Precisamos de escolas melhores, segurança melhor. É preciso uma política nacional de saúde pública que consiga identificar pessoas como Wellington antes dele fazer o que fez. O massacre na escola Tasso da Silveira foi cometido por um homem com mente perturbada e doentia. O jogo não moldou seu pensamento. Foi apenas uma forma de dar vazão aos seus impulsos mais cruéis.
Se os jogos são responsáveis por crimes, então o que dizer da televisão e do cinema? Tiros e mortes também aparecem nas outras mídias – ligue a TV por volta das 17h e comprove. Proibir games não faz a realidade mais doce, não modifica os problemas que enfrentamos no dia a dia. Meu carro não vai deixar de ser roubado se meu vizinho for proibido de jogar GTA.
Sempre tentamos achar os culpados para crimes que não têm justificativa. Foi assim após o ataque que o estudante Mateus da Costa Meira realizou em um cinema de São Paulo contra os espectadores do filme “O Clube da Luta”, de David Fincher, matando três pessoas, em 1999. Meira se baseou na primeira cena do jogo para organizar seu atentado. Poderia ter tido a mesma ideia lendo um livro ou escutando uma música. No mesmo ano, o então ministro da justiça José Carlos Dias, assinou uma portaria que proibia jogos violentos no Brasil, como “Duke Nukem”, “Doom”, “Quake” e “Mortal Kombat”. Alguém acha que os índices de criminalidade diminuíram depois disso?
Felizmente, a rede já se mobiliza nesta segunda-feira contra essa visão deturpada dos jogos. Apesar de fazer referência a um trágico momento, os usuários do Twitter criativamente rechaçam qualquer ligação entre a vida real e o mundo virtual. Veja abaixo dez frases retiradas do site de microblogging:
FONTE: http://revistaalfa.abril.com.br/
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