Macapá já tem centro de tratamento para o câncer com condições de atender pelo SUS

Inaugurou no último final de semana o Núcleo de Diagnóstico por Imagem do Instituto de Oncologia de Macapá (IOM), que vai dar mais eficiência ao tratamento e rastreamento do câncer. Resultado da parceria com o Instituto de Neurologia do Amapá (Inneuro), o novo setor integra os serviços da clínica, voltado em especial para pacientes com câncer, que está atuando desde julho deste ano, e é o único no estado com condições de descobrir e tratar a doença com agilidade e eficácia. Hoje a população enfrenta dificuldades no atendimento oferecido pelo Estado, do tratamento realizado aqui, ao encaminhamento para outras cidades.

O Núcleo é composto pelo Serviço de Tomografia Computadorizada MD, Raio X e Mamógrafo digital, que aliado a ferramentas como a Medicina Nuclear e Ressonância Nuclear Magnética Funcional, têm condições de diagnosticar precocemente as doenças neoplásticas, que hoje atingem um grande número de moradores do Amapá. O setor de oncologia do Hospital de Emergência é constantemente alvo de críticas de pacientes e familiares.

Para o neurologista Alejandro Cadena, com a implantação destes serviços, o Amapá se equipara a outros centros. “Estamos dando um salto no diagnóstico e tratamento do câncer, a parceria IOM/Inneuro atende mais de 10 convênios médicos e está preparada para ampliar seu atendimento para a rede SUS, e conta com profissionais capacitados”, disse. A equipe é formada por oncologistas clínicos e cirúrgicos, reumatologistas, psicólogos, nutricionistas e enfermeiros especialistas em acompanhamento de pacientes com câncer. O IOM atende atualmente 50 pacientes em tratamento de quimioterapia.

O próximo passo é o serviço de radioterapia, cuja obra física da implantação e suporte já iniciou e o equipamento está a caminho do Amapá. “Não é somente uma clínica, é um lugar que cuida bem das pessoas, com equipamentos modernos, profissionais qualificados e que pode oferecer o mesmo tratamento, seja para quem tem recursos ou os mais carentes. Podemos desafogar a rede pública de saúde. Reunimos as melhores condições para atendimento de vítimas da doença”, explica Alejandro Cadena.