Eis mais um cerebral
Dois, três, quatro dias... Multicolorindo ou descolorindo
Antes das cinzas... Carnaval
Suporto os barulhos num esconderijo secreto, sem chá ou aspirina
Montando meu bloco, Eu Sozinha... Realinho
Cercada de brilho, paetês e confetes... Reanimo
Sublinho frases, enfatizo vírgulas, esclareço reticências
Abstratas... Tantas e tantas, suspensas no ar
Aprimorando pontos entre tantos seguidos... Euforia? Não! Minh’alma quer harmonia
Crio cifras, reciclo rimas, embalo o enredo com dúbia melodia
Sigo. Não posso frear, tampouco parar
Sem querer rimar, quero é celebrar
A colombina silenciou... Cuidou-se para poder passar
Sem máscara, sem a ilusão da fantasia, sem dor, nem mágoa, esperou cicatrizar
Para ritmar a marchinha, curar as feridas, num embalo de amar
Colombina tradicional, de beijo fatal
Moldando-se ao moderno para o ajuste letal
Nas avenidas e salões, desfila o mascarado charme de um ponto final
Arlequim?
Pierrot?
Não! Um novo amor!
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