Viajar, mais do que colocar uma quantidade de roupas na mala e embarcar rumo ao desconhecido é nos preencher desse desconhecido e finalmente, embarcar. É muitas vezes abrir mão de coisas que seriam importantes para nós e partir. É um exercício de autoconhecimento, um pouco às avessas, mas é.
A melhor parte de viajar é conhecer pessoas legais. Esbarrar em pessoas que estão tão perdidas quanto nós, mas levam isso com a maior alegria do mundo, afinal, essa é uma das maiores graças de por o pé na estrada. Conhecer outros lugares através de histórias e fotografias, e... já começar a planejar a próxima viagem! Muitas promessas são feitas: "um dia eu irei!", "quando for, vou te procurar". São frutos de sentimentos verdadeiros, mas a gente acaba aprendendo que muitas vezes o "até um dia", é na verdade um adeus com vergonha de sair. Daí a contradição, a pior parte de viajar é conhecer pessoas legais.
Os perrengues de viagem são sempre os melhores! O desespero bate quando já estamos chegando aos 45 do segundo tempo e não surge uma carona, a comida tá pouca e a grana menor ainda, se começa a pensar no conforto que é estar em casa. E surgem frases como "criar raízes" na mente. Curiosamente, sempre se dá um jeito, por intermédio divino ou esforço próprio, aí todo papo de criar raízes vai por água a baixo e se lembra porque colocamos a mochila na costa.
Depois de todo o processo correr, às vezes bem, voltar pra casa é uma sensação diferente. Um misto de felicidade de verdade e vontade de voar de novo!
Jhenni Quaresma
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