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quarta-feira, janeiro 18, 2012

Largados

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Por Bianca Andrade


Há vários pontos de vista e diferentes Estados. Pontos adiados, nunca resolvidos, inflamados. Há diversas punições, mas que não se contemplam nesse vernissage. Por onde ficaram os traços da pureza daquela criança? Em que nuvem se escondeu o sol desenhado pelo seu sonho embalado? Virou tudo fantasia levada pelas velas?

Aquela inocência estaria esquecida no quadro de alguém que partiu, deixando sujo o prato amarelo em cima da mesa ou ficou aqui e pagou para não limpá-los, melando a toalha verde e azul? - Por onde navega tua moral, litoral? Na requintada culinária atlântica ou na sinfonia de algum maestro, que desencadeia as brancas estrelas?

Jovens... Doces jovens!  Em um toque, amargos nas prateleiras da esquecida cozinha da criança e do adolescente, uma péssima trajetória para o forno... Estatuto do Idoso! 

Ainda há tempo para se perguntar o que houve de errado? Tentar a ordem, progredir e sair do regresso? - Sim? Não? Talvez? A quem cabe responder?

Despediu-se antes da adolescência a rara inocência, nas ondas da pororoca, nas marés às margens desse oceano. Se a prostituição mata essa criança, cadê a Constituição? 

Haveria se estivesse sendo vista a erosão. Assim vai se corroendo suas margens, camada por camada se dissolvendo... Pão esfarelando, farinha mofando, açaí azedando, camarão estragando. 

Livremente a matéria-prima foi sendo levada, marés por marés, ondas em ondas e o que era explorado foi se desedificando nesse órfão... Largado rio-mar!

Mas se é nobre, dorme em berço dourado, assalta, estupra, mata. Presenteiam-no com coloridos “n”artigos, de melhor embrulho... Presente lapidado.

Um comentário:

  1. Fico feliz em relação à sua sensibilidade para trabalhar o tema, e que bom este blog abrir espaço para ampliar discussões dessa natureza.

    Seria pertinente se outros espaços fossem abertos para amliar essa discussão.

    Um forte Abraço.

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