver a banda passar cantando coisas de amor



Mas para meu desencanto

O que era doce acabou

Tudo tomou seu lugar

Depois que a banda passou



E cada qual no seu canto

Em cada canto uma dor

Depois da banda passar

Cantando coisas de amor

Depois da banda passar

Cantando coisas de amor...