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sexta-feira, março 11, 2011

Quero entretenimento e não aborrecimento!

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                                                                                     Por Bianca Andrade


Faz um bom tempo que as pessoas em Macapá vêm buscando novos hábitos de entretenimento e intensificando outros. Exemplo disso é a maior constância delas nos cinemas. Na nossa capital conta-se com dois (particulares): Cine Macapá, que fica no Shopping Macapá, localizado na Rua Leopoldo Machado, e o Cine Imperator, situado na Avenida Feliciano Coelho.

Um dos fatores de aumento da demanda nesses ambientes é a atual rotatividade de filmes em cartaz. Anteriormente demorava bastante para prestigiarmos filmes novos, hoje já podemos ver alguns na data de estréia nacional, fazendo jus ao substantivo lançamento.

Particularmente, não gosto do Cine Imperator, porque toda vez que vou lá acontece algum “defeito especial”. Não foi uma, nem duas e muito menos três vezes que por alguma problemática os filmes são cortados, o som fica mudo, congela a imagem... e quando volta ao normal não é na cena que estava, o ambiente geralmente está com cheiro desagradável e com outras deficiências.

Evitei em ir ao Imperator desde o filme A Origem, como uma forma de mini protesto, justamente por todos esses fatores acima relacionados. Poderia estar passando um excelente filme, mas ficava na espera de chegar nas locadoras ou mesmo baixá-lo na internet. Mas ontem quebrei este movimento solitário, coincidiu do filme escolhido estar passando lá e, não teve jeito, fui, achando que tinham sido sanados tais motivos de aborrecimento, só que para a minha surpresa (ou não) aconteceram às tais problemáticas, menos o fato do odor, encontrava-se limpo o ambiente.

Não tenho nada a reclamar em relação ao atendimento, certa vez fui assistir outro filme e fiquei tão chateada com tudo isso que resolvi sair na metade dele para falar com o proprietário, que me atendeu muito bem, inclusive, disse que ia resolver, já estava buscando meios de melhoria (...) e liberou a entrada para eu ir no outro dia. No dia seguinte, ocorreram as falhas novamente, mas menos ao do dia anterior. Deixei passar e não pedi meu dinheiro de volta, visto que ele conseguiu me persuadir pela educação apresentada. Só que até hoje não vi solucionada a minha reclamação feita há um ano e meio. (Quem sabe se eu tivesse procurado o PROCON...)

Se pararmos para analisar, o preço de um ingresso aqui é R$ 16 reais (inteira), quase o mesmo valor praticado nos cinemas das grandes capitais, com salas com qualidades consideravelmente superiores a nossa, com filmes em 3D, poltronas ajustáveis entre outras qualidades visuais e auditivas.


Pode-se até justificar que tal preço é cobrado pelo fato de serem adicionados vários encargos até chegar aqui, e outras inúmeras desculpas que a maioria dos empresários utiliza, sejam para a venda de produtos, ingressos para cinema, eventos, shows... Mas se não reclamarmos, isso não vai mudar nunca.

Para a nossa cidade crescer, temos que evoluir também e vice-versa, não só para tais casos. É necessário termos atitudes que vão dos nossos quintais, ainda existentes de nossas casas, até as calçadas de nossos prédios, que em vez de serem passagens para pedestres, se tornam estacionamento para carros, ambulantes, etc.

Não é só em Macapá, todo o nosso país possui muitos pontos negativos, displicências que podem ser evitadas e não são porque nós, consumidores, não reivindicamos, é sempre um “deixa pra lá”, “isso não vai mudar mesmo”... Infelizmente. Acontece que pagamos caro por isso.

Dessa vez, não me calei, utilizei de algumas ferramentas sociais. Tuitei, fiz este simplório texto como forma de levar em frente meu desagrado, que é também de muitas pessoas, ou seja, busquei maneiras de fazer a minha parte e propagar a minha indignação.

Sinceramente, não me importo de pagar os R$ 16 reais, mas se valer a pena o investimento. Para se divertir se faz um esforço financeiro, não está fácil grana no bolso, por isso cobro retorno dos ambientes investidos.

Já temos muitas precariedades, mas, como disse antes, se tem público que investe nesse seguimento, já é hora de se ter melhorias, assim como em outros fatores mais sérios do qual pagamos tantos impostos e nada se melhora, mas enfim! Essa é outra história.

Cinema tem que ser entretenimento e não aborrecimento!

E a propósito, o filme assistido foi Caça às Bruxas, com Nicolas Cage. Não indico. Mesmo com um contexto todo cultural, é um suspense fraco, com aventuras mornas.

4 comentários:

  1. "Se pararmos para analisar, o preço de um ingresso aqui é R$ 16 reais (inteira), quase o mesmo valor praticado nos cinemas das grandes capitais..."
    Um detalhe que gostaria de deixar aqui. Vi Tron no cinema 3d em Belém no novo shopping boulevard, na quarta feira e paguei 12 R$. Deprimente a situação do imperator, deixei de ir nele qndo fui ver a origem, mesmo filme citado no texto e com o mesmo "odor" fedor e ar condicionado que não sustentava o povo que tava pra ver o filme. Desisti de ir aos cinemas depois da grana que gastei e dá péssima qualidade do cinema e projeção... decadência e ainda aumentam o preço... ai ai..

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  2. um dia eu vi um rato em 3D nesse mesmo cinema... sem falar no preço...

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  3. É...ir ao cinema em Macapá realmente não é uma diversão...ainda mais quando o filme não é bom...aliás, ultimamente, qualquer filme com o Nicholas Cage é um SUSPENSE, o cara não faz nada bom desde, desde, desde...sei lá....MUITO TEMPO!! e Bruxas não é um tema que me cativa, nunca foi..as bruxas, de tudo TUDO MESMO, elas dão risada..coisa esquisita!!!

    outro dia passei no shopping pra ver o que tava passando no cinema...o filme era: NEVER SAY NEVER com Justin Bieber...e eu pensei comigo mesmo..NUNCA!!

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  4. é pra isso que existem circuitos de cinemas alternativos, os chamados cineclubes. só em Macapá são 5, se não mais ... os cineclubes não tem lá esse conforto de grandes cinemas comerciais, em compensação são gratuitos e tem uma programação focada em cinema nacional, clássicos, filme B, e etc e tals. :) já é uma boa chance de conseguir contextualizar cinema na vida na nossa vida?, já que no final do filme rola sempre um debate, que pode morrer no básico, mas ainda sim discutido, ou pode cair no mais alto nivel de debate , cheio de referencial e informação. eu recomendo demais, afinal de contas, tu deixa de ser mero espectador e publico alvo daqueles malditos empresários amapaense e fortalece uma cena bonitona de inclusão ao universo do cinema com muito mais profundidade. (ou não, mas eu acho que sim)
    aqui em Macapá tu tem:
    CLUBE DE CINEMA DO MIS - no teatro das bacabeiras, nos sabados a cada 15 dias
    CINE MAIRI - todo sabado na fortaleza de são josé
    CINEMANDO NA AMAZONIA - lá no nova esperança
    CINE PARAISO - no salão joão XXIII todas as sextas e domingos
    UNIVERCINEMA - na unifap toda quarta.
    olha ai, quanta opcão maravilha :)

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