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segunda-feira, outubro 28, 2013

Jornalismo, assessoria e o ‘puxasaquismo’

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Eu sou jornalista. Amo essa profissão, apesar de atuar há quatro anos em uma vertente do jornalismo, a assessoria de comunicação ou de imprensa, como nomeiam alguns. 

Desde que comecei a escrever neste blog, em 2009, reproduzo textos do meu trabalho nesta página. O motivo é a falta de crédito em alguns veículos (com o tempo entendi que o importante é sua informação ser publicada e não sua assinatura constar no texto). 

Alguns dizem que assessor de comunicação não faz jornalismo. Concordo, é mais um lance de publicidade, no formato jornalístico. Sabe como é, não ouvimos os dois lados (alguns da imprensa aberta também não). Outro problema é a confusão entre prestar assessoria com  ‘puxasaquismo’. Já sofri na pele tal crítica, mas a carapuça nunca me coube. 

Cometi um erro idiota no passado. Me afastei amigos por conta de política, sem me tocar que trampo é trampo. Amizade é outra coisa, tão sagrada quanto o trabalho. Aprendi a lição e a maioria deles continua a gostar de mim. Graças a Deus! 

Você precisa divulgar os pontos fortes de seu assessorado com afinco. Trabalhar sério e com compromisso, sempre. Mas babar ovo é outra coisa, totalmente diferente. Prestar um bom serviço é fundamental, mas também é essencial não perder a linha entre o profissional e o pessoal.

Já tive o prazer de trabalhar com muita gente boa. Sim, engenhosos e perspicazes redatores, excelentes fotógrafos e cinegrafistas. Muitos me ajudaram a melhorar como profissional. E alguns se tornaram grandes amigos. 

Este texto é somente por alguns queridos estarem demais bajuladores. E não é menosprezo não. Gosto desses profissionais, eles são bons. Acredito que ser competente é a única maneira de você não se tornar um puxa-saco, pois será respeitado pelo trabalho e postura. Mas fico puto quando vejo/leio gente que é competente, mas se presta a este papel ridículo.

Tudo bem. Sei que cada um possui suas convicções e visões de mundo. E de como exercer sua dignidade. Inclusive no trabalho. Volto então a repetir as palavras de Paulinho da Viola: "tenho pena daqueles que se agacham até o chão, enganando a si mesmo por dinheiro ou posição. Nunca tomei parte desse enorme batalhão, pois sei que além de flores, nada mais vai no caixão". 

Isso é uma crítica construtiva, como muitas que recebi e nem sempre, no primeiro momento, assimilei. Eu gosto de vocês, não se deixem usar. Sejam somente profissionais. É isso! 

Elton Tavares

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