Devaneio da madruga

Mário Quintana dizia que "amar é mudar a alma de casa", será? Para mim, a ultra-sensibilidade do velho escritor é um exagero. Mas que eu sou fã dele, ah eu sou. Exageros literários a parte, acho legal o velho e bom “chamêgo” e atenção. É melhor do que parecer desinteressado e sufocar sentimentos ou sensações.

Às vezes quem você ama faz ou fala alguma coisa que não é legal para seu marido, esposa, namorado, namorada e afins. Pode parecer inofensivo, mas também pode causar seqüelas graves. Tais atitudes corriqueiras podem ser porque você esqueceu uma data, ou porque não ligou o dia inteiro, ou porque ligou o dia inteiro, ou porque passa tempo demais na internet, ou com fones nos ouvidos, desligado de você, enfim, uma série de pequenas armadilhas do cotidiano íntimo.

Calma lá, a coisa não é tão séria assim. Só reflito sobre aqueles dias em que você precisa receber mais atenção ou dar mais atenção.

Já são uma hora da madruga e meu devaneio é vencido pelo sono. Como dizia Cazuza: “às vezes te odeio por quase um segundo, depois te amo mais”, sem sombra de dúvida.

Só tenho certeza de uma coisa, vou acordar com uma saudade incontrolável de ti e pensar: “o que farei hoje para deixá-la feliz?”