Por Elton Tavares
Desde o primeiro show que assisti no Lago do Rock, na primeira metade dos anos 2000, ainda com o Almir nos vocais, desde a primeira vez que eles foram tocar em Belém (PA), desde o lançamento do “No Espaço Líquido” (que é duca), eu sempre acreditei no talento e potencial da stereovitrola. A melhor notícia desta semana é que eles tocarão em Goiânia, na nona edição do Festival Vaca Amarela, que será realizado de 15 a 18 de setembro. Entre outras atrações do festival de roc k, estão a consagrada banda “Velhas Virgens” e o gênio Lobão, é mole ou querem mais?
Na página do evento na internet diz: “Famosa banda da cena indie do Amapá que experimenta o rock desde 2003. Tocando sempre no volume máximo, trazem a brincadeira psicodélica de um rock sulista – por vezes moderninho feito um britânico. Suas músicas são estímulo fácil para os grunges de plantão.”
Alguns críticos (que são, em sua maioria, músicos inexpressivos ou invejosos de plantão) podem até falar que a voz do Patrick é baixa ou que eles não gostam de viajar, tudo blá, blá, blá, tudo bem, cada um tem o direito de avaliar a banda com bem entende. Mas a qualidade dos músicos, criatividade sonora e composições da banda são surpreendentes. Eu a considero a melhor do Amapá, pelo conjunto da obra (dois CDs, público fiel, música autoral e flerte com covers em momentos oportunos).
A stereo mistura vários elementos que deram certo, a genialidade do Patrick (vocal, guitarra e composições), a técnica do Rubens (batera), Otto (teclado), Anderson (guitarra), Marinho (baixo) e Matrix (samplers e qualquer tipo de efeito sonoro que encaixe nas canções). É, parece piada, mas enquanto bandinhas fabricadas como NX0 e Restart ganham prêmios, a stereo tocará no seu primeiro grande festival, tudo bem, eu sou mais a banda amapaense e não se trata de bairrismo.
stereovitrola - Foto: http://coletivo-palafita.blogspot.com/
Sou um tanto suspeito para falar da stereo, é uma banda que transborda, além de talento, gentibonisse, sim, os caras são extremante “gente fina”. Posso me gabar que são meus amigos, velhos amigos. Eles estão trabalhando para consolidar um sonho que também é meu, ver uma banda local reconhecida no Brasil, mostrando que nós também podemos.
Há anos atrás, escrevi: “Atrevo-me a dizer que a única coisa que falta para a stereo é viajar mais, quando eles estiverem prontos para conquistar o país, bastará o Brasil parar para ouvi-los”, pois é, chegou a hora. Desejo sucesso aos meus talentosos amigos. Viva o rock amapaense!
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