Doce lembrança
Ainda guardo na memória
a primeira imagem
da tua pintura,
uma tela cheia de vida
que me fez reinventar
luz pro meu olhar,
porque antes disso
o claro não se traduzia mais,
e eu havia esquecido
o que era enxergar.
Guardo na memória
a lembrança mais doce
de tempos amargos,
porque só eu sei
como foi difícil vencer
a barreira do meu querer,
aquela falsa auto-defesa
que só me fez embrutecer.
Por isso guardo na memória
minha discreta contemplação
em fascinação subliminar,
que percebia teus olhos endereçados
insistindo em me desviar,
e sendo traídos pela tua pele
que sempre me exibia
um suave corar.
Ivan Daniel Amanajás
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