A apreciação e registro com privilégios e segurança da pororoca, no trecho do rio Araguari que passa em Macapá, estão sendo avaliados pela Prefeitura Municipal. Técnicos estiveram no último fim de semana na foz do Araguari, mais precisamente nas localidades Igarapé Novo e Bom Amigo, e deram início ao estudo da viabilidade de construção de uma estrutura física para dar suporte aos jornalistas, turistas e pesquisadores que procuram a região em busca do fenômeno.
Uma pesquisa preliminar foi feita pela Secretaria Municipal de Obras e Serviços Públicos (Semob) e Instituto Municipal de Turismo (MacapaTur). De acordo com o Coordenador de obras da Semob, Galba Montenegro, ainda é cedo para precisar o tamanho do investimento, mas nessa primeira visita ficou evidente a necessidade de um estudo aprofundado do solo para que a estrutura atenda às necessidades, sem interferir no meio ambiente, e com garantia de segurança e visibilidade.
Baseado nesta primeira visita técnica, o engenheiro Galba defende ser preciso construir uma estrutura móvel, de preferência em metal, que não cause dano ambiental, para ser deslocada de acordo com as particularidades que a Pororoca impõe, como a erosão das áreas por onde passa. Galba defende ainda a construção de um mirante, para que a região também seja explorada no verão, época em que a Pororoca não está com força total.
“Esta viagem foi importante para vermos de perto as condições da região, sentimos na pele as dificuldades por causa da falta de estrutura no Araguari. É preciso suporte físico para apoio logístico em terra, com rádio, energia solar, estação com poço artesiano e reservatório elevado, para que as embarcações sejam abastecidas de forma apropriada, minimizando os efeitos negativos que a água da região, com fortes sedimentos, possa provocar”, destacou Galba Montenegro.
O Turismo Sustentável entrou na pauta da Semob e da Macapá Turismo. O técnico da MacapaTur, Sandro Nery e Galba Montenegro, acreditam que o Turismo Sustentável é uma alternativa palpável. Além do investimento em infraestrutura e logística, será estudada a possibilidade de se criar projetos de capacitação dos ribeirinhos, também para fomentar a cadeia produtiva da região. “É uma maneira do turismo na pororoca beneficiar não somente os visitantes, mas também os moradores das localidades. Vai gerar emprego, impulsionar o turismo e melhorar a qualidade de vida”, afirmou Sandro.
Outra visita começa a ser preparada com profissionais como geógrafos, engenheiros e topógrafos, para dar continuidade ao projeto. Atualmente a onda da pororoca é mais procurada no trecho do rio Araguari que passa no município de Cutias, mas os técnicos acreditam que, com a implantação de políticas de desenvolvimento do turismo, incentivadas pelo prefeito Clécio Luís, são grandes as chances de Macapá entrar no roteiro de aventureiros, esportistas, turistas e curiosos, atraídos pela pororoca, e ainda movimentar a economia local.
Elton Tavares
Asscom Prefeitura Municipal de Macapá
Contato: (96) 9154 8850
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