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sexta-feira, maio 30, 2014

A reação do Punk Rock (Por Adnoel Pinheiro)

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Na cidade de Nova York, a blank generation representados pelos grupos Television, Patti Smith e Richard Hell estavam cansados da sofisticação e superficialidade da cultura pop e deram início ao movimento minimal aderindo uma postura existencialista e com letras mais diretas e cruas, sem efeitos tecnológicos. Dentro desse contexto Malcolm Mclaren, idealizador da banda Sex Pistols presenciava o fracasso de seu grupo proto-punk, o New York Dolls, e voltava para Londres com a idéia que ainda havia espaço para a criação de mais um movimento contracultural, que foi aproveitado pelos Ramones em 1976, considerado o precursor do punk nos Estados Unidos.

O movimento punk foi delineado por estratégias de marketing muito bem- cuidadas; caso contrário, não haveria possibilidade do movimento furar o bloqueio comercial imposto pelos meios de comunicação e pelas gravadoras para criar um novo mercado.

Com a explosão do movimento punk em 1976 a impressa não queria escrever sobre o assunto. O espírito da época correspondia ao desemprego e à onda terrorista na Europa. Retomando o estilo básico de guitarra, baixo, bateria e vocal, munidos de roupas sujas e amplificadores baratos, no início a maioria das bandas não tinham dinheiro para gravar seus discos, mas ganhavam cada vez mais as páginas da imprensa pelas atitudes agressivas e repulsivas atraindo gravadoras independentes.

Em 1976 o punk foi uma revolução mais pelo estilo de vida agressivo, roupas e atitudes, do que por suas “idéias anarquistas” ligadas mais a transgressão do que no sentido político e partidário como muitos vieram a confundir posteriormente.

As gangues e as pequenas organizações ligadas ao movimento começaram a organizar seus próprios grupos musicais, surgiram então os primeiros fanzines e as gravadoras independentes tudo na maneira do “faça você mesmo” sem um guia do politicamente correto, tratava-se de uma guerrilha do jovem contra o sistema, que utilizariam o som e as idéias punks como armas.

Adnoel Pinheiro, jornalista amante e estudioso do Rock and Roll

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