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quinta-feira, setembro 27, 2012

Pau nas Frangas. Sem Piedade.

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Demorou mas chegou. Após meses de espera e salivação intensa a mulambada mais bem vestida do Brasil, também conhecida internacionalmente como torcida do Flamengo, vai tirar a barriga da miséria: é dia de comer galinha! Nossa franga do interior já está no Rio pronta pra ser sodomizada. A moela hoje é por conta dos coiós, que já estão há meses chorando por antecipação pela surra que ainda não levaram. Ô lugarzinho…

Os ingressos para o ágape se esgotaram em pouco tempo, graças ao senso de dever da Magnética (sempre presente, a qualquer hora e em qualquer lugar) e também ao extraordinário tino comercial dos putos dos cambistas cariocas, especialistas em furar filas e em tirar vantagens dos métodos medievais que o Flamengo ainda insiste em usar para comercializar a única coisa que temos pra vender além do Negueba (que ninguém quer comprar, não sei por que).

Sei que é tarde pra tentar mudar a injusta imagem de fanfarrão que adquiri após tantos anos à frente do humilde bloguinho do time mais importante do mundo ocidental, mas dessa vez quero mesmo ser sincero e dizer o que realmente estou sentindo antes de uma partida dessa magnitude. E o que estou sentindo é que devíamos ter pego a galinha monotítula muito antes, como, por exemplo, naquele momento bizarro em que elas, à custa da sorte e do acaso, ocupavam a liderança do certame.

Ora, porque o Flamengo, há meses consagradamente na lama da mediocridade socioesportiva, deveria se martirizar por não ter enfrentando seu cacarejante freguês na hora em que eles estavam, supostamente, em posição de destaque?

Respondo: em primeiro lugar porque todo mundo já conhece a habilidade do chamado botafogo sem praia para iludir seus crédulos torcedores com largadas cheias de som e fúria, que irrompem pelo campeonato como um fogoso corcel para terminar melancolicamente ao passo na pista de areia do Jockey Club de Assunción del Paraguay, que é, ao lado da fábrica de sabão, o destino preferencial dos cavalinhos paraguaios que animam as primeiras e irrelevantes rodadas do Brasileiro.

E em segundo lugar, porque o Flamengo é, e isso já tem muitos anos, o grande paradigma do futebol nacional, o matador de gigantes, o carimbador de faixas, o teste da farinha supremo. É a história que mostra que sempre que pegamos as cocotas da roça na esdruxula situação de estarem acima de nós na tabela demolhes um pau tão grande que depois de nos enfrentarem eles vão se desmilinguindo até sumirem na sua irrelevância originária. Que foi exatamente o que aconteceu em 80, 81, 87, 2004, 2006, 2007, 2009, etc. Ou seja, já devíamos ter aplicado o corretivo moral que esses sem título precisam pra acabar com seus delírios e voltar à realidade.

Mas não tem nada, não. Como dizem lá em Seropédica, galinha de casa não se corre atrás. As cocotas curtiram seu momento, apareceram na televisão, venderam suas camisas rosa de treino e até ensaiaram falar grosso, mas a palhaçadinha acabou. Hoje eles terão o que merecem. Se liguem, sofridos frequentadores da fila do Brasileiro há mais de 40 anos, hoje vocês verão a dura e veiosa face da realidade.

Estamos entre amigos então podemos falar com liberdade e transparência. O Flamengo está numa fase transitória e não está sequer próximo aos altos padrões técnicos e motivacionais que exigimos. Nosso time não é lá essas coisas, ninguém precisa se iludir. Mas apesar da nossa premente necessidade em acumular pontos para o Flamengo existem coisas muito mais importantes do que a vitória simples.

Para nós fechados com o certo também é importante espalhar a nossa doutrina e justificar a nossa proeminência diante da arcoirizada mal vestida. E para que a lição de vida que daremos aos pobres monotitulados das alterosas seja completa e inquestionável é fundamental que ganhemos roubado. Que é como eles gostam.

Pra cima delas, Mengão. E não façam prisioneiros.

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