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quarta-feira, julho 27, 2011

A doce imperfeição feminina

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Todo adolescente sofreu com as péssimas escolhas das mulheres. Afinal, você sempre foi o melhor de todas as opções. Mas, por um motivo que vai contra tudo o que ela já disse, aquela admiração, simpatia e compreensão tornavam-se gancho para uma dolorosa amizade que em nenhum momento abria esperanças para uma tarde de quinta-feira de sexo casual.

Todo mundo sabe o valor de uma tarde de quinta-feira pautada pelo sexo casual.

Essas dúvidas têm influência decisiva na transformação do caráter do individuo. Afinal, se sendo um cara atencioso, simpático, educado e cuidadoso ele não conseguiu nada, talvez seja hora de dar preferência a quem é estragado. Não digo que isso seja o ponto crucial para criar uma nova personalidade para o cara. Mas para editar seus gostos, possivelmente.

Nós, homens, temos uma adorável atração por mulheres imperfeitas. Primeiramente porque as perfeitas são artificiais, falsas, recicladas demais. Queremos mulheres realistas, que não achem que o mundo é uma série da Warner, bebem cerveja e que dizem “foda-se”. Eu tive uma amiga que era assim. Todo dia que eu a buscava no trabalho ela entrava no carro reclamando de tudo e de todos. Eu achava o máximo isso.

Mas, ok, vamos estabelecer regras. A imperfeição não pode superar o tolerável. Quando revelamos que consideramos isso sexy, estamos tratando de um ar ranzinza, um modo blasé de ver o mundo, o espírito saudosista e até mesmo o tradicional pessimismo. Esse jeitinho irritante tem todo seu charme. Principalmente quando você, no auge da persuasão masculina, canaliza aquela raiva em algo mais relevante...

Essa admiração pela imperfeição feminina que alguns homens possuem tem como origem aquelas decepções do passado. Pode parecer até arrogante apontar problemas ou falhas no perfil de uma mulher, mas, na maioria das vezes, são características admitidas. Elas se acham anti-sociais, chatas e diferentes da maioria.

Mas é tão bom encontrar alguém diferente da maioria.

Isso, hoje, faz todo sentido. As meninas de 13, 14 e 15 anos estavam certas. Eu estava errado. Eu era muito certinho.

E nada é mais bonito na mulher do que a sua imperfeição.

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