Por Elton Tavares
Ontem me perguntaram: “Elton, porque você perde tempo com esse papo de blog? Porque não faz algo útil com o tempo gasto nessa página de besteiras”. Neste instante, consegui evitar um surto psicótico e palavrões a esmo para o meu questionador. Simplesmente sorri e disse: “ É como não deixar meus pensamentos parados”. Aí expliquei para o pateta porque escrevo. Escrevo porque amo a noite, futebol, samba, rock and roll, minha família, meus amigos e amo ser eu (com todos os defeitos e chatices), não necessariamente nesta ordem, claro.
Eu gosto de usar um senso de humor cortante no meu blog, assim podemos fazer velhas piadas com novos idiotas, nos tornarmos antipáticos, chatos ou adoráveis encrenqueiros. Sim, eu gosto disso. Já ouvi todo tipo de crítica sobre o blog, tudo bem, afinal, quem quer só elogios? Acho o máximo quando sou criticado de maneira inteligente, mas o que me deixa invocadaço é quando os críticos dizem que não gostaram e só. Geralmente são pessoas que pensam só em grana, carro, na vida alheia, bares descoladinhos, novelas globais, roupas de marca e outras milhares de futilidades, o velho efeito manada (risos).
Existem blogs que só falam de besteirol, outros só de cultura, tem até aqueles que defendem idéias revolucionárias, não importa, você sempre encontra algum que lhe agrada ou que lhe causa repulsa. Mas é fato que, se você tem um tempinho, as leituras alternativas tornam o dia menos tedioso. Os leitores só precisam entender que todos temos paixões, preferências e preconceitos (alguns bem mais que outros), afinal, essa porra é uma democracia velada, mas é uma democracia, então, escreva o que quer com conveniência, não se limite a empilhar clichês e repetir todos os chavões que lê por aí. Isso é bobagem, pois se tornará um repetidor, um papagaio, uma cópia.
O legal de toda essa parada é que, na informalidade e "fugindo" das coisas sérias, podemos expressar muitas verdades. Dia desses, li uma frase do poeta Fabrício Carpinejar sobre isso: "Escrever não é desistir de falar, é empurrar o silêncio para fora”. É esse o papo mesmo, escrever é uma válvula de escape, vicia e extravasa. Tudo bem que você corre o risco de ser rotulado de pretensioso, boçal ou arrogante. Mas ressalto que meus escritos não são tentativas de convencer os outros sobre as minhas verdades, apenas exponho o que penso, sobre tudo que me cerca. E isso é sério. Muito sério.
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