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sábado, maio 29, 2010

Meus bons amigos distantes

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                                                                 Por Elton Tavares

Hoje me peguei pensando: “como será que estão os meus amigos que não falo ou vejo há muito tempo?”. Falo da Lígia Marruá, Rita Freire, Ricardo Primo, Adroaldo Junior, Anna Beatriz, Luiza Cabral e Júlia Canto. Estamos envelhecendo em lugares diferentes. É, depois dos 30 anos, estamos “do meio dia para tarde”, como dizemos por aqui (risos). Todos eles são loucos de carteirinha, com suas particularidades, claro. Sim, eu sempre tive inclinação para fazer amizade com os doidos e daí? Os politicamente corretos são previsíveis e, muitas vezes, chatos.

Sinto saudades dessa galera, se eu tivesse muita grana, mandaria buscar todos, juntá-los aos que aqui estão e faríamos grandes festas, como antigamente. Tudo bem, é nostálgico e piegas, mas saudade é assim mesmo. Existe também aquele grupo de ex amigos, que deram sua parcela de contribuição na formação do indivíduo que sou, gente inteligente, descolada, desprendida, mas, por alguma das escolhas da vida, virarão somente lembranças.

Ainda tento manter contato por telefone, e-mail, Orkut ou MSN, mas distância é foda. Li em algum lugar que os amigos são os irmão a família que nós escolhemos, é véro. Saudade de assistir shows de rock com o Adroaldo (o “astro”) cantando, de beber até cair com a Rita e seus palavrões, com a Lígia e seu sarcasmo e Júlia (a fumante mais inveterada que conheci), da meuguice disfarçada da Luiza, da doçura exagerada da Anna, dos churrascos e bate papos com o Ricardo (o engraçado é que era a fim de dar uns murros nele).

Não que os dias de hoje não sejam legais, eles são, mas quanto mais faço amigos, mais queria os velhos por perto. Bom, chega de papo, só quero que eles saibam que fazem muita falta. Tomara que sejamos amigos para sempre e tomara que nos encontremos logo. Como dizia Vinícius de Moraes: “A vida é a arte dos encontros, embora haja tantos desencontros pela vida”. Para finalizar, em homenagem aos brothers que citei, a música, da banda Barão Vermelho, “Meus bons amigos”:

Meus Bons Amigos – Roberto Frejat

Meus bons amigos, onde estão?
Notícias de todos quero saber
 
Cada um fez sua vida
De forma diferente
Às vezes me pergunto
Malditos ou inocentes?

Nossos sonhos, realidades
Todas as vertigens, crueldades
Sobre nossos ombros
Aprendemos a carregar
Toda a vontade que faz vingar
No bem que fez prá mim
Assim, assim
Me fez feliz, assim...

O amor sem fim
Não esconde o medo
De ser completo
E imperfeito...

Meus bons amigos, onde estão?
Notícias de todos quero saber
Sobre nossos ombros
Aprendemos a carregar

Toda a vontade que faz vingar
No bem que fez prá mim
Assim, assim
Me fez feliz, assim...

O amor sem fim
Não esconde o medo
De ser completo
E imperfeito

Não, não, não
O amor sem fim
Não esconde o medo
De ser completo
E imperfeito...


2 comentários:

  1. DO MEIO DIA PARA TARDE   EXATAMENTE NESTA HORA QUE SE NOS INVADE UMA MELANCOLIA MELANCOLICA QUE NOS FAZ EM QUALQUER FRASE OU EM QUALQUER GESTO ENCONTRAR SEMELHANÇAS COM AMIGOS, COLEGAS, OU SIMPLESMENTE CONHECIDOS, QUE DE NOS SE AFASTARAM,OU QUE DELES NOS AFASTAMOS.
    ENTÃO NÃO NOS PERDOAMOS PELA PRESENÇA CONSTANTE DESTA DISTANCIA.LUIZ JORGE(ESCRITOR AMAPAENSE) HA MAIS DE TRINTA ANOS LONGE.VOLTANDO APENAS NOS BLOG(S).

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