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segunda-feira, setembro 17, 2012

AS REDES SOCIAIS E A NECESSIDADE DE SER E DE SE FAZER VER

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Por: Adnoel Pinheiro

A ideia de estarmos completamente conectados através de uma rede mundial de computadores e que não há fronteiras na comunicação virtual é demais tentadora. As comunidades virtuais a qual é possível participarmos, são muitas, seja por crença, afinidade ou até mesmo pela simples sensação de pertencimento. A necessidade de ser e de se fazer ver parece ser inerente a todos nas redes sociais, as fotos, virtualização do corpo e até mesmo o simulacro, são alguns exemplos dessa necessidade. É natural que o ser humano se faça ver para que desta forma possa comprovar sua presença no mundo e é por meio da comunicação que essa experiência no mundo é validada.

Muito se fala sobre as novas possibilidades e formas de comunicar, a instantaneidade da rede e novas oportunidades de comunicação visual e textual. Tudo o que há no mundo virtual é tratado como comunicação, pelo menos é assim que entendem muitos que afirmam que a internet é o maior meio de comunicação em voga.

O fato de estarmos conectados constantemente, nos traz a sensação de pertencimento e comunicabilidade instantânea e permanente e o computador acaba sendo “uma extensão de mim”, o que nos faz pensar “será possível viver sem internet e as redes sociais”? Para a grande maioria traria uma imensa sensação de exclusão e até mesmo angústia por não poder se comunicar e essa “vida sem rede” seria um fracasso, pois, o fato de estarem conectados e fazerem parte dessa grande rede é o que motiva milhares de pessoas passarem horas e horas conectadas.

O simples clique no botão “curtir” ou “compartilhar” significa que o conteúdo foi lido, assistido e passado para os demais e quanto mais cliques, maior o numero de pessoas que observaram o seu conteúdo. Parece um navegar incessante, esperando o que o outro vai dizer ou postar e se não estiver ali o internauta perderá essa possibilidade.

A sociedade contemporânea regida pela midiatização e pela tendência a virtualização das relações nos aponta para a desatenção de muitos sejam eles; pais, educadores, comunicadores e cada um que está lendo este texto, pois a busca pelo novo é tentadora, essa necessidade de ser e de se fazer ver pode se transformar em um “delírio técnico travestido de comunicação” como diria Ciro Marcondes, teórico da comunicação, e é preciso cuidado para que essa “vida em rede” não se transforme em “rede sem vida”.
 
Referências: Mídias eletrônicas

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