Meu texto desta quinta-feira: Tristeza e solidariedade

Dizem que desgraça  nunca vem só e sempre em três. Se é verdade ou não, em 12 dias, aconteceram verdadeiras tragédias. O naufrágio no Círio Fluvial, que vitimou 18 pessoas, a explosão de uma embarcação no Rio Matapi, no município de Santana, acidente que já causou uma morte e o incêndio de ontem, na zona Leste de Macapá. Este último sem óbitos, mas com dois mil desabrigados. 

Lembro de um incêndio perto da minha casa, acho que em meados de 1990. A agonia das pessoas ficou gravada em minha memória. Não fui ver o de ontem (e nem ajudar) por estar trabalhando. Mas vi fotos, vídeos e fui até o Ginásio Avertino Ramos entregar doações. Deu pra sacar que é um trauma para sempre. 

No meio de toda essa tristeza, fiquei orgulhoso de ver tanta gente ajudando. Amigos, conhecidos, estranhos, todos unidos no intuito de minimizar o sofrimento das vítimas. Sim, deu e está dando gosto de ver. 

A todos os que direta ou indiretamente se engajaram nessa missão de solidariedade e aos 400 bombeiros que lutaram para conter o incêndio, meus parabéns! 

Ainda há muito que fazer, mas ao que parece, vontade do povo de minha cidade  não falta. É tanto empenho que lembra mesmo o Hino do Amapá: “Hão de ver deste povo à porfia”. 

Por isso, minhas homenagens ao “povo herói, varonil”, que tanto exercita o bem diante de tão caótica situação. Valeu, Macapá!

Elton Tavares
*Fotos da população ajudando cedidas pela jornalista Bernadeth Farias