Costumam dizer que todo jornalista é boêmio, adora um papo furado, fuma que é uma beleza e é desleixado com a aparência. Num sei não, mas eu acho que é verdade.
Não me recordo de nenhum jornalista que não beba ao menos um drink, no fim de semana. Encontrá-los em mesas de bar cheias, principalmente depois de plantões que parecem intermináveis, me parece mais comum que engarrafamento ao meio-dia.
E como parecemos cruéis, Senhor! Procuramos notícias de morte nos acidentes de transito, senão nem vale sair da redação. Queremos mulheres assassinadas brutalmente por maridos estúpidos, porque só um espancamento não dá manchete. É melhor o aluguel subir porque assim quem gosta de esportes também lê economia. E é perfeito quando o time do coração está ferrado porque todo mundo quer xingar o técnico que afirma estar tudo dentro do esperado.
Mas ah! Existem obrigações tão interessantes! Coletivas de imprensa com gente interessante, almoços free, presentes de grátis que sempre precisamos, confraternizações de empresas e governos em nossa homenagem e eu já falei das entradas VIP?
E o público, que pensa em nós como os salvadores da pátria e também nos acusa de xeretar? Somos acusados de facilitar divórcios por causa daquela foto comprometedora, de derrubar ministros, de interromper a novela com uma notícia “sem importância” como um tsunami no Japão.
Oh sim! Para “os de fora”, todo jornalista é igual, só muda a editoria!
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