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quinta-feira, abril 12, 2012

Eu inimigo

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Por Bianca Andrade

Há dores que vão muito além de lágrimas, de imagens, da espera prolongada de respostas.  Que passam por nossos ouvidos como gritos, penetram a alma mais que músicas, dos sussurros da nostalgia de um grande amor fracassado.

Há dores que são tão maiores que nem desabafo alivia, nem mesmo uma taça de vinho ou qualquer copo de destilado.

Há dores que nos indignam, onde nossos pés parecem estar paralisados e as mãos sem forças para lutarem. Que mutilam, nos negando a reconstrução.

Há dores que nos fazem acordar nas madrugadas, sufocando mais que a ausência... De olhar para o lado da cama e não poder abraçar aquela pessoa que acolhia no frio e nos derretia em diversos calores.

Há dores que nos mostram o decepcionante com uma perspectiva jamais vista, nunca sentida. Inexplicáveis por talvez nunca terem sido sorrisos, apenas pontos de fuga de si mesmo para lugar algum.

Essas dores não vêm do nada, do acaso. Elas ocorrem por nos escondermos no turbilhão dos medos... Não. Não há compaixão, nem condolências. Paremos com os pesares!

Estagnados? - Ainda vão nos acordar por muitas madrugadas, travar inúmeras guerras em nossas mentes, nos fazendo  perder totalmente a vontade de sonhar,  chorar por diversos luares e lugares... Sozinhos!

Qual o problema de aproveitar o grande presente de estarmos aqui e dizer: Sim, estamos vivos!?  - Metódico!

Sejamos alunos do desconhecido, de todos os obstáculos e prazeres. Tentemos ser tocáveis,  nos entregar... Sentir! - Sem máscaras. Verdadeiramente...



Um comentário:

  1. As dores contadas são acalmadas, dá-me mais vinho e façamos valer a vida! :) Você é ótima, Srta!

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