Com quantos paus se faz uma canoa em Noa Noa? Será que o sol da meia-noite é mais forte que a lua do meio-dia? E a sereia? Seria de cera ou será que anoitecera?
Não sei responder às questões mais simples, dizer aquilo que ninguém sabe, saborear a comida a quilo que ninguém come.
A TV continuará, afinal, transmitindo a final do campeonato em que me mato torcendo pelo time que precisa fazer trinta e cinco gols para levar a decisão pros pênaltis?
Eis que ouço a explosão. São pincéis atômicos explodindo em vários pontos do planeta. E não causam destruição. Pelo contrário. Há Um incêndio também. São corações incendiados de emoção fazendo a cidade arder de paixão.
Ouço o rugir da tempestade, mas calma! Trata-se de flores de várias cores caindo do céu e inundando a cidade.
Peço pausa para pichar o muro da folha de papel pra dizer que perdi o fio da meada, morri no frio da geada, perdi a última moda, fui moeda de troca e não me restou nada.
Voltemos, então, a este texto fora de contexto que soa apenas e a duras penas como pretexto pra minha vontade de escrever.
Lembro dos contos de fadas que minha avó contava. Ela gostava de interferir nas histórias, começando pelos títulos: A Raposa e as Saúvas, A Bela e a Fera Adormecida, João e Mariah Carey, O Grito Falante, Erram os Deuses e os Astronautas, Abominável Mundo Novo e por aí vai.
E o meu universo continuará rolando em prosa, em verso, em setembro, oitembro, novembro, dezembro. Ah! Nemlembro.
Até que, de repente, enfim: FIM!
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