Por Elton Tavares
Toda vez que fico com alguém interessante, daquele jeito que me deixa meio pateta, existe a possibilidade de paixão a vista. Logo acho que encontrei a pessoa certa pra mim. Tudo é um conto de fadas.O problema é quando se trata da “paixão fugaz”. Aquela avassaladora, mas que assim como chega forte, passa rapidamente e, às vezes, de maneira ríspida.
Sei que sou movido pela paixão à minha família (nesse caso é, sem dúvida, amor mesmo) ao meu trabalho, por música, pela noite e pela Liberdade. Mas quando encontro alguém que acredito ser a tal escolhida, parece que sou atingido por hadoukens de paixão.
Paixão por si só não é nada fácil. É uma grande mistura de entusiasmo, sedução, sutileza, fantasia, sonhos, cafuné, tentação, sintonia, suavidade, chamego, afago, prazer, carinho, desejo, comédia, sexo e romance. Uma administração diária sobre as diferenças, alegrias e tristezas intensas,
A paixão fugaz não é diferente, mas além de tudo isso aí em cima, tira meu discernimento sobre uma série de coisas que, se eu não estivesse afetado emocionalmente, obviamente me impediria de acreditar e consequentemente, fazer merda.
As paixões fugazes fazem um estrago em um pequeno espaço de tempo. Já vi e vivi alguns casos desta perigosa doença mental. Ela afasta amigos, te faz pegar aviões para longe, te faz fazer telefonemas interurbanos que duram muito tempo, destrói seus planos, enfim, te desarma totalmente.
Depois que passa o seu inebriante feito, você se surpreende com declarações e atitudes daquela figura que passou como um foguete pela sua vida, por quem você criou tanta expectativa quando vivia aquela novidade. É estranho que, depois de tanta intimidade e cumplicidade, aquela pessoa é só mais uma na rua. Surreal!
É como disse o escritor Charles Bukowski: “Estamos presos por um destino singular: ninguém encontra seu par.” Esse tipo de chacoalhada explica que você viveu uma paixão fugaz e dentro deste contexto, sensatez é outro departamento. Quando a paixão fugaz termina, os efeitos dela caem sobre sua cabeça como uma avalanche. Pense nisso.
A imagem tem tudo a ver! rsrsrs Quando leio textos intensos como este, volto aos meus questionamentos mais íntimos. Não consigo me comportar dessa forma e os meus esforços quase torturantes para mim, não chegam nem perto dessa entrega toda. O que sinto é vergonha de sentir alguma coisa... E, meu amigo, saibas que tu és muito homem para dizeres o que sentes, para todo mundo ouvir e principalmente por quem sentes. Não é fácil encontrar ninguém assim. O que tem por aí, é só mais do mesmo. Amo muito tu e te admiro mais ainda!
ResponderExcluir