Sempre escuto as velhas canções, que embalaram meu imaginário no passado. Comecei a gostar de rock com 12 anos, já curtia a MPB, graças a minha família paterna e rock nacional 80, afinal, era a moda da molecada.
A maioria dos sons ouvidos hoje foram da década de 90. Os sinos de Dzarm (Smashing), os acordes de Corduroy (Pearl Jam); a porrada de Lounge Act (Nirvana); os gritos de Where is my mind (Pixies); a força de Wonderwall (Oasis); A clássicas dos Titãs, Legião, Paralamas, muito difíceis de listar somente uma de cada grande banda nacional de 20 anos atrás. Escutei muita coisa, como há tempos não parava para curtir.
As músicas me fazem viajar no tempo. Lembro de tanta gente que se foi, de tantos que foram tão importantes e agora não passam de mais um rosto na multidão. Tantos lugares legais, festas inesquecíveis, tristezas profundas, alegrias que pareciam durar para sempre.
Ah, música. Sempre ela, trazendo cheiros, sensações, tudo guardado nas gavetas da memória, algumas delas muito escondidas propositalmente. Lembranças legais e tristes. Experiências vividas com trilha sonora apropriada a cada uma delas.
A música me lembrou de muitos impulsos, idiotices, precipitações e loucuras dos meus 20 e poucos anos. E querem saber, deu uma saudade danada. Todo aquele descompromisso, aquela falta de sensatez e o ar de invencibilidade.
Deus, graças a ele, sobrevivi aos anos 90. Era tudo tão surreal, tão perfeito, tão legal, doce ilusão. Anos vividos intensamente lembrados com doses cavalares de nostalgia.
Deus, graças a ele, sobrevivi aos anos 90. Era tudo tão surreal, tão perfeito, tão legal, doce ilusão. Anos vividos intensamente lembrados com doses cavalares de nostalgia.
Tomara que mesmo com os bons modos, amadurecimento (nem tanto assim), cultura, perspicácia, sagacidade, percepção, entre outras coisas legais adquiridas com a idade (tá, também vieram o peso, a chatice e outras coisitas), eu nunca deixe de ser um sonhador, igual o garoto daquela época. Se não, amigos, já era.
Se algo se aproxima mais de uma máquina do tempo que a Música, me digam. Pois, para mim, ela funciona melhor que fotos ou perfumes. É isso.
Elton Tavares
Meu amigo, é assim com todos que viveram, não só passaram pela década que nada tem de "perdida". Meus vinis são meus contemporâneos mais perto do passado. Viva a música e seu portal do tempo.
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