A evolução das tecnologias nos faz herdeiros contemporâneos de muitas coisas, uma delas é o sedentarismo. E até onde ele pode nos levar?
Segundo o Dr. Turíbio L.B Neto, “A vida sedentária provoca literalmente o desuso dos sistemas funcionais. O aparelho locomotor e os demais órgãos e sistemas solicitados durante as diferentes formas de atividade física entram em um processo de regressão funcional, caracterizando, no caso dos músculos esqueléticos, um fenômeno associado à atrofia das fibras musculares, à perda da flexibilidade articular, além do comprometimento funcional de vários órgãos”.
Essa não movimentação do corpo contribui para uma bateria de doenças, como Obesidade, Osteoporose, Hipertensão Arterial, Diabetes, Artrose, Ansiedade, entre várias outras, não se limitando o agravante apenas pela falta de exercícios físicos e má alimentação, mas podendo considerar também como falta de amor próprio e pelas pessoas que gostamos, visto que é um dos maiores fatores relacionados à morte súbida.
Como não quero estar inclusa em estatísticas com tais problemáticas acima, venho adquirindo algumas atitudes ao longo do tempo, como me matricular em academias, só para convencer-me que estou tentando conquistar melhor qualidade de vida, mas, na prática, geralmente não vou ou, com muito esforço, freqüento esses ambientes, no máximo, três dias/mês.
Não sei explicar ao certo, é como me sentisse mais light quando faço minha inscrição, algo como dizer: “É! O primeiro passo foi dado!“. Mas ir, passar mais de uma hora em aparelhos, levantando pesos, ou em passos sincronizados com o professor, no caso, ginástica, dança... Acredito que não seja para minha pessoa, definitivamente!
Como forma de amenizar minhas desculpas e falta de disciplina, uno o útil ao agradável: caminho quase que diariamente na nossa belíssima orla. Vale ressaltar que essa não é uma realidade só minha. Mas feita essa opção, há algumas superações que nós, sedentários à luta, temos que passar para se obter um resultado positivo. Eis algumas:
Você chega na praça, se alonga, avista algumas pessoas interessantes... Vai se animando. Em menos de 1m caminhado, enxerga pipoqueiros; nos 200m, alguém tenta pará-lo para vender chocolate, biscoito, bombons... Então negas, dizendo estar de dieta. Quando chega aos 500m, sente cheiro de batata e macaxeira frita e, quando pensa que já passou por tudo, aparece outro vendedor, só que gritando: “Olha a pamonha, canjica e o milho verde”... Pense! Isso sem ao menos ter completado 1 km, se deparando com mais duas mini-sorveterias e um carrinho de hot-dogs ao finalizá-lo.
Só que você quer ser persistente... Resolve sair do círculo do “Lugar Bonito” e se concentra para correr disso tudo, muda o trajeto em direção à extensão da orla. Na rampa, surgem outros obstáculos: churrasquinhos e cia., por mais uma vez, finge que não vê, olha para “os adoradores do sol”, se distrai, vai vendo as belezas do Rio Amazonas. Ok.
Com mais outros passos corridos, um vendedor ambulante de bebidas vai se instalando na calçada, você está decidido (a) e não dá atenção para mais essa tentação. Com muita fé, ignora também os barzinhos que tentam te seduzir do início da orla até o complexo do Araxá. Nisso, vai te abordar um cidadão com uma bicicleta, oferecendo ovo de codorna... Compre! Você passou por muitas situações até ali e já deve estar fraco (a), precisando recuperar as forças para voltar desse percurso. Brincadeira... Beba água, mas aquela que passarinho bebe! Prossiga com firmeza, sendo determinado.
Quem não luta contra o sedentarismo e a favor do seu bem-estar, não é digno (a) de perder peso! (Frase adaptada)
Dos vários importunos do sedentarismo, a obesidade é um dos fatores que mais meche com a auto-estima do indivíduo. Hoje, há experimentos que comprovam que uma boa noite de sono é fundamental para a perda de peso, um desses métodos é a Polisonografia. Mas, depois dessa maratona, como dormir bem sem imaginar ou sonhar com todas aquelas guloseimas e tentações contra os caminhos saudáveis?
O que fica de consolo é que não se pode dizer que esse processo é baseado na lei do menor esforço, pois é nítido que essa luta é árdua por aqui. Mas desistir das batatas, ops!, batalhas? Jamais!
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