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quinta-feira, março 17, 2011

50 anos do Régis Sanches

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Meu amigo Beck.
Hoje o Régis Sanches, meu amigo "Beck", completa 50 anos. Como ele mesmo diz: "uma aventura existencialista no Planeta Terra". O Régis é um dos loucos varridos mais inteligentes que eu conheço. Um ótimo redator e um jornalista nato. Além de um guitarrista foda! Gosto muito de conversar com o sacana e escutar suas sacadas sarcásticas. Feliz aniversário, meu amigo.


Elton Tavares

50 anos 

Por Régis Sanches

Aprendi a esperar, pois a grande lição do autoconhecimento é desenvolver o senso de disciplina e humildade. Viver é correr riscos. Nunca vi morrer de enfarto ou serem vitimados por AVC (Acidente Vascular Cerebral) mendigos de rua ou malucos de BR – como se autodenominam os pós-hippies. Digo isso porque vou abordar a trilogia ‘Sexo, Drogas e Rock’n’roll’, ainda considerada, por milhões de pessoas, um tabu em pleno século XXI.


Minha humilde opinião, lastreada na experiência inaugurada aos 13 anos: sexo não foi feito para procriar, mas para ter e compartilhar orgasmos. Ter filhos é uma escolha e não uma obrigação ou imposição da família, dos amigos ou de credo religioso. Homens e mulheres que habitavam as cavernas já sabiam disso. Os primitivos se multiplicavam para defender o seu território e enfrentar os clãs rivais - não para povoar o Jardim do Éden.


No quesito drogas, jamais farei apologia, sejam ilegais ou lícitas. Afinal, todos sabem que a maior causa mortis do planeta é o álcool em suas múltiplas fórmulas e embalagens difundidas à exaustão pela propaganda. Quem nunca se imaginou numa orgia com loiras, ruivas, mulatas e negras após assistir comerciais machistas de cerveja ou uísque? A mensagem subliminar implica em que o primeiro trago vai abrir o portal da libido das mulheres e, a cada nova dose, tudo se transformará num bacanal romano.

Há também o cigarro, cuja propaganda foi banida da Fórmula 1, e sua carga tributária continua a mais alta do planeta em qualquer país. No quesito tabaco, tenho dois comentários: comecei a fumar Há 18 meses e conheço os benefícios da nicotina para blindar os meus neurônios contra os males de Parkinson e Alzheimer. Do mesmo modo como tenho plena consciência de que o alcatrão e outras mais de 4 mil substâncias tóxicas irão minar os meus pulmões. Portanto, na antevéspera de completar meio século de existência, afirmo com toda a fumaça azulada dos meus dois maços de cigarros diários que fumar é uma convicção. Pois não há nada comparável àquela baforada pós-orgasmo.

Quanto às chamadas substâncias psicoativas – entre as quais incluo Ayahuasca, Cânhamo e as anfetaminas – não vale embarcar na máxima de que “fumei, mas não traguei”, cunhada por Bill Clinton e Fernando Henrique Cardoso. Se a pessoa experimentou e gostou é preciso saber que o uso continuado trará danos irreversíveis para a saúde, a família, o trabalho e, especialmente, para o bolso do usuário. Assim como o sexo, consumir drogas é uma escolha que pode levar o sujeito para um ou vários “buracos”.


Por fim, quero falar de Rock and Roll, minha eterna paixão. Vou resumir numa frase: quando tiro da minha guitarra flamejante uns acordes delirantes tenho a sensação de orgasmos múltiplos. Assim, todo guitarrista deve fumar cigarros e fazer sexo regularmente, seguindo uma receita, como bula de remédio. Até meus próximos 50 anos.

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