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quarta-feira, agosto 01, 2012

O Cavaleiro das Trevas Ressurge - Crítica

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Contém Spoilers... porém, não muito comprometedores.

Finalmente chegou ao fim a trilogia do Cavaleiro das Trevas e Christopher Nolan conseguiu o que parecia ser impossível, revitalizou de forma impecável o Homem morcego. Primeiro, com “Batman Begins”, onde ele renovou a imagem do Batman depois de todo aquele desfile da Beija-flor do Joel Schumacher em "Batman Eternamente".

E depois disso, ele conseguiu se superar, com um dos melhores filmes dos ultimos tempos “Batman – O Cavaleiro das Trevas”, um filme aclamado por público e crítica.

Agora, o mundo inteiro esta lotando as salas de cinemas para saber se ele conseguirá corresponder as enormes expectativas que se formaram ao redor desse lançamento. Acho que muitas pessoas vão sair do cinema reclamando por tentar comparar este filme com seu antecessor, mas acredito que a grande maioria sairá contente e satisfeita do cinema.

Bem... Nesse filme, o Batman pendurou as chuteiras. Depois da morte de Harvey Dent, a polícia de Gotham deu uma limpada na cidade e se livrou dos criminosos. E o lugar onde a violência predominava, agora se tornou um lugar de paz.

Mas essa moleza está quase pra acabar com a chegada de um tal de Bane. O cara é grande, grande não! ENORME, porrudo mesmo! assusta usando uma máscara de ferro que deixa a sua voz com um impacto semelhante a do Darth Vader, ou seja, o cara não é somente mau, ele transpira maldade, podemos observar isso em cada olhar e em cada gesto que ele faz.

Então Bane vai pra Gotham com o plano de desestabilizar a cidade. Ele tem os homens, o conhecimento e a tecnologia para fazer isso. Ele transforma o ambiente de Gotham deixando a cidade em estado de sítio e parece não haver nada que se possa fazer para combatê-lo.

No meio disso tudo está o Batman/Wayne passando por problemas existenciais, preso a um passado que não volta mais. Ele precisa voltar a ser o herói que a cidade precisa neste momento de escuridão.

Essa não é a mais detalhada das sinopses, mas é difícil falar deste filme sem acabar contando os acontecimentos que as pessoas não querem saber antes de ver por elas mesmas. O que é necessário saber, é que a história é rica em detalhes, que no início, parecem soltos na trama, mas no decorrer do filme causa uma grande satisfação no espectador quando ele consegue juntar todas as peças do quebra cabeça. 

O Batman...

Christian Bale é o Batman... impossível que as pessoas ainda se lembrem de Micheal Keaton e George Cloney, podem apertar no delete e não se esqueçam de esvaziar a lixeira. Agora o mundo já tem um Batman no cinema a altura da figura do Batman dos quadrinhos.

No filme, Bruce Wayne sente que não tem mais utilidade para uma cidade sem crimes. Dá pra sentir seu espírito inquieto, mergulhado no tédio e pronto para voltar a ação, apesar de tudo que rolou na sua vida de guardião de Gotham.

O Bane...

Esqueça o Coringa, pelo menos durante esse filme. É uma bobagem ficar tentando comparar, até porque, são vilões bem diferentes. O Coringa era um doido varrido que se alto definia como um agente do caos, ele não tinha nenhum plano, sua meta era tentar provar que, no fundo, todas as pessoas são más.

Bane é o diabo em pessoa, mas ele tem um plano, tem objetivos mais ambiciosos. É um revolucionário terrorista que esmaga as pessoas que atravessam o seu caminho como insetos.

Tom Hardy (Bane) fez um excelente trabalho quando desenvolveu a presença ameaçadora de Bane, nem precisa de 3D pra sentir esso saindo das telas. A forma de caminhar, a maneira de olhar para as pessoas, o diálogo bem articulado que intimída e exige respeito. É uma espécie de Hannibal Lecter no corpo do Hulk.

Bane é um adversário digno para o desfecho desta trilogia.

O Alfred...

Michael Caine como Alfred, a figura paterna de Bruce, simplesmente dá show de interpretação, em um dos pontos altos do filme, esse velho me fez (quase) derramar uma lagrima em um filme de super herói.

Comissário Gordon, Joseph Gordon-Levitt, Lucius Fox e Miranda Tate... 

Todos eles tem importancia fundamental para o roteiro... é realmente surpreendente como o Nolan conseguiu distribuir essa importancia entre tantos bons personagens.

A Mulher Gato...

Anne Hathaway surpreendeu bastante na sua encarnação da Mulher Gato. Ela é inteligente, bonita e gananciosa, mas fica claro que ela tem sentimentos e tá sempre tentando compensar pelos erros que comete. Aliás, ela fica muito melhor que o Batman naquela moto.

Pra fechar...

Bem... O Batman é um filmaço, fico imaginando o carinho e o cuidado que os realizadores desse filme tiveram com a conclusão dessa saga. É Um filme cheio de detalhes, diversos enredos que, em alguns momentos, parece vai por caminhos demais. Mas todos os personagens e histórias paralelas vão se encaixando aos poucos.

EU realmente achei EXCELENTE a visão final do diretor Chirstopher Nolan para o Batman. Claro, que vão surgir pessoas com a camisa do Coringa criticando o filme, assim como os geeks com gibis na mão, mas acho que todo mundo deveria focar no fato de que este filme consegue sobreviver a toda pressão que os fãs depositaram nele.

Nolan não poderia ter feito de forma melhor. Agora, aquele que tiver a audácia de querer contar as histórias de Batman no cinema, terá muito trabalho para conseguir superar sua obra.

Então é isso... minha dica é que procurem um cinema que esteja exibindo este filme LEGENDADO, pois como todos nós sabemos, esse Batman não é exatamente um filme de criança... dito isso, vocês tem a minha permissão para gostar desse filme, assim como eu gostei.

André Mont’Alverne

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