Por Rita Torrinha/Secult
Fernando Canto, escritor impregnado da cultura amazônica, como ele próprio se define, fez uma sessão de autógrafos de seu livro “Adoradores do Sol” no estande Café Literário, no Amazontech, na noite desta quinta-feira, 15. O espaço é coordenado pela gerente de Livro, Leitura e Literatura, da Secretaria de Estado da Cultura (Secult), Ângela Nunes, tendo como proposta divulgar e fomentar os trabalhos de artistas e escritores da terra.
Prestigiaram o evento o superintendente do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae/AP), João Carlos Alvarenga; a gestora do Amazontech, Isana Figueiredo; a analista do Sebrae e parceira na coordenação do estande Café Literário, Rosimar Monteiro; o poeta e amigo do autor, Oswaldo Simões; e visitantes.
Para dar uma mostra do trabalho de Fernando Canto, Oswaldo Simões fez a leitura do texto “O Equinócio e a cidade”, contido na coletânea.
“Eu ia passando e vi o ‘amigo’ declamando e me senti confortável de vir mostrar também os meus pensamentos”, disse.
Em seu pronunciamento, Carlos Alvarenga enfatizou a importância da literatura no registro histórico de um povo.
“Nada é feito sem cultura, o que fica, o que materializa o passado é a cultura, você, Fernando Canto, é um grande incentivador da cultura e da história do Amapá. Continue sendo esse alavancador das coisas do Amapá e da Amazônia”.
O livro “Adoradores do Sol” é uma coletânea de textos publicados em jornais macapaenses de 2007 a 2009 - um panorama da vida amapaense. Tanto a cultura como outros aspectos sociais locais são evidenciados num quadro no qual o autor retrata com personalidade e autenticidade suas memórias e opiniões, numa linguagem acessível a todos. Fernando revela em suas crônicas e artigos situações até então desconhecidas da grande maioria dos amapaenses: são resultados de suas pesquisas individuais, lembranças e mergulhos poéticos que a vida e a paisagem instigam para a feitura da sua literatura.
Sobre o autor, Fernando Canto nasceu em Óbidos-PA, em 1954. Publicou seus primeiros livros na década de 80, em Macapá, onde atualmente mora e trabalha como sociólogo da Universidade Federal do Amapá (Unifap). Como escritor ganhou diversos prêmios literários, entre os quais o primeiro lugar no 1º Concurso de Contos das Universidades do Norte, com o conto “O Bálsamo”, e participou de antologias de conto e de poesia tanto no Amapá como no Pará, em Belém, onde também residiu por muitos anos.
Publicou os livros de poesias “Os Periquitos Comem Mangas na Avenida”, 1984; “São José de Macapá”, 1985; “Piratuba, a Cantoria do Lago”, 2011 e, recentemente, “Canção do Amor-Enchente”, 2012. Tem os livros de crônicas: “Telas & Quintais”, 1985; “Equinócio”, 2004; e Adoradores do Sol, 2010, e de contos “O Bálsamo”, 1995, que receberá nova edição em 2013 e o ensaio antropológico “A Água Benta e o Diabo”.
Foi professor universitário, possui várias especializações acadêmicas e é mestre em Desenvolvimento Regional (Unifap). Também é compositor e integra o Grupo Musical Pilão, que há mais de três décadas vem divulgando o folclore e a música regional. É membro titular da Cadeira nº 40 da Academia Artística e Literária de Óbidos.
Meu comentário: Fernando Canto é uma figura ímpar, um gênio apaixonado pelo Amapá. Seus escritos são fantásticos. Ele poetiza, satiriza e relata nossas peculiaridades com sacadas históricas incríveis.Não é á toa que sou fã dele.Parabéns ao amigo "Barba".
Realmente, o cara é uma figura! Mto talentoso e bota fé nas coisas da sua terra! Parabéns ao povo amapaense por contar com obras tão relevantes do autor. Abraços meus.
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