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sábado, janeiro 22, 2011

As nove regras do vinho

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                                                                              Por José Marques Jardim

Antes de beber um bom vinho é preciso escolher. E esta escolha é bom que se diga, deve obedecer a certos cuidados. São coisas simples, mas que se você seguir não correrá riscos de tomar “vinagre” e dizer que está degustando um belo Chardonnay. Separei nove regras básicas para você exercitar na hora de comprar seu vinho. Use-as e depois me diga o resultado.

1 – Vinho estraga

Neste artigo quero deixar para os leitores, dez dicas de como levar para casa um bom vinho. Ora, não basta somente chegar à prateleira, pegar qualquer coisa e ir levando. Vinho requer algo especial, sempre, e para quem está disposto a conhecer um pouco mais sobre esta bebida, estas dicas podem ajudar bastante. Lembre-se toda vez que manusear uma garrafa de vinho, que ali não está um conteúdo artificial. Todas as gotas são naturais. Outra coisa é que não existe pasteurização no processo, diferentemente da cerveja. O resultado disso é que vinho, por ser natural, estraga.

A proteção é aquela rolha feita de material poroso conhecida como cortiça. Ela troca oxigênio com ambiente, sabiam? E ainda é sensível ao calor. Enquanto lacrado ele dura anos na garrafa, mas depois de destampado e mal condicionado, estraga logo. Portanto, ao abrir, consuma-o ou o conserve bem.

2 – Não compre garrafas de vinho armazenadas de pé

Em um dos artigos que escrevi para o blog falei da importância do condicionamento correto do vinho. O conteúdo é protegido pela rolha natural, que precisa estar úmida em contato com o líquido da garrafa. Se esta ficar durante muito tempo de pé, haverá o ressecamento da rolha que vai fazer com que o Vinho oxide e estrague.

3 – Garrafas pegajosas nem pensar

É desagradável tirar uma garrafa da prateleira e senti-la com grude. O que, afinal, provocou aquilo. Três suposições; a rolha foi mal colocada, a colocação da garrafa na vertical ressecou a cortiça ou simplesmente derramaram algo sobre a garrafa. Pegue outra imediatamente.

4 - Se você já é um “iniciado” evite vinhos sem safra

A safra é a identidade do vinho. Ela vem estampada no rótulo informando quando a uva foi colhida. Vinícolas de qualidade fazem questão de colocar a safra na garrafa, a razão para omitir esta informação é a mistura de safras para melhorar um vinho ruim. Então, descarte vinhos sem safra.

5 - Rolhas com protuberância são outro problema

Em um vinho bem engarrafado a rolha vai estar alinhada ou somente um pouco abaixo da boca da garrafa. Se não for assim, se a cortiça estiver saltada fazendo pressão na cobertura de plástico ou chumbo que é a cápsula que recobre o gargalo, tenha certeza: o vinho estragou. Quer saber qual a razão disso ter acontecido? Então vamos lá: geralmente houve pressão dentro da garrafa causda por fermentação. Normalmente isso não ocorre, mas se ocorrer, lembre-se, o vinho está estragado.


 
6 – Se o nível estiver baixo, deixe a garrafa na prateleira

É norma das vinícolas encher a garrafa até acima do pescoço. Se o nível estiver abaixo do pescoço ou a rolha ressecou, o vinho está evaporando, ou simplesmente vazou, o que significa contato com o ar e conseqüente estrago do líquido.
 
7 – Novamente para os “iniciados”, compre apenas safras antigas

A máxima de que vinho, quanto mais velho fica é melhor, é verdadeira. Safras com uma década ou duas são excelentes, mas atenção, isso não vale para qualquer vinho, muito menos para qualquer safra.o importante é saber que vinhos mais comuns duram de 1 a 3 anos.

8 – A coloração é importantíssima. Cor de tijolo nos tintos e de marrom nos brancos é mau sinal.

A oxidação é um dos maiores inimigos do vinho. Quando isso acontece nos tintos, a coloração muda e fica opaca, como a cor de um tijolo. Os brancos deixam seus nuances cristalinos e assumem tonalidades de marrom. Então pode acreditar, o vinho deixou de ser vinho e se transformou em algo que pode ser definido entre o vinagre e café frio sem açúcar.

9 – Vinhos caros são indicados para quem já desenvolveu o paladar

Se você ainda está iniciando no mundo da degustação não precisa começar a subir a “escada” pelo degrau de cima. Vinhos caros são mais indicados para quem já consegue identificar sabores. Será um desperdício você gastar R$ 200, R$ 300 e até R$ 3 mil (para os mais abastados) se não distingue a sensação no palato, causada por um vinho fino, da que sente quando toma um vinho de R$ 10. Preste atenção: vinhos não são caros por acaso. Os preços são explicados pelo grau de complexidade, estrutura, potência, depuração e uma série de outras coisas.

Um comentário:

  1. Perda de tempo. Em Macapá, só conheço um que sabe apreciar um bom vinho. Cá nas terras tucujus, vejo sempre os "iniciados" a pegar as taças pelo bojo, o que é errado (afinal de contas a haste na taça está lá por algum motivo), e tomando o líquido como se sumo ou cerveja fosse. Ademais, um bom vinho nunca vai sozinho.

    Entretanto, sei que esta admoestação é "murro em ponta de faca". Pero um dia esse povo evolui, se até o câncer evolui...

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