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segunda-feira, março 31, 2014

Música de agora: Medo da Chuva - Raul Seixas

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Medo da Chuva - Raul Seixas

É pena que você pense
Que eu sou seu escravo
Dizendo que eu sou seu marido
E não posso partir

Como as pedras imóveis na praia
Eu fico ao seu lado sem saber
Dos amores que a vida me trouxe
E eu não pude viver

Eu perdi o meu medo
O meu medo, o meu medo da chuva
Pois a chuva voltando
Pra terra traz coisas do ar

Aprendi o segredo, o segredo
O segredo da vida
Vendo as pedras que choram sozinhas
No mesmo lugar

Eu não posso entender
Tanta gente aceitando a mentira
De que os sonhos desfazem aquilo
Que o padre falou

Porque quando eu jurei meu amor
Eu traí a mim mesmo, hoje eu sei
Que ninguém nesse mundo
É feliz tendo amado uma vez...
Uma vez

Eu perdi o meu medo
O meu medo, o meu medo da chuva
Pois a chuva voltando
Pra terra traz coisas do ar

Aprendi o segredo, o segredo
O segredo da vida
Vendo as pedras que
Choram sozinhas no mesmo lugar

Vendo as pedras que
Choram sozinhas no mesmo lugar
Vendo as pedras que
Sonham sozinhas no mesmo lugar

Chuva da baguda!

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TRE-AP realiza VIII Semana da Saúde

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O Tribunal Regional Eleitoral do Amapá (TRE-AP) realizará, no período de 7 a 9 de abril de 2014, a VIII Semana da Saúde do TRE. Sob a coordenação da Seção de Serviços de Assistência Médica, Odontológica e Social (Samo/TRE), o evento ocorrerá no prédio do órgão e contará com palestras de diversos temas e é destinado aos servidores do Tribunal. 

De acordo com o analista judiciário e chefe da Samo, Marcílio Lira, o objetivo da ação é promover o interesse do servidor em cuidar da própria saúde de forma contínua. O tema deste ano é “Cuidando da Saúde Psicológica”. 

Conforme Marcílio Lira, na última pesquisa de Clima Organizacional do TRE, foi detectada uma elevação de índices de ansiedade e sentimentos depressivos no quadro funcional. Para prevenir o eventual adoecimento de algum serventuário da Justiça Eleitoral, a edição deste ano será voltada à saúde mental.

Nos preocupamos com a qualidade de vida dos nossos servidores. Queremos um servidor que zele pela sua saúde e previna doenças. A Semana da Saúde ajudará a incentivar os servidores a tomarem em iniciativas como ir ao médico regularmente”, ponderou Marcílio Lira. 

Durante os três dias da, a Semana da Saúde contará com palestras, vacinação contra gripe e oficina de Yoga. Essa será a oitava edição da Semana da Saúde do TRE. 

Serviço:

Tribunal Regional Eleitoral do Amapá
Assessoria de Comunicação e Marketing
Elton Tavares
ALTV
Fones: 2101-1504/84059044/91474038

Pesquisa vai monitorar impactos da exploração madeireira na dinâmica das florestas

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Monitorar e comparar os impactos da exploração de florestas tropicais na Bacia Amazônica, Bacia do Congo e Sudeste Asiático. A missão inédita é do Observatório Internacional de Florestas Tropicais Manejadas (Rede TmFO), que desde 2012 reúne estudos voltados para avaliar a capacidade de regeneração, armazenamento de carbono e manutenção da biodiversidade das florestas impactadas pela extração seletiva de madeira. Entre as iniciativas acompanhadas pelo TmFO está o Projeto Guyamaflor, iniciado este ano pela Embrapa em áreas da Bacia Amazônica. Na última semana, durante quatro dias pesquisadores de instituições do Observatório e do Projeto Guyamaflor reuniram-se na Embrapa Amapá para compartilhar informações e análises de dados.

Nesta 1ª reunião do Projeto Guyamaflor, simultânea à reunião da Rede TmFO, participaram pesquisadores de quatro centros de pesquisas da Embrapa (Amapá, Pará, Amazonas e Acre), do Cirad e de outras instituições da Bolívia, Alemanha, Suriname e Guiana Francesa. De acordo com a pesquisadora Eleneide Doff Sotta, da Embrapa Amapá, o Guyamaflor inicia neste primeiro trimestre de 2014 com prazo de duração de dois anos, sendo coordenado pela Embrapa Amapá e Embrapa Amazônia Ocidental (AM). “O principal objetivo é produzir conhecimento sobre o funcionamento das florestas após a exploração florestal madeireira, a fim de identificar práticas de manejo que melhorem os planos de manejo florestal para a Amazônia”, acrescentou a pesquisadora.

A originalidade da proposta do Projeto Guyamaflor está no fato de os pesquisadores trabalharem em abrangência regional (Guiana Francesa e dois estados da Amazônia brasileira, Amapá e Amazonas), para compreender como os fatores ambientais atuam na dinâmica pós-exploração de florestas que sofreram diferentes intensidades de exploração madeireira. Na prática, o projeto é baseado na análise de dados de monitoramento da dinâmica florestal pós-exploração adquiridos em quatro sistemas de manejo florestal sustentáveis de três regiões da Amazônia (Guiana Francesa, Amapá e Amazonas). Todo este
trabalho vai fazer parte de uma reflexão sobre o futuro do manejo florestal para produzir bens e serviços ambientais em um contexto Amazônico que encontra-se em plena mudança. Será realizada uma análise prospectiva sobre a importância e o papel do manejo florestal para a próxima década. A hipótese dos pesquisadores é de que o manejo florestal vai se tornar uma importante ferramenta de gestão no território amazônico, mas com uma extração (intensidade de extração e natureza dos produtos) que pode ser diferente das existentes atualmente. Por exemplo, será analisado como os sistemas atuais de manejo florestal podem constituir a base de planos de manejo que assegurem a manutenção de serviços ambientais para atender a uma variedade de necessidades.

Eleneide Doff Sotta destaca que o Projeto Guyamaflor representa a realização de um desejo de colaboração regional, envolvendo vários parceiros da Amazônia e viabilizada pelo Programa de Cooperação Internacional entre as fundações estaduais - Fundação de Amparo à Pesquisa do Amapá (FAPEAP) e Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (FAPEAM) – e a L'agence Inter-Êtablissements de Recherche Pour le Développement (AIRD), uma agência de fomento da França. “Todos os pesquisadores envolvidos neste projeto já trabalham juntos em outras pesquisas. O intercâmbio entre pesquisadores e estudantes constituem as principais formas de funcionamento deste grupo”. Os objetivos do trabalho, as análises de dados e as discussões sempre serão feitos em seminários de trabalho reunindo todo os parceiros

Dulcivânia Freitas – Jornalista DRT-PB 1.063/96
dulcivania.freitas@embrapa.br
0xx96-4009-9587
Eleneide Doff Sotta
eleneide.sotta@embrapa.br
0xx96-4009-9541
www.cpafap.embrapa.br

Música de agora - Eu Vou Estar (Capital Inicial)

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Eu Vou Estar - Capital Inicial 

Eu não vou pro inferno
Eu não iria tão longe por você
Mas vai ser impossível não lembrar
Vou estar em tudo em que você vê
Nos seus livros, nos seus discos
Vou entrar na sua roupa
E onde você menos esperar
Eu vou estar

Eu não vou pro céu também
Eu não sou tão bom assim
E mesmo quando encontrar alguém
Você ainda vai ver, a mim
Nos seus livros, nos seus discos
Vou entrar na sua roupa
E onde você menos esperar

Embaixo da cama
Nos carros passando
No verde da grama
Na chuva chegando
eu vou voltar
Nos seus livros, nos seus discos
Vou entrar na sua roupa
E onde você menos esperar
Eu vou estar

A noite de um dia duro

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Conto de Ronaldo Rodrigues

A chuva me levou para baixo da marquise da lanchonete. Chuvinha rala, daquela que demora a passar, mas molha do mesmo jeito que chuva grossa. Sem dinheiro, tinha passado o dia andando pela cidade, olhando para o chão, tentando encontrar alguma nota de cinco reais, pelo menos, perdida em alguma sarjeta. Aí a garçonete saiu de dentro da lanchonete com vinte reais na mão:

- É o senhor que está esperando o troco? 

Fiquei parado, do mesmo jeito que estava. Olhei para os lados, me certificando se ela falava mesmo comigo. Não deu tempo de responder nada. Ela me entregou os vinte reais e voltou para dentro da lanchonete. Fiquei ali parado, com os vinte reais na mão, pensando todas as coisas a seguir:

“Será que eu devolvo? Passei o dia procurando cinco reais perdidos na rua e agora me cai do céu, que nem essa chuva, uma nota novinha de vinte reais”.

“Tenho que devolver imediatamente. Seria roubo e, mesmo lascado do jeito que estou, jamais pensei em roubar nada de ninguém. Não posso ficar com algo que não me pertence”.

“Ah! Que se dane! Eu não forcei ninguém a me dar nada, muito menos dinheiro”.

“O que minha mãe pensaria disso? Meu pai desaprovaria na hora. Mas também quem mandou ele só me deixar de herança a honestidade? Meu irmão iria me achar um otário se eu devolvesse”.

“O que fazer, santo Deus? Esses vinte reais podem me livrar dessa broca medonha que estou sentindo”.

Minha consciência não me deixou ir embora com o dinheiro. Quando já me dispunha a devolvê-lo, a garçonete, acompanhada de um homem enorme, saiu de dentro da lanchonete, apontando o dedo gorduroso para mim:

- Taí o homem que ficou com o seu troco! Pensei que era dele!

O homem me olhou de alto a baixo e avançou em minha direção. Tentei explicar que a moça não me deu tempo de esclarecer a situação, mas fui calado com o soco que o homem desferiu. O soco me fez recuar e pisei num cachorro, que também se protegia da chuva. O cachorro cravou os dentes com toda a sua força de cachorro de rua na minha magra canela.

Um carro de polícia passava pelo local e a garçonete o parou, gritando:

- Polícia! Esse cara tentou dar um golpe! Ele ia ficar com o troco do nosso cliente!

Fui cercado rapidamente pelos policiais, que já vieram com todo o arsenal a postos. Entendi que não adiantaria nada tentar explicar e saí correndo. Os cinco tiros me pegaram em cheio. Caí no meio da rua e o carro do lixo passou por cima de mim. Fiquei jogado ali, a chuva se intensificou, o sangue escorreu, a nota de vinte reais se encharcou de lama.

Quando a ambulância chegou, eu já estava morto. De repente, perdi a fome e a necessidade de dinheiro.

Charge Ditadura

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Para muitos, assunto enterrado.

Música de agora: Wish You Were Here (Queria que você estivesse aqui)

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Wish You Were Here (Queria que você estivesse aqui) - Pink Floyd 

Então, então você acha que consegue distinguir
O céu do inferno
Céus azuis da dor
Você consegue distinguir um campo verde
De um frio trilho de aço?
Um sorriso de um véu?
Você acha que consegue distinguir?

Fizeram você trocar
Seus heróis por fantasmas?
Cinzas quentes por árvores?
Ar quente por uma brisa fria?
Conforto frio por mudança?
Você trocou
Uma pequena participação na guerra
Por um papel principal numa cela?

Como eu queria
Como eu queria que você estivesse aqui
Somos apenas duas almas perdidas
Nadando num aquário
Ano após ano
Correndo sobre o mesmo velho chão
O que encontramos?
Os mesmos velhos medos
Queria que você estivesse aqui

Movimento Amapá Rock promove show em homenagem ao Pink Floyd

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O Movimento Amapá Rock (MAR) realizará no próximo sábado (5), a partir das 23h, na boite Country Beer, show em homenagem ao Pink Floyd. A banda Echoes promete executar canções da clássica banda inglesa por mais de 3h de Rock. 

Garanta seu ingresso antecipado à R$25,00 - PISTA (Sorveteria Jesus de Nazaré e Latitude Zero) e Vip R$30,00 na loja Amapá Tonner ( Leopoldo Machado com Pedro Baião) .

Echoes é uma banda especializada em tocar  o repertório da maior banda do rock progressivo: Pink Floyd.  O grupo é formado por Jandir (cantor), Eder Valente (baterista), Madson Sussuarana (baixista), Pedro Reis (guitarrista), Henrique Oliveira (Vocal e guitarra) e Robson Costa (teclados). Certamente farão um ótimo show. 

O Pink Floyd

Pink Floyd foi uma banda de rock inglesa música psicodélica e progressiva. Seu trabalho foi marcado pelo uso de letras filosóficas, experimentações musicais, capas de álbuns inovadoras e shows elaborados. Trata-se de um dos grupos de rock mais influentes e comercialmente bem-sucedidos da história, tendo vendido mais de 200 milhões de álbuns ao redor do mundo. 

A banda foi formada pelos estudantes Roger Waters, Nick Mason, Richard Wright e Syd Barrett. Os caras tornaram-se populares tocando no cenário underground londrino, no fim dos anos 60. Sob a liderança de Barrett, lançaram dois singles ("Arnold Layne" e "See Emily Play") e um bem-sucedido álbum de estreia, The Piper at the Gates of Dawn, de 1967. O nome Pink Floyd é a abreviação de The Pink Floyd Sound, nome sugerido por Barrett em homenagem a dois músicos de blues admirados por ele: Pink Anderson e Floyd Council.

O guitarrista e vocalista David Gilmour juntou-se à banda em 1968, meses antes da saída de Barrett do grupo, devido ao seu estado de deterioração mental, agravado pelo uso de drogas. 

Na sequência da perda de seu principal letrista, Roger Waters tornou-se o principal compositor e líder conceitual do grupo, com Gilmour assumindo a guitarra solo e parte dos vocais. Com essa formação o Pink Floyd atingiu o sucesso internacional com álbuns como The Dark Side of the Moon, Wish You Were Here, Animals e The Wall.

Wright deixou o grupo em 1979, e Waters em 1985, mas Gilmour, Mason e, subsequentemente, Wright, continuaram a gravar e se apresentar. Waters processou-os por questões legais relacionadas ao uso do nome "Pink Floyd"; todavia, a disputa foi resolvida com uma decisão que permitiu a Gilmour e Mason que continuassem a usar o nome, ainda livrando Waters de quaisquer obrigações contratuais com a banda. Dois álbuns foram lançados após esse conflito:

 A Momentary Lapse of Reason e The Division Bell. Após quase duas décadas de amargor entre seus membros, o Pink Floyd se reuniu em 2005 para uma única apresentação, no concerto para a caridade Live 8. Wright morreu em 2008. 

Os membros restantes — Waters, Gilmour e Mason — reuniram-se novamente, para um show da The Wall Tour de Waters, em 12 de maio de 2011, na O2 Arena, em Londres; Gilmour tocou "Comfortably Numb" com Waters e "Outside the Wall" com Mason e Waters.

Obs: Não irei ao show, pois neste dia estarei em São Paulo, mas recomendo. 
Elton Tavares
Fonte: Wikipédia (história) e Darlan (informações sobre o evento). 

Projeto social no AP oferece curso de informática gratuito para estudantes

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Por Cassio Albuquerque, do G1 Amapá

Estudantes que terminaram ou estão concluindo o ensino médio podem se inscrever até o dia 3 de abril em projetos sociais promovidos pela Associação Educacional e Cultural Essência em parceria com a Secretaria Extraordinária de Políticas para Juventude (Sejuv). Serão cerca de 300 vagas para os cursos de informática básica, em Macapá, e outras 210 no interior.

De acordo com o coordenador da associação, Elias Sampaio, as inscrições também estão abertas nos polos que funcionam nos municípios de Pedra Branca do Amapari, Porto Grande e Santana. Na capital, as aulas do curso serão dadas no Centro Comunitário Arco Íris, localizado no bairro Santa Inês, Zona Sul de Macapá.

Além dos cursos de informática, estão abertas as inscrições para a orquestra da entidade. "Estamos com o propósito de estender nossas ações para todos os bairros de Macapá e todos os municípios do estado", prometeu o coordenador da associação.

O projeto

Em três anos, as ações do projeto já atenderam a mais de 1,2 mil pessoas. Cerca de 60 voluntários realizam as atividades de orientação e capacitação dos alunos. O objetivo é oferecer a inclusão digital para as crianças e adolescentes que nunca tiveram contato com um computador e descobrir os talentos da música clássica no estado, segundo Sampaio.

Há dois anos o projeto realiza concertos em Macapá. "Formamos 42 músicos que já se apresentaram em eventos. Toda a renda arrecadada é convertida em instrumentos musicais e materiais de informática", concluiu.

Poema de agora: Líquido Celestial (@LaraUtzig)

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Líquido Celestial

Lágrima do céu,
Cai gota a gota,
Até se tornar troféu
Pois a natureza não aceita derrota.
De folha em folha se embala,
Escorregando pelo gal
ho,
Fixa na pétala...
Orvalho.

Lara Utzig

Feliz aniversário, Alenk Nobre!

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Hoje (31), é aniversário do palhaço Alenk Nobre. Trata-se de um artista inteligente e talentoso, dono de um grande coração e criatividade, além de um brother das antigas

Alenk é conhecido no meio circense e teatral amapaense. Charles Chaplin disse: “Eu continuo a ser uma coisa só: um palhaço, o que me coloca num nível mais elevado do que o de qualquer político.”

Não sei se Chaplin tava certo na generalização de homens públicos, mas torço pela valorização de profissionais como Alenk, que muitas vezes falam da triste realidade de uma forma engraçada.

Apesar de palhaço, Alenk combate a prática "panis et circense" (pão e circo) com arte. Por essas e por outras, desejo tudo de melhor para o querido amigo, que não tem “Nobre” em seu nome à toa. 

Meus parabéns e feliz aniversário, Alenk Nobre!

Elton Tavares

"Baioneta não é voto e cachorro não é urna"

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Era 13 de maio de 1978.Dia da Abolição da Escravatura.Em plena ditadura.Concentrações em praças públicas estavam proibidas.

Naquele dia, o deputado Ulysses Guimarães, presidente nacional do então MDB, estavam na praça do Campo Grande, centro de Salvador (BA).

Acompanham-no Tancredo Neves, Freitas Nobre e Saturnino Braga, expoentes do único partido de oposição então em funcionamento no país, que vivia o período do bipartidarismo e tinha na Arena o partido que apoiava o governo.

Todos marchavam em direção à sede do PMDB.

A polícia cercara desde cedo a praça e prendera estudantes e líderes políticos locais - como o economista Rômulo Almeida e Domingos Leonelli.

Policiais armados com fuzis e munidos de cachorros ferozes antepuseram-se à marcha que tinha Ulysses à frente. Vejam aí, nas fotos de Luciano Andrade, que na época trabalhava no jornal Tribuna da Bahia.

"Respeitem o líder da oposição", bradou Doutor Ulysses.

Em seguida, com o braço levantado, rompeu a barreira policial e entrou na sede do MDB. Pouco mais tarde, de uma das janelas do velho casarão, discursou: "Soldados da minha pátria! Baioneta não é voto e cachorro não é urna."

Neste dia em que o país lembra os 50 anos da ditadura, não nos esqueçamos - nunca, jamais: "Baioneta não é voto e cachorro não é urna."

Uma Noite em Paris: Concerto erudito com repertório francês encerra o mês da Mulher em Macapá

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Encerrando o mês da Mulher, o maestro Elias Sampaio e mais de quarenta músicos apresentam Uma Noite em Paris, um concerto erudito dedicado às homenageadas. O evento é uma realização do Sistema de Bandas e Orquestras do Amapá- Escola Livre de Música, que montou um concerto onde a música francesa terá destaque especial. Músicos da Orquestra Essência e convidados se apresentam no Teatro das Bacabeiras, com início às 19:30 e aproximadamente 2 horas de espetáculo.   

Orquestra Essência – é uma Associação criada com a finalidade de aprimorar os conhecimentos musicais e garantir espaço para talentos do Amapá. A Essência se destaca por desenvolver eventos como o Festival de Música Educacional do Amapá, que oferece cursos de musicalização ministrados por grandes músicos do Brasil. São rotineiramente convidados para concertos eruditos e apresentam um repertório refinado. É da Associação o Projeto Sistema de Bandas e Orquestras do Amapá.

Sistema de Bandas – Principal projeto da Associação Educacional e Cultural Essência, que deu à entidade reconhecimentos, como o Prêmio Anu Dourado, em 2013, organizado pela Central Única da Favela (Cufa), que o considerou o melhor projeto social do Amapá. É através do projeto que formações musicais como bandas e orquestras são montadas em pontos estratégicos do Amapá, como a Quilombola do Curiaú, e outras que ganharam destaque recentemente em rede nacional. Muitos jovens que participam do projeto passam a fazer parte da Orquestra Essência.

Concerto – Uma Noite em Paris vai reunir músicos que irão trazer para o palco todo o encanto, charme e romantismo da música europeia. No repertório, canções conhecidas do público e outras com menos apelo popular, mas que se encaixa na programação dedicada às mulheres. 

Serviço:

Concerto: Uma Noite em Paris
Data: 31 de março
Local: Teatro das Bacabeiras
Início: 19:30
Ingresso: R$ 15,00
Venda: Sorveteria Jesus de Nazaré, loja Vivaz, no Amapá Garden, e no dia na bilheteria.

Mariléia Maciel
Assessoria de Comunicação

Popularidade de Dilma

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domingo, março 30, 2014

Poema de agora: Poema - Ney Matogrosso

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Poema - Ney Matogrosso (composição de Cazuza)

Eu hoje tive um pesadelo e levantei atento, a tempo
Eu acordei com medo e procurei no escuro
Alguém com seu carinho e lembrei de um tempo
Porque o passado me traz uma lembrança
Do tempo que eu era criança
E o medo era motivo de choro
Desculpa pra um abraço ou um consolo

Hoje eu acordei com medo mas não chorei
Nem reclamei abrigo
Do escuro eu via um infinito sem presente
Passado ou futuro
Senti um abraço forte, já não era medo
Era uma coisa sua que ficou em mim,
De repente a gente vê que perdeu
Ou está perdendo alguma coisa
Morna e ingênua
Que vai ficando no caminho
Que é escuro e frio mas também bonito
Porque é iluminado
Pela beleza do que aconteceu
Há minutos atrás

Eu hoje tive um pesadelo e levantei atento, a tempo
Eu acordei com medo e procurei no escuro
Alguém com seu carinho e lembrei de um tempo
Porque o passado me traz uma lembrança
Do tempo que eu era criança
E o medo era motivo de choro
Desculpa pra um abraço ou um consolo

Hoje eu acordei com medo mas não chorei
Nem reclamei abrigo
Do escuro eu via um infinito sem presente
Passado ou futuro
Senti um abraço forte, já não era medo
Era uma coisa sua que ficou em mim, que não tem fim
De repente a gente vê que perdeu
Ou está perdendo alguma coisa
Morna e ingênua
Que vai ficando no caminho
Que é escuro e frio mas também bonito
Porque é iluminado
Pela beleza do que aconteceu
Há minutos atrás

Poema de agora: SAL-dade (@Laritang)

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SAL-dade

Sal no mar
explode
vitalidade.
Sal na face
escorre
saudade.

Lara Utzig

Há 16 anos, morreu meu pai, Zé Penha Tavares (o meu herói)

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Há 16 anos, em uma manhã de segunda-feira cinzenta, no Hospital São Camilo, morreu José Penha Tavares, o meu pai. O meu herói. 

Filho de João Espíndola Tavares e Perolina Penha Tavares. Nasceu no município de Mazagão, em 1950, de onde veio o casal. Era o primogênito de cinco filhos.

Ele começou a trabalhar aos 14 anos, aos 20 foi morar em Belém (PA), sempre conseguiu administrar diversão e responsa, com alguns vacilos é claro, mas quem não os comete? Na verdade, papai nunca se prendeu ao dinheiro, nunca foi ambicioso. Mas isso não diminui o grande homem que ele foi.

Em 1975, casou-se com minha mãe, Maria Lúcia, com quem teve dois filhos, eu e Emerson. O velho não foi um marido perfeito, era boêmio, motivo que o levou se divorciar de minha mãe, em 1992. 

Li no jornal da Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA), onde ele trabalhava, após o seu falecimento: “Feliz, brincalhão, sempre educado e querido por todos. Tinha a pavulagem de só querer menina bonita a seu lado, seja em casa ou entre amigos, mas quem se atreve à culpá-lo por este extremo defeito?”

Zé Penha pode não ter sido um marido exemplar, mas com certeza foi um grande pai. Cansou de fazer “das tripas coração” para os filhos terem uma boa educação, as melhores roupas e os bons brinquedos. Quando nos tornamos adolescentes, nos mostrou que deveríamos viver o lado bom da vida, sacar o melhor das pessoas, dizia que todos temos defeitos e virtudes, mas que devíamos aprender a dividir tais peculiaridades. 

Penha não gostava de se envolver em política. Ele gostava mesmo era de viver, viver tudo ao mesmo tempo. Família, amigos, noitadas, era um “bom vivant” nato. Tinha amigos em todas as classes sociais, a pessoa poderia ser rica ou pobre, inteligente ou idiota, branca ou preto, mulher ou homem, hétero ou homo, não importava, ele tratava os outros com respeito. Aquela cara era extraordinário! 

Esportista, foi goleiro amador dos clubes São José e Ypiranga, dos times do Banco da Amazônia (BASA) e Companhia de eletricidade do Amapá (CEA) e tantos outros, das incontáveis peladas. 

Atravessamos tempestades juntos, o divórcio, as mortes do Itacimar Simões, seu melhor amigo e do seu pai, João Espíndola, com muito apoio mútuo. Sempre com uma relação de amizade extrema. Ele nos ensinou a valorizar a vida, vivê-la intensamente sem nos preocuparmos com coisas menores a não ser com as pessoas que amamos. Sempre amigo, presente, amoroso, atencioso e brincalhão.

Com ele, aprendi muito sobre cultura, comportamento, filosofia de vida, aprendi que para ser bom, não era necessário ser religioso. “Se você não pode ajudar, não atrapalhe, não faço mal a ninguém” – Dizia ele. 

Acredito que quem vive rápido e intensamente, acaba indo embora cedo. Ele não costumava cuidar muito da própria saúde, o câncer de pulmão (papai era fumante desde os 13 anos) o matou, em poucos meses, da descoberta ao “embarque para Cayenne”, como ele mesmo brincava. 

Serei eternamente grato a todos que ajudaram de alguma forma naqueles dias difíceis, com destaque para Clara Santos, sua namorada, que segurou a onda até o fim. E, é claro, minha família. Sempre que a saudade bate mais forte, eu converso com ele. As pessoas morrem, mas  nunca em nossos corações. 

José Penha por Emerson Tavares (meu irmão)

“Papai sempre, aos meus olhos foi um cara admirável (mesmo tendo muitos defeitos), como ele era parceirão com todos, onde chegava, em qualquer roda, era bem quisto! Nunca nos faltou nada, nada mesmo, sempre fomos bem vestidos, sempre tínhamos os melhores brinquedos.

Ele deixou marcado na gente o que é ser gente boa e companheiro com os outros (família e amigos). Sempre nos espelhamos nele, no modo de tratar as pessoas que gostamos, ou seja, no meu modo de ver, ele nos ensinou o segredo da vida.

Quando falam que tenho o jeito dele, para mim, é um elogio, porque meu pai era um homem admirável, um verdadeiro ser humano!  Pai como eu queria que você visse como estou, tivesse visto minha formatura, acompanhado meu crescimento pessoal e outros momentos destes 14 anos. Te amo e te amarei pra sempre!”

Papai por Paulo Roberto Penha Tavares (seu irmão caçula)

“O Zé Penha era aquele cara que todo mundo gostaria de ter como amigo. Gentil, humano, solidário, alto astral, IRMÃOZÃO. Sinto muita falta dele. Muito inteligente e perspicaz, percebia as carências dos que o circundavam e sempre, sempre mesmo, encontrava um jeito de ajudar.

Lembro que em um dos dias mais triste de nossas vidas, que foi o da morte de nosso pai, disse: ‘Nós nunca dizemos o suficiente para as pessoas o quanto nós as amamos’.

Eu, durante a vida dele, também não disse o suficiente o quanto eu o amava. Sou eternamente grato a Deus, por ter me dado uma família maravilhosa, da qual o Zé Penha era o primogênito. E sinto muito orgulho de dizer que era irmão dele. Continuo cheio de saudades desse meu grande irmão.”

José Penha Tavares foi muito mais de que pai, foi um grande amigo. Nosso amor vem das vidas passadas, atravessou esta e com certeza a próxima. Ele costumava dizer: “Elton, se eu lhe aviso sobre os perigos da vida, é porque já aconteceu comigo ou vi acontecer com alguém”

"Quem já passou por essa vida e não viveu, Pode ser mais, mas sabe menos do que eu". A frase é do poeta Vinícius de Moraes. Ela define bem o meu pai, que passou rápido e intensamente por essa vida. Também faço minhas as palavras do escritor Paulo Leminski: "Haja hoje para tanto ontem". Ao Penha, dedico este texto, minha profunda gratidão e amor eterno. Até a próxima vez, papai!

Obs: Texto republicado todo ano nesta data e assim será enquanto eu sentir saudade. 

Elton Tavares

sábado, março 29, 2014

Música de agora: Faltando um Pedaço - Djavan

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Faltando um Pedaço - Djavan

O amor é um grande laço, um passo pr'uma armadilha
Um lobo correndo em círculos pra alimentar a matilha
Comparo sua chegada com a fuga de uma ilha:
Tanto engorda quanto mata feito desgosto de filha

O amor é como um raio galopando em desafio
Abre fendas cobre vales, revolta as águas dos rios
Quem tentar seguir seu rastro se perderá no caminho
Na pureza de um limão ou na solidão do espinho

O amor e a agonia cerraram fogo no espaço
Brigando horas a fio, o cio vence o cansaço
E o coração de quem ama fica faltando um pedaço
Que nem a lua minguando, que nem o meu nos seus braços