As águas de março e as chuvas comuns da época novamente causaram transtornos para moradores de áreas mais próximas ao Rio Amazonas, no bairro Aturiá. A elevação chegou a 3,1 metros na tarde desta quarta-feira, 27, e mais uma vez os moradores do bairro, na orla da cidade, sofreram com os impactos da natureza. Casas foram inundadas e outras seis estão em risco iminente. A Defesa Civil do município e a Secretaria Municipal de Assistência Social e do Trabalho (Semast), deram apoio às famílias junto com equipes do Governo do Estado.
Dez famílias foram atingidas mais diretamente pela força da maré e do vento. Elas foram transferidas para a Escola Estadual Raimunda Virgulino, no bairro das Pedrinhas. Uma equipe da Semast, junto com os moradores, procura casas a serem alugadas para abrigar as famílias temporariamente. O Governo do Estado será o responsável pelo pagamento do aluguel social.
O coordenador da Defesa Civil do Município, Maycon Kerly, atendeu de imediato ao chamado e se dirigiu com sua equipe para o local, onde conferiu a situação. Junto com o Corpo de Bombeiros Militar, eles auxiliaram na retirada das famílias e de seus pertences. “Não teve nenhuma vítima, todos estão bem, os móveis e pertences foram retirados, mas as casas estão sob avaliação de estarem condenadas. A maré é alta, o vento está forte e o perigo é real”, falou Maycon Kerly.
A dona de casa Marlene Silva foi quem ligou para o 199 informando a situação. “A maré começou a subir por volta das 15h30, foi muito assustador. Quando vi a água já estava inundando a cozinha, que é a parte mais baixa da casa. Ficamos com medo, ai liguei para o 199, achei que íamos perder tudo”, lembrou. Marlene estava em casa com duas filhas, uma de 3 e a outra de 5 anos, o marido trabalhava e os dois filhos estavam na casa da avó. Ainda assustada, não imaginava que a maré atingiria sua casa.
De acordo com a diretora do Departamento de Trabalho e Promoção à Cidadania, da Secretaria Municipal, Elane Cristina, os desabrigados passaram a noite na quadra da escola, mas o esforço está sendo dobrado para garantir um espaço digno às famílias. “Estamos empenhados na busca de espaços para alugar e tão logo abrigar essas pessoas, com a dignidade que merecem”, garantiu.
O major Roberto Nery, do Corpo de Bombeiros, afirmou que a maioria das casas do Aturiá está condenada, mas os moradores insistem em voltar. Ele ressaltou ainda que o laudo das moradias é de competência do CBM, que deve ter o parecer de um engenheiro. “Vamos preparar o laudo desta ocorrência, voltar ao local para fazer uma perícia minuciosa, para encaminhar à Secretaria do Estado da Inclusão e Mobilização Social (Sims), que é a responsável em destinar um terreno adequado às famílias”, declarou o major.
Pérola Pedrosa – Asscom PMM
Asscom Prefeitura Municipal de Macapá
Contato: (96) 9154 8850
Boa noite Elton, há alguma informação da retirada da população que mora na orla do aturiá? Pois já trabalhei em 2010 e até o momento não houve nenhuma mudança. E tenho fé q o Prefeito Clécio tentará fazer a diferença
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