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terça-feira, outubro 23, 2012

Festa estranha... E, eu sem birita!

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Os amigos que conquistamos ao longo da vida (aqueles que cabem nos dedos das mãos), não fazem ideia do quanto nos esforçamos para sermos dignos de tal título. 

Mais uma daquelas festas onde não conhecia ninguém, além do organizador para minha coleção, contudo, valeria o esforço de contribuir com minha presença, mesmo que fosse pra "encher linguiça". Afinal, amizade de verdade tem que ser até debaixo d'água, no frio ou com pouca roupa, sabe como é?! 

Passava da meia noite e contando comigo havia oito pessoas, depois chegou mais gente (umas duzentas mulheres e meia dúzia de homens). Não é preciso dominar o conceito lacaniano, nem os preceitos de Freud para saber que eu não iria curtir e, isso não seria meu olhar pessimista a gritar com meu superego. 

Para piorar, antes de sair de casa, me automediquei contra uma dor de cabeça horrorosa, aliás, não sei por qual motivo ela resolveu aparecer justo naquela hora... Seria de bom alvitre que o álcool fosse descartado do conjunto: "Festa estranha com gente esquisita". Não tô legal e pior ainda sem birita.

O que senti naquele processo de esperar o tempo passar sem uma gota de álcool... Sinônimo de fracasso não seria exagero. Resolvi combater a sensação de fobia social, com análises tão profundas quanto um pires às "modelos" e seus "trajes autênticos". Lamento, mas não consegui deixar meu humor negro de lado.

O que aconteceu com o manequim 38? 

Para usar um vestido curto, drapeado e justo malho há pelo menos nove meses e ainda não acho que meu corpo esteja adequado. Aposto que foi a mãe dessa garota que comprou esse vestido, que ela por sua vez, vestiu no escuro. Só pode. Não é feio ter mais o que mostrar, pelo contrário as  plus size estão em voga. O problema é excesso de "sem noção", rs. Não é porque a roupa entrou, que ela serve. 

Lógico que isso não é importante, porque o visual "causando" é tudo na pista, depois do estilo "Suélem" de ser os "mino pira cas mina fantasiada de piriguete". Tudo isso porque no bailinho, matinê, mingau continua: Meninos para um lado e meninas para outro e a velha dança do acasalamento. 

Acho que o ursinho assim como eu, também não sabe dançar. (Rs).

Hellen Cortezolli

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