Ao todo, 1,3 milhões de brasileiros elegeram Francisco Everardo, o palhaço Tiririca, como deputado federal de São Paulo. E parece que isso irritou muita gente. Everardo foi acusado de não sabe ler e escrever. Sim, essa é uma exigência da Constituição. Por isso, o deputado mais votado do Brasil precisou provar - de forma humilhante - que não era analfabeto. Mas o problema é bem maior do que isso...
Tiririca, ao ser questionado, fez o que era mais simples. Evitou aparições públicas e sumiu do mapa. Ele passou o mês de outubro em São Paulo, onde se reuniu com especialistas que fizeram todo tipo de teste para avaliar se ele sabia ler e escrever. Foram encontros reservados, aos fins de fins de semana e feriados. “A principal missão era avaliar o senhor Francisco Everardo sobre o ponto de vista global. Não só se ele era capaz de ler e escrever, mas como ele era capaz. Foram aplicados testes de inteligência”, diz a fonoaudióloga Ana Alvarez.
Inclusive, este talvez seja o detalhe mais importante, de acordo com uma das especialistas contratadas por Tiririca, o QI dele está na média. Na média brasileira, é bom deixar isso claro.
Vale notar que na hora de fazer o teste escrito para provar que não era analfabeto, o juiz ditou para Tiririca um trecho de um livro jurídico. Era um texto curto. Só que das dez palavras principais, Tiririca errou oito. Isto prova de forma inequívoca que Tiririca escreve como a grande maioria dos brasileiros. Ou seja, sem qualquer respeito à língua portuguesa...
E tem mais: Tiririca demorou oito minutos para escrever a frase completa. Teve dificuldades na hora em que o juiz leu "1932". Foi preciso soletrar os números. “O resultado do ditado foi sofrível”, conta o promotor Mauricio Lopes. Na hora de mostrar seu talento para a leitura, foi mostrada uma página de jornal. Tiririca levou três minutos para ler o título e mais duas linhas. De novo, essa é mais uma prova que o QI de Francisco Everardo está no mesmo nível de seus eleitores.
Então por que implicar com o futuro deputado? Tiririca merece estar no parlamento. Afinal todas as classes sociais têm o direito de estar representadas. Por que os lorpas, os aparvalhados, os basbaques, os atoleimados, os bolônios, os pascácios, os sambangas, os pacóvios não teriam direito a ter um representante?
O Brasil é um país completamente preparado no tange ao quesito boçalidade. Somos autossuficientes em burrice desde nosso descobrimento. Então por que os nossos deputados precisam ter um QI 150? O nosso glorioso país é uma terra abençoada com toneladas e mais toneladas de burrice. É o nosso maior produto de exportação. Logo, por que criticar Tiririca se ele matou algumas aulas no colégio?
No fim das contas, o juiz concluiu que Tiririca sabe ler, apesar da dificuldade da escrita. Portanto, não é totalmente analfabeto, e por isso, pode ser deputado. “Ele terá dificuldades no que diz respeito a uma série de atribuições do seu cotidiano e terá naturalmente que contar com a ajuda de sua assessoria”, explicou o cientista político Humberto Dantas.
Francisco Everardo toma posse em fevereiro, de terno e gravata. É a vingança dos abestados. A ZeroZen só discorda do futuro deputado em um único ponto. Ele disse durante a campanha "Vote em Tiririca. Pior que tá não fica". Fica sim, Tiririca. Aliás, fica cada vez pior...
Fonte: http://www.zerozen.com.br
Um presidente mal letrado a sair e um deputado palhaço a entrar. Isso é bastante simbólico e é um retrato do estádio atual da politicagem tupiniquim.
ResponderExcluirIsso, entre outras coisas, mostra que mal preparado para a democracia o povo está, ou melhor, nem sabe o que isso significa. E mostra também quão deletéria é a mera distribuição de renda (bolsa-família ?) sem uma contrapartida de melhoria da educação.
Pessoalmente, sou contra o voto dos analfabetos, ao que questiono "qual o interesse dos políticos em construir escolas, se o idiota (no sentido culto, que poucos conhecem, devido à falta de instrução) pode votar sem ao menos saber ler?"
Ora, sem olvidar que as pessoas podem evoluir sem alfabetização, seu horizonte será muito limitado, o que interessa aos dominadores, para manter as coisas como estão. Assim sendo, melhor deixar os canalhas (canalha, também no sentido culto, não o da imprensa) participarem das eleições.
Para o bem ou para o mal, a população elege seus representantes como se ela o próprio fosse.
PS: Pouco provável que o deputado tome posse trajando terno e gravata, pois um terno é composto por paletó, colete e calça; mais certo deverá ser de costume e gravata, pois um costume é composto por paletó e calça.