Ver alguém tão de perto, alguém que você pegou no colo e cantou para que durante o sono nada de mal pudesse alcançá-lo... Que aquela canção sobre os dias melhores fosse o real desejo de que a vida te brindasse com o que houvesse de melhor.
E, dez anos depois a vida te oportunizar um reencontro é mais que assustador, é se ver em outros tempos. A mesma rebeldia, a mesma necessidade por atenção, a mesma fome pela vida, as mesmas aflições das descobertas, das primeiras sensações, das crises, das paixões...
Mas, é tão compreensível às vezes de se ouvir os "nãos". A empatia é inevitável.
O "não" nesse aspecto é demonstração de limites, de que alguém se importa, de um outro tipo de amor, tão pouco explicado aos 13 anos, porque nossos problemas são sempre maiores que os dos outros. E ao envelhecer apenas pioram.
E, se por hipótese não houvesse os "nãos"? Talvez fôssemos tão "vida louca" que não passaríamos dos 13...
Mais tarde a vida nos possibilita avaliar que amor e dor não se medem, nem nesse tempo, nem depois. Porque se fosse possível, justo ou provável não seríamos diferentes, seríamos apenas clones. Contudo, nos vemos nos outros, como me vi em você.
Hellen Cortezolli
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